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Plantas podem ter câncer?

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As plantas são a espinha dorsal de toda a vida na Terra, sendo essencial para o bem-estar do ser humano. Elas fornecem alimentos para quase todos os organismos terrestres, mantêm a atmosfera, produzem oxigênio e absorvem dióxido de carbono durante a fotossíntese.

Além disso, elas também são seres vivos. Por conta disso, algumas perguntas envolvendo-as podem surgir e ser fora do senso comum. Por exemplo, é sabido que não somente os humanos podem desenvolver câncer e que a doença é relativamente comum entre vários animais de várias espécies. Mas será que as plantas podem ter câncer?

O primeiro ponto a ser entendido é o que é a doença. O câncer se caracteriza pelo crescimento descontrolado e anormal de células no organismo. Por conta desse crescimento desordenado, tumores podem se formar e se espalhar por outras partes do corpo, o que compromete o funcionamento saudável dos órgãos.

Pode ou não?

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Diferente dos animais, as plantas têm uma estrutura celular única que não tem células especializadas como as que causam o câncer nos animais. Nelas, o crescimento das células é controlado por mecanismos genéticos específicos. Por conta disso que a possibilidade de as plantas terem câncer é pouco provável à primeira vista.

Mas para entender melhor o motivo de as plantas terem câncer é preciso olhar mais de perto a maneira como elas são construídas e como suas células se multiplicam. Nelas, existem células especiais chamadas de células meristemáticas. Essas células são “mágicas” e as responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento das plantas.

As meristemáticas se dividem de uma forma controlada e quando fazem isso, elas se transformam em diferentes tipos de células. Isso faz com que a planta fique equilibrada e funcione de forma saudável.

Isso mostra que as células meristemáticas são como as engenheiras mestres das plantas e garantem que tudo cresça e se desenvolva de maneira certa. São elas que controlam a divisão celular e transformam cópias em células especializadas, tendo cada uma a sua função. Esse processo é essencial para que a planta cresça de forma correta e todas suas partes exerçam suas funções de forma eficiente.

Plantas e câncer

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Os pesquisadores têm explorado a possibilidade das plantas terem câncer há tempos. Contudo, os resultados obtidos nos estudos mostram que, por mais que as plantas possam ser afetadas por várias doenças e condições, o conceito de câncer como é visto em animais não é aplicável a elas.

Outro ponto é que os estudos têm mostrado que as plantas têm uma capacidade única de regenerar tecidos danificados e de combater patógenos de formas que não são análogas ao desenvolvimento da doença nos animais. Isso porque a resposta imunológica delas é feita com mecanismos complexos e extremamente eficazes para as proteger de doenças.

Embora as plantas não tenham câncer, elas podem ser afetadas por várias doenças. Uma delas é as galhas. Elas são estruturas anômalas que aparecem nas plantas e são muito comparadas ao câncer humano. O surgimento delas acontece por conta das interações das plantas com organismos que as causam, como insetos, ácaros ou fungos.

Por mais que as galhas não sejam extremamente malignas, elas podem comprometer o desenvolvimento saudável das plantas, além de afetar a sua estética e, em determinados casos, a produtividade. Elas são formadas como uma resposta da planta a substâncias liberadas pelos invasores que induzem o crescimento do tecido de forma descontrolada.

Habilidade

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As plantas se comunicam com a natureza através de sons. Como elas fazem isso? De acordo com uma pesquisa da Universidade de Tel Aviv, os pés de tabaco e de tomate conseguem emitir frequências supersônicas para dizer que estão estressados.

Os sons de estresse dessas plantas costumam ser emitidos quando elas estão com falta de água ou então estão com excesso de luz. Os humanos não conseguem escutar esses gritos das plantas, já que a frequência desses sons ultrapassa a capacidade sonora que nós podemos escutar. Mas alguns animais e outras plantas conseguem ouvi-las.

“Nossos resultados sugerem que animais e possivelmente até outras plantas poderiam usar estes sons para obter informações sobre a condição de uma planta. Muitas traças são capazes de ouvir e reagir a sinais ultrassônicos nas frequências e intensidades que registramos, e algumas delas usam tomateiros e pés de tabaco com hospedeiros para suas larvas. Elas podem se beneficiar disso ao evitar colocar ovos em uma planta que emite estes sons”, escreveram os pesquisadores.

Para saber mais sobre esse grito de socorro das plantas, os pesquisadores fizeram seu estudo dentro de estufas. Nelas, as plantas foram divididas em dois grupos. Um receberia tratamentos adequados e condições ideais de temperatura e luz. Já o outro grupo receberia altos níveis de estresse tendo menos água e luz.

Para conseguir ouvir o grito das plantas, os pesquisadores usaram microfones com captação de frequências entre 20 khZ e 150 khZ. Conforme o estudo foi se desenrolando, os resultados curiosos começaram a aparecer.

Como resultado, os pesquisadores viram que as plantas do primeiro grupo emitiam ondas de alta frequência uma vez por hora. Já as do segundo grupo, vivendo em uma situação de estresse, gritavam constantemente. O chamado de socorro dessas plantas era feito por tempo indeterminado, mas não podia ser ouvido por humanos.

O que os pesquisadores acreditam é que as plantas, provavelmente, emitem esses sons através de um processo chamado cativação. O processo acontece principalmente nos períodos de seca ou quando as plantas sofrem algum ferimento, visto que, quando isso acontece, elas geralmente desenvolvem bolhas que explodem no xilema, que é o tecido vegetal responsável por transportar água e outros minerais.

Por conta dessa explosão, uma vibração nos vegetais é causada. Então, é ela que acaba sendo interpretada por nós como um “grito”.

Fonte: Olhar digital, Hypeness

Imagens: Olhar digital

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