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Homem é engolido por incêndio na Espanha e foge com as roupas em chamas

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Um homem, que foi engolido pelas chamas de um incêndio na Espanha, conseguiu escapar com as roupas pegando fogo depois de tentar evitar a destruição da cidade de Tabara. A cena aconteceu na última segunda-feira (18).

O homem que protagonizou o momento chocante foi Angelo Martin Arjona, que estava dirigindo uma escavadeira próximo ao fogo. Assim sendo, foi nesse momento que o veículo foi engolido pelas chamas. Segundo a Reuters, o homem estava tentando abrir uma cova para conter o avanço do fogo que atinge a Espanha.

Incêndio na espanha

Reuters/Reprodução

Segundos depois, Angelo foi visto correndo, com dificuldades e tropeçando, lutando contra as roupas que pegavam fogo. O homem, dono de um armazém de construção, estava tentando cavar uma trincheira para criar uma barreira para que as chamas não chegassem a Tabara. Nesse processo, ele sofreu queimaduras e foi encaminhado ao hospital.

Uma onda de calor atinge a Europa desde o início do verão de 2022 no hemisfério norte. Por conta das temperaturas altíssimas, atingindo números acima de 40ºC, mais de 1.000 pessoas já morreram, conforme dados de órgãos de saúde da Espanha e de Portugal.

Incêndios na Europa

Sarah Meyssonnier

São vários os fatores que contribuem para queimadas de grande magnitude como as que estão atingindo várias partes da Europa na última semana. Entre eles, as mudanças climáticas, com fenômenos extremos, como secas e chuvas torrenciais, mudanças no uso da terra e abandono do manejo florestal. Nesse cenário, bombeiros se encontram em uma situação em que dificilmente podem fazer algo a respeito.

Essas são as queimadas de “sexta geração”, sendo que essas geralmente são devastadoras. Na Austrália, Estados Unidos e, agora, no sul da Europa, observa-se uma onde intensa de calor que alimenta esses incêndios. Vale destacar que esse tipo de fenômeno, como o que matou mais de 60 pessoas em Portugal, em 2017, estão cada vez mais frequentes.

Desse modo, o fogo se torna tão perigoso porque cresce de forma notável e parece resistir aos esforços dos bombeiros. Assim, a intensidade do fogo impede a aproximação das equipes, restando apenas torcer para uma chuva diminuir o problema.

Já o conceito de “geração” aplicado aos incêndios como os que atingem a Espanha diz respeito a como o fogo se comporta no terreno. No caso da “sexta geração”, a energia que o incêndio libera é tanta que consegue alterar o clima ao seu redor. Além disso, pode até gerar novos focos.

“É sabido que as condições climáticas podem aumentar o risco de incêndios e torná-los mais difíceis de extinguir. Mas a relação entre fogo e clima vai além. Os incêndios podem criar seu próprio clima, gerando nuvens pirocumulonimbus e tempestades”, explica o serviço meteorológico do governo da Austrália em seu site.

Nuvens pirocumulonimbus

As nuvens pirocumulonimbs são tempestades elétricas que se formam em cima da coluna de fumaça de um incêndio. Porém, também se formam nas nuvens de cinzas de vulcões ou nos cogumelos de uma detonação nuclear.

Sendo assim, o calor intenso faz com que o ar suba rapidamente e de forma turblenta, esfriando à medida que sobe. Quanto mais alto, menor a pressão atmosférica, assim, a coluna se espalha e continua esfriando. Contudo, se a temperatura cai o suficiente, a umidade na coluna se condensa e forma um cumulus, ou uma nuvem.

Nesse caso, ela foi formada pelo fogo, por isso, ela recebe o nome de pirocúmulo. O processo de condensação faz o calor ser liberado, o que resulta na nuvem se aquecendo e subindo ainda mais, atingindo a estratosfera inferior.

Com isso, cria-se cargas elétricas com a colisão de partículas de gelo nas partes superiores da nuvem, o que libera faíscas e raios e causa tempestades destrutivas. Além disso, os raios podem produzir novos focos de fogo. Por isso, são conhecidas como “tempestades de fogo”.

Fonte: G1

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