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Humorista baiano denuncia racismo após ser barrado em evento em que era uma das atrações

humorista vítima de racismo
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O humorista natural da Bahia, João Pimenta, denunciou, em entrevista ao BATV, telejornal da TV Bahia, no último sábado (3), que foi vítima de racismo ao ser barrado por seguranças de um evento em que ele mesmo seria uma das atrações.

A situação ocorreu quando João estava acompanhando a apresentação de um dos amigos e esperando sua vez de se apresentar. Então, ele deixou o palco para ir ao banheiro. Na volta, ele conta que foi abordado por quatro seguranças.

“Um deles segurou no meu peito e falou que eu não estava autorizado a passar. Eu falei: ‘cara, eu sou uma das atrações… Estava aqui agora, vocês me viram’. Ele [segurança] respondeu: ‘não está autorizado a passar, você vai ter que fazer a volta e falar com a produção para poder ter o acesso de novo’”, relatou.

Assim sendo, o humorista relata que explicou que precisava subir ao palco pois era sua vez de se apresentar. No entanto, ele não recebeu liberação. João também contou que andou cerca de 400m para falar com sua produção para relatar o caso e, quando voltou local, estava sendo procurando para subir ao palco, como previsto.

“O pessoal já estava desesperado me procurando para eu entrar, que já era hora da minha apresentação. Era para eu ter ido embora, mas fiquei e fiz um show incrível”. No final da apresentação, o humorista deixou um recado: “Se vocês querem ser aliados ao povo preto, comecem tratando bem”.

“Você ainda se sente culpado”

Divulgação

Assim sendo, João, que já foi vítima de racismo em outras ocasiões, explica que não se pode naturalizar o acontecimento.

“É complicado, porque você ainda se sente culpado por incomodar as pessoas, por gerar uma situação desagradável. Sendo que você não tem culpa, irmão, ninguém tem culpa por sofrer discriminação racial, porque foi uma discriminação racial. Outra coisa que me chateia muito é ter que ficar justificando para as pessoas que eu fui a vítima da situação”, desabafou.

Idoso paga indenização de R$ 20 mil após praticar racismo e chamar vigilante de “macaco”

Um aposentado, acusado de proferir ofensas racistas contra um vigilante de um banco de São José do Rio Preto, em São Paulo, foi condenado a pagar uma indenização de R$ 20 mil à vítima. Na ocasião, ele chamou o vigilante de “macaco”.

O responsável pela sentença aplicada foi o juiz Diego Goulart de Faria. Assim, segundo o processo, o idoso foi ao banco no dia 17 de outubro de 2016. Então, em determinado momento, ele se irritou, alterou a voz e começou a tratar a gerente de forma ríspida.

Portanto, para manter a ordem na agência, o vigilante Luís Fábio Pereira pediu para que o aposentado acalmasse seus ânimos. Como resposta, ele recebeu ofensas racistas, o que o motivou a procurar a delegacia para registrar um boletim de ocorrência.

O idoso foi processado, condenado e fez um acordo durante a audiência de conciliação, tendo que pagar 13 parcelas de R$ 150 à vítima.

Segunda ofensa

Ainda segundo o processo, o aposentado voltou à agência no dia 3 de janeiro de 2018 para depositar o valor da indenização. Na ocasião, ele disse para uma funcionária: “da próxima vez que eu vir aqui, vou trazer um cacho de bananas para esse macaco, pois negro é uma raça desgraçada”.

O vigilante, mais uma vez, procurou a delegacia e registrou o segundo boletim de ocorrência, entrando com outra ação cível contra o idoso. O juiz Diego Goulart de Faria, da 8ª Vara Cível de Rio Preto, analisou o caso e condenou o aposentado a pagar R$ 20 mil de indenização.

“Foi a segunda vez que o requerido agiu de forma inapropriada e descabida com o requerente, inclusive posto que o atacou novamente, por meio de palavras, em seu local de trabalho, expondo-o a constrangimento perante os demais servidores e também aos clientes do banco”, escreveu.

Dessa forma, o advogado do vigilante que foi vítima de racismo, em entrevista ao G1, afirmou que a busca pela condenação não tem como objetivo a indenização e sim que se trata de uma condenação com caráter pedagógico. “Importante a divulgação para levar ao conhecimento de todos que tal conduta é passível de condenação”, disse Adalberto Martilis Costa.

Fonte: G1

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