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Faz mal tirar cera do ouvido?

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O corpo humano é uma máquina perfeita, na qual cada coisa tem o seu papel e sua função, mesmo que as pessoas não entendam. Contudo, desde pequenas as pessoas aprendem os hábitos de higiene e os repetem por toda sua vida sem se questionar sobre. Um deles é tirar a cera do ouvido. Mas você já se perguntou se isso realmente é uma coisa benéfica?

De acordo com a ciência, é melhor não tirar a cera do ouvido. Isso porque esse ato pode resultar em algum mal para o sistema auditivo. O nome oficial da cera é cerúmen, e por ela ser um pouco nojenta quando tirada, dá a vontade de removê-la do ouvido. E ao redor do mundo existem tradições diferentes de como retirá-la. Por exemplo, na Ásia, limpar o ouvido de outra pessoa é considerado um ato de afeto, os romanos antigos tinham pinças especiais para esse trabalho, já os escandinavos usavam palitos de ouro.

Cera do ouvido

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Mesmo que a maioria das pessoas queira tirar a cera do ouvido, existe uma razão para ela estar e continuar ali. Esse cerúmen é feito de óleo, suor e células de pele morta, variando a porcentagem disso de pessoa para pessoa. Como a pele da orelha cresce de forma constante, ela solta seções mortas que vão, através do suor e óleo, do ouvido externo ao interno.

O suor, que é o que dá à cera seu odor, vem das glândulas apócrinas, que também existem nas axilas, virilhas e nos mamilos. O óleo vem das glândulas sebáceas presentes em volta dos folículos capilares do canal auditivo externo. O quanto de óleo será produzido influencia na textura e na viscosidade da cera. Por isso que existem vários tipos de cerúmen. Ele pode ser seco e em flocos, até espesso e mais pastoso. Além da textura e viscosidade, ele também pode ser diferente na cor e no cheiro.

Tudo isso é influenciado geneticamente. Por exemplo, uma cera mais úmida é mais comum em descendentes de europeus e africanos, já a mais seca é mais vista em pessoas do leste asiático. De acordo com um estudo, a cera mais aquosa é mais comum, e a mais seca, a menos. E mesmo que existam essas variações, elas não são ligadas a nenhuma vantagem de saúde. No entanto, existe uma relação com o clima, visto que um cerúmen úmido é mais visto nos lugares mais quentes.

Embora a cera não mude seu tipo, conforme a pessoa fica mais velha, suas glândulas começam a produzir menos óleo e suor e a pele fica mais seca, isso pode fazer com que a cera fique um pouco menos úmida e quebradiça.

Benefícios

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Como a cera é viscosa, ela deixa o interior dos ouvidos úmido e funciona como um bom lubrificante e protetor natural. Ela funciona da mesma forma que as substâncias oleosas da pele, que não a deixam ficar seca demais. Por conta disso que sem o cerúmen, os ouvidos coçariam e ao coçá-lo sem parar as pessoas iriam irritar a pele do canal ou até rompê-la. Com isso, bactérias e outras infecções iriam entrar.

Outro benefício da cera é que ela captura grãos de poeira e outras partículas que podiam acabar entrando no ouvido. Por conta disso não é recomendável removê-la em casa, mesmo com as conhecidas hastes flexíveis de algodão. Isso porque, ao invés de limpar, elas podem empurrar a cera ainda mais fundo e piorar a situação.

Por isso que o melhor a se fazer é usar óleos minerais ou soluções salinas em gotas. Elas irão ajudar a cera a amolecer e a secreção sairá por conta própria. Mas se isso não funcionar, o próximo passo é procurar um profissional.

O otorrino deve ser procurado para que ele tire o excesso de cera, que pode causar zumbido, ou até mesmo prejudicar a capacidade auditiva. Contudo, fora desses casos não existem motivos para tirar a cera do ouvido.

Fonte: Canaltech

Imagens: Canaltech

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