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Jovens brasileiras Letícia e Desirrê, que estavam sendo procuradas pela família, são detidas no Estados Unidos

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A coach e modelo Katiuscia Torres Soares, conhecida como “Kat a Luz”, e as jovens Letícia Maria Alvarenga, de 21 anos, e Desirrê Torres, de 26 anos, foram detidas na última quarta-feira (2), nos Estados Unidos. Elas estavam no estado de Maine, que faz fronteira com o Canadá.

Letícia e Desirrê estavam sendo procuradas pelas famílias e amigos há meses. Isso após elas terem apresentado “mudanças drásticas de comportamento” depois que foram atendidas por Katiuscia, que se apresenta em suas redes sociais como “Kata Luz”.

Assim sendo, nos documentos das autoridades estadunidense, consta a expressão “released on bail”, que significa “liberado mediante pagamento de fiança”. No entanto, ainda não se sabe quais foram os valores das fianças e tampouco o exato motivo da prisão.

Desse modo, o caso é acompanhado pelo Itamaraty, pela Polícia Civil de Minas Gerais e também por autoridades dos Estados Unidos. Na avaliação dos advogados Christian Thomas Oncken e Gladys Carolina Pires Pacheco, contratados por amigos de Desirrê, a conduta da coach pode se enquadrar nos crimes de tráfico de pessoas, tortura, redução à condição análoga à de escravo, favorecimento da prostituição, extorsão e estelionato religioso, charlatanismo, injúria, calúnia e difamação.

Sendo assim, todas as três correm risco de serem deportadas para o Brasil. “Todavia, quem tem o poder de decisão a respeito do pedido de extradição é o Estado Brasileiro por vias diplomáticas, com análise do Supremo Tribunal Federal e acompanhado pela Procuradoria Geral da República”, avaliam Oncken e Gladys.

Relembre o caso que circulou na internet

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Desirrê/Reprodução

Letícia é natural de Perdões, no interior de Minas Gerais, a 213 km de Belo Horizonte. Desse modo, ela foi para os Estados Unidos para participar de um programa de intercâmbio de au pair, que é quando o estrangeiro reside na casa de uma família para atuar como uma espécie de babá e cuidadora da casa. Nesse processo, facilita-se o acesso às oportunidades de estudo.

Porém, ela deixou o programa de intercâmbio e foi se afastando da família aos poucos. De acordo com depoimentos de seus pais à Polícia de Minas Gerais, ela começou a pedir dinheiro, “ora para o próprio sustento, ora para negócios que pretendia empreender com a coach”. Segundo o relato dos pais, Letícia dizia que havia finalmente encontrado alguém que “acreditava nela”.

Já Desirrê morava na Alemanha e se mudou para os Estados Unidos no último ano depois de finalizar seu casamento. Ela também teria se afastado de sua família e de seus amigos depois de passar por atendimentos com a coach. Logo, segundo os relatos, ela deixou de responder mensagens e informar aos entes sobre seu paradeiro.

Com a repercussão do caso nas redes sociais, logo encontraram fotos das jovens em sites de acompanhantes de luxo. Assim, as duas mulheres gravaram dezenas de vídeos ao lado de Katiuscia, “com falas desconexas e agressivas”, segundo amigos, dizendo que “estavam bem e que não queriam ser procuradas”.

Além disso, Desirrê e Letícia chegaram a falar que precisavam de socorro porque estavam no “cativeiro da Yasmin Brunet”. Porém, depois desmentiram a afirmação, dizendo que era “apenas uma brincadeira”.

Nota dos advogados

Amigos e familiares de Desirrê Torres contrataram uma equipe jurídica para acompanhar o caso. Por meio de nota, os advogados Christian Thomas Oncken e Gladys Carolina Pires Pacheco, enviaram o seguinte comunicado:

“Por meio desta nota oficial, a página @Searchingdesirre vem publicamente, agradecer a importante contribuição social de pessoas que têm auxiliado de forma ativa na obtenção de informações e coleta de provas à uma resolução. Assim, o trabalho de todos que estão contribuindo está sendo essencial, agradecemos todos que até o momento não desistiram de ajudar as vítimas.”

“Obtivemos a informação de que Katiuscia Torres Soares, Desirre Freitas e Leticia Maia foram detidas. Essa informação procede e foi devidamente checada. Os documentos já estão circulando de forma intensiva nas redes sociais, meio pelo qual obtivemos acesso a estes. As mencionadas foram detidas pela polícia de fronteira no Estado do Maine – USA, o caso está sendo investigado pela Imigração.”

“As medidas judiciais no Brasil estão sendo tomadas, tais como contato com o Ministério Público Federal, registro de boletins de ocorrência e ajuizamento das ações judiciais pertinentes tanto na esfera criminal como cível. Novos esclarecimentos serão dados assim que possível.”

Fonte: UOL

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