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Governo da Inglaterra faz orientação para escolas proibirem celulares

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O celular é um item indispensável hoje em dia. A vida das pessoas pode estar no aparelho e através dele elas são capazes de fazer praticamente tudo. Contudo, conforme esses dispositivos foram se tornando cada vez mais modernos e funcionais, o tempo que as pessoas passam olhando para eles também aumentou. E isso pode ser visto até em momentos que muitos podem considerar inoportunos.

Um grande exemplo disso é o seu uso em sala de aula, que é bastante debatido. E esse debate acontece no mundo todo. Tanto é que ministros confirmaram os planos de proibir o uso de celulares nas escolas da Inglaterra. Contudo, as escolas não são obrigadas a acatar essas recomendações, mas as diretrizes são várias para que essa proibição seja implementada.

O The Guardian ouviu um diretor de escola que elogiou o plano. De acordo com ele, isso iria dar às escolas uma confiança para implementar uma mudança que seria benéfica para os alunos, mesmo que ela gerasse uma possível resistência dos pais.

Proibição

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Dentre as formas de implementar essa proibição dos celulares estão: deixar os aparelhos em casa, entregá-los quando chegarem na escola, guardá-los em armários, ou deixar que os alunos fiquem com seus celulares desde que eles não sejam usados.

A crescente popularidade dos smartphones nas escolas trouxe preocupações não somente com relação a distrações, mas por conta do seu potencial para ser um instrumento de bullying e outras pressões sociais. De acordo com a secretária de Educação, Gillian Keegan, essas diretrizes iriam empoderar aquelas que ainda não fizeram essa proibição por completo.

Ao todo, as orientações do Departamento de Educação tem 13 páginas e destaca que essa política a respeito dos celulares deve ser informada aos alunos e explicar os motivos para tomar tais decisões. Além de acrescentar que os professores não devem usar os celulares na escola, somente quando for necessário para o trabalho.

Os pais dos alunos também devem estar envolvidos com essa proibição. O que é recomendado para eles é que eles façam o contato com seus filhos através da secretaria da escola ao invés de diretamente.

Segundo Geoff Barton, secretário-geral da Associação de Líderes Escolares e Colegiais, essa nova orientação é “uma não-política para um não-problema”. E na visão dele, o uso compulsivo dos celulares não acontece nas escolas que já têm essas diretrizes em vigor.

Já para Daniel Kebede, secretário-geral da União Nacional de Educação, essa proibição faria pouca diferença porque a maior parte das escolas já tem políticas para lidar com o uso de celulares. E ele considera essa orientação uma distração para vários problemas que a educação enfrenta.

Entretanto, Vic Goddard, diretor executivo de duas escolas em Essex, disse que proibir os celulares em Passmores foi algo transformado. Na escola, a resposta tanto dos pais como dos alunos foi positiva. Por conta disso, é um exemplo de que essas orientações, mesmo tendo seus possíveis desafios com os pais, pode ser uma ajuda para as escolas.

Sem celulares

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Assim como na Inglaterra, nas escolas da rede municipal do Rio de Janeiro, o uso de celulares irá ser proibido até a hora do recreio. Essa medida é parte de um decreto do prefeito da cidade, Eduardo Paes, publicado no Diário Oficial no começo de fevereiro. E essa nova norma passa a valer em 30 dias.

A realidade era que, desde agosto do ano passado, os estudantes da rede municipal já não podiam mexer no celular dentro da sala, apenas nos intervalos. Contudo, a partir de março, essa proibição será ainda mais rigorosa.

De acordo com a medida, “fica proibida a utilização de celulares e outros dispositivos eletrônicos pelos alunos nas unidades escolares da rede pública municipal de ensino nas seguintes situações: dentro da sala de aula; fora da sala de aula quando houver explanação do professor e/ou realização de trabalhos individuais ou em grupo na unidade escolar; durante os intervalos, incluindo o recreio”.

Ainda conforme o novo decreto, os celulares devem ser guardados na mochila do estudante, ficando desligado ou no modo silencioso e sem vibrar.

“A gente acredita que a escola é um local de aprendizagem e interação social. As crianças não podem continuar ficando isoladas nas suas próprias telas, sem interagir umas com as outras, sem brincar. A escola precisa dessa interação humana”, disse Renan Ferreirinha, secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro.

No caso dessa regra não ser cumprida, “o professor poderá advertir o aluno e/ou cercear o uso dos dispositivos eletrônicos em sala de aula, bem como acionar a equipe gestora da unidade escolar”.

Situações que os alunos irão poder mexer no celular

  • antes da primeira aula, desde que fora da sala;
  • depois da última aula, desde que fora da sala;
  • quando tiver autorização do professor para fins pedagógicos;
  • alunos com deficiência ou condições de saúde que precisem do dispositivo para monitoramento;
  • nos intervalos, como o recreio, e quando a cidade estiver classificada a partir do Estágio Operacional 3;
  • quando a equipe gestora da unidade autorizar em caso de fechamento ou interrupção temporária das atividades escolares;
  • nos intervalos para alunos da Educação de Jovens e Adultos;
  • quando a equipe gestora autorizar por motivos de força maior.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Olhar digital

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