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Médicos fazem alerta sobre riscos do 1º remédio para obesidade no Brasil

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Um dos problemas de saúde que mais tem crescido no mundo todo é a obesidade. Com o passar do tempo, pessoas do mundo inteiro estão comendo mais e se exercitando menos. Por conta disso, laboratórios fazem estudos para criar um medicamento que possa ajudar com a obesidade.

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro remédio injetável e de uso semanal para sobrepeso e obesidade: o chamado Wegovy, semaglutida 2,4mg. O remédio foi originalmente criado para tratar diabetes tipo 2. Ele tem efeito de aumento da sensação de saciedade, o que ajuda as pessoas na dieta e em seus esforços terapêuticos. A aplicação do remédio é feita através de uma injeção em dose de 2,4 mg, no formato de uma caneta, assim como a insulina.

Quem pensa que a obesidade não é um problema no Brasil não sabe que ela e o sobrepeso atingem mais de 50% dos adultos do país. Essas condições podem resultar em outras comorbidades e vários problemas de saúde. Segundo o médico Victor Lamônica, esse remédio vem para ajudar no tratamento das condições, no entanto, ele deve ser usado junto com outras estratégias terapêuticas, como exercícios, planos alimentares e controle emocional.

Além disso, por mais que o remédio possa fazer com que a pessoa perca até 17% do seu peso corporal, ele não é mágico, da mesma forma que nenhum remédio é.

Remédio para obesidade

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A semaglutida, antes desse remédio para obesidade e sobrepeso, podia ser receitada pelos médicos, mas eles colocam sua conta em risco. Isso porque a substância era presente no mercado desde 2018, porém, como tratamento de diabetes.

E por mais que a Anvisa tenha aprovado o novo remédio, ele também não deve ser usado por qualquer pessoa que queira perder peso. Quem deve usá-lo são aquelas com sobrepeso, ou seja, as pessoas que têm o índice de massa corporal (IMC) maior do que 27, que classifica como obesidade, ou as com ele acima de 30, que tem um risco considerável para sua saúde.

No caso das pessoas que não estão acima do peso, mas querem usar o remédio, os médicos dizem que ele pode até fazer com que a pessoa emagreça, mas quando ela parar de tomá-lo, aqueles quilos perdidos irão voltar. Justamente por isso que eles frisam a importância do acompanhamento médico, principalmente o de um nutricionista.

De acordo com as recomendações da Anvisa, o remédio é para as pessoas que tenham, pelo menos, uma doença crônica relacionada ao sobrepeso, como por exemplo, pré-diabetes ou diabetes tipo 2, hipertensão, dislipidemia, apneia obstrutiva do sono ou doença cardiovascular.

Efeitos colaterais

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O remédio para obesidade e sobrepeso deve chegar no mercado ainda no segundo semestre desse ano e para comprá-lo não será preciso receita. Até o momento, o preço dele ainda não foi divulgado. Contudo, de acordo com cálculos baseados nos preços do exterior e pela venda de empresas privadas, o valor final não será tão acessível e o remédio ainda não tem previsão para chegar no Sistema Único de Saúde (SUS).

Assim como a maioria dos remédios, esse também tem possíveis efeitos colaterais. Algumas pessoas relataram ter náusea, vômitos, diarreia e constipação. Na maioria dos casos eles são leves ou moderados e somem depois que as pessoas param de tomar o remédio.

Mesmo que seja possível comprar o medicamento sem receita, ter o acompanhamento médico é extremamente recomendável pelos médicos. Até porque, existem vários riscos para a saúde. De acordo com Lamônica, não se recomenda receitar o remédio para grávidas ou para quem estiver amamentando.

Além disso, outro risco para quem usa a semaglutida é receber anestesia geral. Isso porque, existe grande possibilidade de a pessoa vomitar e acabar broncoaspirando, o que resulta em problemas pulmonares bem graves.

Fonte: Canaltech

Imagens: Canaltech

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