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Jovem de 17 anos morre vítima de ‘doença do tatu’ no Sul do Piauí

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A morte nunca é uma coisa fácil de se lidar, ainda mais quando acontece com alguém jovem. Infelizmente, casos assim existem, como o desse adolescente de 17 anos que morreu no último sábado vítima das complicações provocadas pelo  fungo Paracoccidioidomicose (PCM), conhecido popularmente como “Doença do Tatu”.

O jovem morreu em Simões, a 430 quilômetros ao sul de Teresina. Essa foi a segunda morte por conta da doença do tatu em quatro anos no município. O ser humano pode contrair essa doença quando entra em contato com os esporos do fungo depois de mexer no solo e inalar a substância que sai do buraco contaminado.

A doença do tatu não é contagiosa e também não é transmitida de pessoa para pessoa ou de um animal para um ser humano.

Jovem

G!

Além desse jovem que morreu, um irmão e um amigo que também estavam com ele foram atingidos pelo fungo. Um deles está internado em estado grave no Hospital Justino Luz, em Picos.

Segundo Isamaria Dantas, secretária de saúde do município, há aproximadamente um mês os três jovens saíram para caçar tatu e quando voltaram começaram a ter sintomas como falta de ar e febre, sinais que são característicos da doença.

“Quando eles procuraram o hospital, informaram que tinham caçado tatu e que poderiam estar com a doença. Como há quatro anos tivemos outros casos, em que um deles faleceu, eles logo associaram. O adolescente de 17 anos estava com sintomas graves e foi encaminhado para o Hospital Regional de Picos, mas não resistiu”, informou a secretária.

Ainda segundo Isamaria, o irmão do jovem tinha sintomas mais leves e está em Teresina sendo acompanhado ambulatorialmente. Já o amigo deles está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Picos e seu estado é considerado grave.

“Não é uma doença de notificação compulsória, porque não é contagiosa e nem passada de pessoa para outra ou de animal para pessoa. Também a caça é proibida. Então fizemos a orientação necessária à população”, explicou a secretária.

Doença

G1

Por conta da morte desse jovem em decorrência da doença do tatu, a Secretaria Municipal de Saúde de Simões lançou uma nota a respeito da doença.

A Paracoccidioidomicose (PCM) é conhecida popularmente por “Doença do Tatu”. A associação com o animal acontece porque o homem ao caçar tatus entra em contato com as tocas (buracos), onde o solo está contaminado pelo fungo.

A doença não é transmitida por animais ao homem, nem é transmitida de uma pessoa para outra. A transmissão é sempre pela inalação dos esporos que estão no solo contaminado (poeira que sai do buraco).

A pessoa infectada pode apresentar lesões na pele, tosse, febre, falta de ar, linfonodomegalia (ínguas ou landras), comprometimento pulmonar, emagrecimento. Podendo inclusive manifestar a forma grave, levando a morte.

Solicitamos a comunidade que evite exposição ao risco de contaminação”.

Morte inesperada

Aventuras na história

Infelizmente, a morte de uma pessoa pode vir totalmente de repente e por conta de uma situação impensada, como por exemplo, o caso desse jovem de 19 anos. No momento, Sam Ballard estava em um encontro com seus amigos, um grupo de jovens australianos, no terraço da sua casa bebendo vinho e conversando.

Nesse encontro especificamente eles começaram uma brincadeira. O jogo era para ver se os amigos eram corajosos o suficiente para topar o desafio lançado pelos outros. Infelizmente, Sam achou que era, e somente ele aceitou o desafio. Contudo, o jovem não sabia das consequências que isso teria.

O desafio aconteceu quando o grupo de jovens viu uma lesma passando pelo chão do lugar onde estavam. Então, eles desafiaram Sam a comê-la, e ele comeu. “Estávamos sentados, tendo uma pequena noite de apreciação do vinho tinto, tentando agir como adultos e uma lesma veio rastejando”, lembrou Jimmy Galvin, amigo de Sam.

Depois de alguns dias de ter comido a lesma, Sam começou a se sentir mal. Isso aconteceu em 2010 e, infelizmente, era apenas o começo de toda a trajetória do jovem.

Primeiro, o jovem começou a sentir dores nas pernas, mas não sabia qual era o motivo. Os pais dele suspeitaram que poderia ser esclerose múltipla já que a família tinha histórico da doença. Entretanto, esse não era o problema. Até mesmo os exames confirmaram.

Com o diagnóstico dispensado, Sam comentou com o médico que tinha comido uma lesma de brincadeira com seus amigos. Foi então que novos exames foram feitos e constatou-se que o jovem tinha contraído meningite eosinofílica. Esse tipo de meningite é causada pelo verme Angiostrongylus cantonensis, presente nas fezes dos ratos.

Já com o diagnóstico do que ele realmente tinha, não demorou muito para que a doença evoluísse no corpo de Sam. Como resultado, o jogador de rúgbi ficou em coma durante 420 dias. Quando ele acordou, estava tudo diferente. O seu corpo já não estava respondendo aos impulsos do seu cérebro, ele estava paralisado e se alimentando através de aparelhos.

Infelizmente, o sofrimento do jovem durou vários anos. Sam faleceu no dia dois de novembro de 2018.

Fonte: G1, Aventuras na história

Imagens: G1, Aventuras na história

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