É impressionante pensar que não há muito tempo as pessoas não tinham redes sociais para se conectar e hoje em dia o que não faltam são opções para os usuários. E cada dia surge uma nova. Por exemplo, logo depois de Elon Musk se tornar o dono oficial do Twitter, o cofundador e ex-CEO da rede social, Jack Dorsey, deve lançar uma nova rede que provavelmente se chamará Bluesky.
No dia 20 de outubro, a Bluesky abriu uma lista de espera para as pessoas que queriam entrar na rede social. De acordo com o perfil do Twitter da Bluesky, até o dia 20, mais de 30 mil pessoas já tinham se inscrito. Se você quiser se inscrever é só acessar este link.
Essa nova rede social começou a ser construída em 2019, quando Dorsey ainda era um dos CEOs do Twitter. No ano passado, quando deixou a empresa, ele levou seu projeto consigo. Na época, Dorsey disse que essa nova plataforma seria totalmente descentralizada e operaria em código aberto, da mesma forma que o Mastodon, o concorrente do Twitter.
Nova rede social
Wow. 30k signups for our app’s waiting list in the last two days! Thanks for the overwhelming interest, we’ll do our best to get you in soon. 🔜
— bluesky (@bluesky) October 20, 2022
“Deve ser um protocolo de código aberto, financiado por uma espécie de fundação que não possui o protocolo, apenas o promove”, disse Dorsey a Musk em mensagens privadas conseguidas pelo Gizmodo EUA.
A Bluesky tem como base o AT Protocol, ou Protocolo de Transferência Autenticado, em tradução livre. Isso é uma tecnologia que tem portabilidade entre as contas e possibilidade de escolha dos algoritmos usados online. O que isso significa na prática é que a rede social poderá ser gerenciada e acessada através de vários sites e/ou servidores. Diferentemente do Twitter que os usuários só acessam a rede social pelo “twitter.com”.
Esse lançamento da nova rede social atraiu vários usuários do Twitter que estão insatisfeitos com as possíveis novas políticas de Musk para a plataforma. Até o momento, Musk, que assumiu a chefia na última sexta-feira, já demitiu todos os executivos, prometeu cobrar pelo selo de verificado. Além disso, o bilionário também deu indícios de que tornaria as políticas da comunidade mais “brandas” em nome da liberdade de expressão.
CEO do Twitter
O ex-CEO do Twitter já esteve na mídia no ano passado por um feito um tanto quanto fora do comum. Dorsey vendeu o primeiro tweet que publicou, em 2006, como um token não fungível (NFT) por mais de 2,9 milhões de dólares. Um NFT é um ativo digital que pode incluir jpegs, videoclipes ou tweets, executados em blockchain, ou seja, um livro-razão digital que verifica a autenticidade.
A versão do tweet vendida foi autografada digitalmente. O tweet milionário foi publicado na conta pessoal do CEO, no dia 21 de março de 2006, e diz “apenas configurando meu twttr”. A venda foi realizada por meio da plataforma digital Valuables, que permite a compra e venda de tweets autografados por seus criadores.
Quem arrematou o tweet foi a CEO da Bridge Oracle, Sina Estavi. A guerra de lances ocorreu com o empresário de tecnologia Justin Sun. “Este não é apenas um tweet! Acho que anos depois as pessoas perceberão o verdadeiro valor desta publicação. É como se fosse a pintura da Mona Lisa”, disse Estavi, no Twitter .
Dorsey informou em sua conta pessoal do Twitter que vai converter o dinheiro arrecadado em Bitcoin para, em seguida, doá-lo para a instituição de caridade GiveDirectly, que ajuda pessoas na África que vivem em meio à pobreza.
Nascimento há uma década
O Twitter foi fundado em março de 2006. Na época, quem dominava o universo da internet era o MySpace. O Facebook, nessa época, era usado apenas por estudantes universitários, ou seja, era praticamente um bebê dando seus primeiros passos.
Em 2016, quando o Twitter completou dez anos, a plataforma decidiu comemorar o aniversário enviando uma singela mensagem a todos os seus usuários. O texto, escrito em 140 caracteres com a ajuda de dois emojis, dizia: “Começando nos [emoji dos EUA] e avançando para todo o [emoji do planeta Terra], agrademos por 10 anos incríveis. Love, Twitter”.
A publicação, para quem não se lembra, foi ilustrada por um vídeo curtinho, com dois minutos e meio de duração. Tempo mais do que suficiente para deixar registrado os momentos mais marcantes de uma década.
Mesmo parabenizando seus 320 milhões de usuários, o valor de mercado da plataforma estagnou, afinal, dez anos depois o Facebook, que antes dava seus primeiros passos, já havia conquistado mais do que o esperado: a empresa de Mark Zuckerberg já havia abraçado cerca de 1,6 bilhão de usuários.
Fonte: Gizmodo
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