Natureza

Existe um vulcão na Antártica que expele mais de R$ 31.000 em ouro

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Um vulcão de ouro na Antártica está chamando a atenção dos internautas após descobrirem que ele expele mais de R$31 mil todos os dias.

Esse elemento da natureza, em toda a sua impotência, entra em funcionamento e joga, para a atmosfera, partículas e pedaços de ouro, e isso acontece diariamente.

No entanto, antes que fique animado com a possibilidade dessa “corrida do ouro”, saiba que pode ser difícil alcançar o valor, visto que ele está em uma região inóspita da Antártica.

Vulcão de ouro

Via Globo

Conforme relatado pelo site americano Kitco News, o Monte Érebo é o vulcão ativo mais alto do continente antártico, com uma elevação de 3.794 metros acima do nível do mar.

Apesar de o Polo Sul abrigar mais de 100 vulcões, apenas oito ou nove deles são considerados ativos, e somente três entraram em erupção em tempos recentes.

O Monte Érebo recebeu esse nome em homenagem ao deus das trevas na mitologia grega. Isso porque ele é um dos mais movimentados, e os barulhos são semelhantes a tempestades.

Atualmente, é o mais ativo dos três que entraram em erupção nas últimas décadas. Ele está ativo desde pelo menos 1972, emitindo regularmente poderosos jatos de gás e vapor na atmosfera.

Além disso, cientistas descobriram que essas emissões gasosas contêm cristais microscópicos de ouro, medindo 20 micrômetros de tamanho.

Jatos de ouro

Segundo o site americano, estima-se que o vulcão libere cerca de 80 gramas de ouro puro na atmosfera a cada dia.

Com a cotação atual de R$ 390 por grama desse metal valioso, isso equivale a aproximadamente R$ 31.200 em ouro lançados diariamente no ar pelo Monte Érebo.

Isso implica que o vulcão produz cerca de 29,2 kg de ouro por ano. Desde 1972, ele teria expelido aproximadamente 1518 kg desse metal, totalizando mais de R$ 473 milhões em ouro “desperdiçados”.

Por ser uma região afastada, sem residências e inóspita, as pesquisas científicas não chegavam a alcançar esse lugar. Somente recentemente que descobriu-se que o vulcão de ouro estava em atividade tão recorrente, e tinha essa característica em seu funcionamento.

Corrida do ouro?

Essa parece uma excelente oportunidade para minerar todo esse ouro, não é mesmo?

No entanto, é melhor desistir. Conforme relatado pelo Kitco News, as partículas de ouro são dispersas pelo vulcão a uma distância de até mil quilômetros.

Dependendo da intensidade dos jatos de gás e da direção do vento, o ouro pode se espalhar por mil quilômetros em qualquer direção, com a maior parte acabando nos oceanos ao sul da Terra.

Além disso, as partículas são tão finas e pequenas que seria necessário um equipamento muito avançado para aspirar tudo e reunir o ouro. Isso, claro, após superar o território, as tempestades de gelo e sobreviver à atividade desse vulcão, que ainda é um vulcão, no final das contas.

Via Wikimedia

Processo perigoso

Para quem não sabe, os vulcões entram em erupção a partir de processos complexos que envolvem o movimento e a liberação de magma, gases e material sólido na superfície da Terra.

Ou seja, estar perto desses acontecimentos compromete sua saúde de várias formas.

Tudo começa no interior da Terra, abaixo da crosta terrestre, onde o magma é formado. O magma é uma mistura de rocha derretida, gases e água aquecida que se acumula em câmaras magmáticas.

Sob certas condições de pressão e temperatura, o magma começa a subir em direção à superfície terrestre ao longo de fissuras e falhas na crosta terrestre.

À medida que o magma se aproxima da superfície, ele pode ficar temporariamente armazenado em câmaras localizadas abaixo do vulcão, se acumulando até que, eventualmente, se solte.

A diferença desse vulcão de ouro é que a produção do magma acompanha partículas de ouro, talvez localizadas em jazidas no subsolo, fora do alcance humano.

Quando aumenta a pressão e a liberação de gases, ocorre a explosão que joga tudo para cima. O perigo pode depender do tipo de erupção e da força do magma, mas, de toda forma, também existem gases tóxicos no processo.

Os impactos naturais são significativos, e felizmente não existem comunidades próximas para sofrer com esses processos diariamente. Mesmo com a possibilidade do ouro, é melhor deixar esse tesouro na Artártica.

 

Fonte: Metrópoles

Imagens: Globo, Wikimedia

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