As cidades que se tornam conhecidas como cidades turísticas normalmente têm uma característica que se destaca mais e faz com que o lugar seja conhecido por aquela coisa. Como por exemplo, o Rio de Janeiro é conhecido por suas praias, Dubai por sua modernidade e riqueza ou ainda Nova York por ser uma cidade cosmopolita.
Uma das cidades dos Estados Unidos mais conhecidas ao redor do mudo é Las Vegas. Quem nunca ouviu a máxima de ‘o que acontece em Vegas, fica em Vegas’? É certo que Las Vegas, hoje, é conhecida por seus inúmeros cassinos, mas em outros tempos era uma coisa um tanto quanto peculiar que atraía dos turistas para a Cidade do Pecado.
Em 1951, quando os cassinos ainda estavam começando a ser a principal atração, a Área de Testes de Nevada começou suas operações. Ela era um terreno a 105 quilômetros ao nordeste de Vegas, onde as bombas atômicas, criadas pelos cientistas do Departamento de Energia dos EUA, eram testadas.
Explosões
Mas o que realmente explodiu e ninguém imaginava foi o turismo em Las Vegas e não por causa de seus cassinos. O fato é que de cima dos cassinos era possível ver o clarão que as explosões dessas bombas atômicas causavam. Como elas eram testadas à noite o clarão, que elas provocavam faziam a noite ficar clara como o dia e a terra tremia.
Esses testes de bombas se tornaram uma atração turística tão forte que a Câmara do Comércio da cidade fez panfletos que mostravam os horários dos testes e em quais lugares da cidade eles podiam ser melhor vistos.
Até os cassinos embarcaram nessa onda do turismo, fazendo festas temáticas nas quais os convidados dançavam, comiam e bebiam todos aqueles coquetéis atômicos. Outra atração era a competição em que as mulheres podiam participar para que fossem eleitas a Miss Bomba Atômica e poderem tirar fotos com os cogumelos que as bombas faziam de plano de fundo.
Crescimento
Segundo um dos magnatas dos cassinos de Vegas, Benny Binion, “a bomba atômica foi a melhor coisa que podia ter acontecido à Las Vegas”. E realmente era verdade, já que a cidade dobrou de tamanho entre 1950 e 1960.
Mas se de um lado tudo era festa, em St. George, que ficava ao nordeste da base, era o oposto. O vento levava as cinzas das explosões para a cidade, o que fez com que os moradores sofressem com uma incidência enorme de pessoas com câncer. E isso durou até os anos 1980.
No total, foram feitos 100 testes, sendo o último feito em 1962. Foi graças às bombas atômicas que Las Vegas começou a ser um destino turístico e o que mais tarde a levou a ser conhecida como Cidade do Pecado.
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