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Imagens de queimadas em ‘Pantanal’ são reais e mostram impactos no bioma

Pantanal
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O remake da novela Pantanal, na Globo, vem dando o que falar. No capítulo da última terça-feira (28), o público ficou comovido com as imagens devastadoras do impacto das queimadas no bioma brasileiro. Na cena, que mostrou incêndios, o personagem Velho do Rio, interpretado por Osmar Prado, aparece com lágrimas nos olhos e perguntando o que aconteceu para que o fogo consumisse a região.

O que realmente surpreendeu o público é que aquilo não se trata de fantasia e sim de realidade. Isso porque, segundo o biólogo Hugo Fernandes, as cenas de destruição são reais, sendo registros feitos no incêndio que chocou o mundo todo em 2019 e 2020. Foi nesse momento que a maior tragédia da história recente do Pantanal ocorreu.

“Eu estava lá em algumas dessas cenas, mas não era gravação de novela. É tudo real e ainda dói”, disse. Assim, os incêndios destruíram cerca de 4 milhões de hectares. Cerca de 26% do bioma, uma área maior que a Bélgica, foi consumida pelo fogo.

Nesse incêndio, aproximadamente 4,6 milhões de animais foram afetados e ao menos 10 milhões morreram. Considerando somente o território de Mato Grosso do Sul, 1,7 milhão de hectare virou cinzas. No Mato Grosso, a destruição foi ainda maior, levando quase 2,2 milhões de hectares.

Novela retrata Pantanal em chamas

fogo florestal no pantanal

Reprodução/Globo

Desse modo, na cena que o remake trouxe para a audiência, as chamas tomam conta da região e o Velho do Rio decide procurar os responsáveis. Em seguida, acompanhamos as imagens de vários animais mortos, mostrando a destruição do Pantanal.

Dira Paes, que interpreta Filó na novela, usou suas redes sociais para falar sobre os problemas que o incêndio do Pantanal causou, assim como a falta de proteção do bioma. “É muito importante que se saiba a gravidade das queimadas no #Pantanal. Que os encantados nos protejam, mas que também existam políticas realmente efetivas de combate ao fogo criminoso no Pantanal e em todos os nossos biomas”, escreveu.

Vale destacar que se considera o bioma Pantanal uma das maiores extensões úmidas contínuas da Terra. Cerca de 60% está no território do Mato Grosso do Sul e os 40% restantes, no Mato Grosso. Já a proteção da região é de responsabilidade conjunta do governo federal, por meio do Ibama, ligado ao Ministério do Meio Ambiente, e dos dois governos estaduais.

Internet se comove

As cenas dos incêndios deixaram o público boquiaberto. Assim, internautas usaram as redes sociais para comentar sobre as imagens. “Que soco no estômago as cenas das queimadas no #Pantanal”; “Os animais queimados foi de partir o coração. Chorei aqui. #Pantanal”; “Essa sequência do incêndio no Pantanal me deixou com o coração apertado”.

“Dessa vez não dá pra falar ‘que imagens belas e deslumbrantes’. São imagens tristes e desesperadas. E não é novela, é real! Provocada pela ganância do homem, que por dinheiro, destrói a natureza que é justamente o que nos mantém vivos”, disse um telespectador.

Nasce filhote de onça-pintada que quase morreu em incêndios no Pantanal

Reprodução/G1

Após incêndio no Pantanal, a onça-pintada que foi resgatada, chamada Amanaci, agora é mãe. A felina se tornou um dos casos mais conhecidos para simbolizar a tragédia ocorrida em 2020, quando houve o incêndio na região do Pantanal que matou milhares de animais. Como Amanaci sofreu queimaduras de terceiro grau e perdeu as garras, ela quase foi sacrificada.

“Ela demorou demais para sair do fogo, quer dizer, para cuidar de se salvar. Ela deve ter tentado salvar um ou mais filhotes que ela talvez tivesse com eles lá”, explicou Silvano Gianni, fundador do Instituto NEX – No Extinction, localizado na cidade de Corumbá, em Goiás.

Segundo informações do G1, uma equipe de veterinários se uniu para tentar salvar a vida da onça-pintada, que se recuperou. Contudo, sem as garras, ela não tem a capacidade de retornar à natureza. Já seu filhote poderá retornar e será preparado para viver no Pantanal.

“Graças a Deus, a gente pode fazer tudo pela Amanaci e ela está bem. Só que deixou um buraco no Pantanal e a gente quer preencher esse buraco com o filhote dela, que tem o mesmo genoma dela, que é do mesmo bioma, para ver se a gente tenta amenizar a interferência do homem na natureza”, disse Daniela Gianni, coordenadora de projetos do Instituto NEX.

Os veterinários relataram que Amanaci gerou dois filhotes. No entanto, um deles não sobreviveu, uma vez que nasceu com uma má-formação.

Fonte: G1

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