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Irã monitora novamente o uso de véu islâmico em mulheres

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Um dos símbolos que logo vem à mente quando pensamos em mulheres muçulmanas é o véu islâmico. Ele é um símbolo tanto cultural quanto religioso e, o que muitos podem não saber, é que ele existe em várias versões que podem ser usadas conforme as mulheres quiserem, exceto em alguns casos, e dependendo do lugar onde a pessoa estiver.

No entanto, como pontuado, existem algumas exceções com relação ao uso do véu islâmico, no caso, o uso indevido dele. O país enfrenta desde o fim de setembro protestos por todo seu território. E durante eles, centenas de pessoas foram mortas e outras milhares foram presas. Recentemente, a jovem iraniana Mahsa Amini foi presa pela polícia de costumes do Irã por estar usando o véu de forma incorreta. Depois de cem dias da sua morte, as autoridades do Irã lançaram uma campanha nova para fiscalizar o uso do hijab, que é obrigatório no país.

De acordo com a polícia, via agência de notícias iraniana Fars, a nova campanha lançada se chama “Nazer-1”, que significa “vigilância” em persa. Ela funciona assim: se uma mulher estiver dirigindo, ou então alguém que estiver dentro do carro não estiver usando o véu islâmico, o proprietário do veículo receberá uma mensagem pedindo para que o hijab seja respeitado e alertando para que o ato de desobediência não seja repetido.

Controle do uso

G1

Até o momento, o foco da polícia tem sido mandar mensagens de texto sem aplicar punições ou multas. Contudo, nas últimas semanas, vários parlamentares disseram que multas podem sim serem cobradas dos infratores. Nos tempos antigos, quando essa lei era desrespeitada, o carro de quem a tivesse infringido ficava imobilizado durante algumas semanas.

O fim da polícia da moralidade no Irã aconteceu depois das manifestações por conta da morte de  Mahsa Amini, uma curda iraniana de 22 anos. Essa polícia prendia mulheres e meninas que estivessem vestidas de maneira imprópria na rua, mas no começo de dezembro foi finalizada.

Com isso, nas últimas semanas é possível ver mais mulheres e meninas sem o véu andando pelas ruas e não sofrendo intervenção da polícia. Por conta disso, muitos clérigos mais conservadores pediram que a polícia tivesse uma ação mais firme com relação a isso para que impusessem o uso do véu islâmico.

Véu islâmico

Uma coisa comum entre as pessoas que não são muçulmanas é não saber quais são os tipos de véu, já que todos são conhecidos genericamente como hijab. A realidade é que esse termo é bastante plural.

Isso acontece porque o Alcorão, que é o livro sagrado dos muçulmanos, define o véu como um acessório que cobre o cabelo, as orelhas e o pescoço. Justamente por isso que existem vários tipos. Veja quais são os quatro principais.

Hijab

Galileu

Esse véu cobre somente o cabelo, orelhas e pescoço e deixa o rosto à mostra. O hijab pode ser colorido, estampado ou personalizado conforme o gosto de quem o está usando. Além das diferenças do tecido, existem vários jeitos de “amarrá-lo” e alguns deles têm nomes específicos conforme a região onde são mais comuns.

Chador

Galileu

Ele cobre todo o corpo, não tem mangas e deixa somente o rosto para fora. Mesmo que ele também possa ser colorido ou estampado, normalmente ele é preto. Esse tipo de véu é tradicional do Irã. No entanto, entre 1978 e 1979, por causa da Revolução Islâmica, ele se popularizou em outros países.

Niqab

Galileu

Esse tipo de véu cobre todo o corpo e o rosto, e deixa apenas os olhos para fora. Em sua maioria ele é todo preto. O que muitos não sabem é que existem um “meio niqab” que deixa um pouco mais do rosto à mostra. Usar o niqab é lei no Irã e na Arábia Saudita.

Burqa

Galileu

A burqa é um dos tipos de véu mais conhecidos. Ele tampa até mesmo os olhos de quem a usa. Geralmente, ela é usada em uma única cor, seja preto, ou tons de azul. Seu uso é obrigatório em lugares ocupados pelo Talibã, como regiões do Afeganistão e Pasquistão.

Fonte: G1, Galileu

Imagens: G1, Galileu

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