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Lixo espacial atinge uma casa na Flórida

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As pessoas são fascinadas com o espaço e as coisas que existem nele. Mas o que muitos podem não saber é que o espaço é o lar de meio milhão de toneladas de lixo espacial. Trata-se de fragmentos de detritos pequenos. Esses possuem, em média, o tamanho de uma bolinha de gude e são como “poluições” na órbita da Terra.

Há ainda pelo menos 20 mil maiores ou do tamanho de uma bola de tênis. Entre esses objetos, há luvas de astronautas, pedaços de espaçonaves “mortas” e partes de foguetes fora de uso. Sem contar outras coisas, como satélites desativados, pedaços de espaçonaves, além de restos de foguetes, que ficam na baixa órbita da Terra.

E se esse lixo está orbitando nosso planeta, em algum momento pode ser que ele caia. Foi justamente isso que aconteceu no caso dessa casa na Flórida, nos EUA, no começo de março. Ela teve seu telhado quebrado por um objeto cilíndrico desconhecido de quase um quilo que caiu do céu.

Lixo espacial

Inicialmente, a família não conseguiu identificar o que tinha atingido sua casa. Contudo, agora se confirmou que foi um lixo espacial.

Quando a NASA ficou sabendo do caso, ela recuperou os destroços. A suspeita principal é que esse objeto que caiu sejam baterias descarregadas da Estação Espacial Internacional (ISS).

Por mais que esse material devesse voltar para o nosso planeta de uma forma controlada, vários atrasos fizeram com que a carga acabasse perdendo a viagem de volta.

Por conta disso, em 2021, a NASA acabou descartando as baterias da ISS para que elas fizessem uma reentrada não guiada, o que desafiava as probabilidades de elas atingirem uma casa.

Depois que o lixo espacial caiu em sua casa, Alejandr Otero postou as imagens em seu perfil no Twitter para mostrar os danos. E ele disse esperar receber uma indenização das autoridades competentes.

Riscos

Olhar digital

Mesmo que grande parte do lixo espacial acabe se desintegrando na atmosfera da Terra quando cai, alguns pedaços maiores podem chegar ao solo. Conforme a NASA, aproximadamente 80% da população mundial vive em lugares que não têm proteção contra a queda desses objetos do espaço.

Embora as chances de uma pessoa ser atingida por um lixo espacial sejam baixas, ela não é nula. Tanto é que a queda de lixo espacial já foi reportada em vários lugares da Terra, até no Brasil.

De acordo com um estudo recente, 651 pedaços de lixo espacial têm risco de cair de maneira descontrolada nos próximos 10 anos. E conforme a NASA, ao todo existem mais de 27 mil pedaços de lixo espacial em órbita.

Problema

Gizmodo

O lixo espacial está cada vez maior orbitando a Terra e está se tornando um problema bastante sério para os astrônomos. Por conta disso, a China lançou ao espaço uma grande rede de arrasto. O objetivo é diminuir a quantidade de lixo espacial que orbita nosso planeta.

Essa rede foi lançada presa a um foguete Long March 2D, presa ao adaptador de carga útil instalado no estágio superior do veículo. Ela foi a primeira investida e funcionará com um teste para saber se o dispositivo será realmente capaz de trazer de volta à atmosfera partes de espaçonaves já utilizadas.

O lançamento aconteceu no dia 24 de junho do Centro de Lançamentos de Satélites Xichang. E junto com o foguete foram enviados três satélites da família Yaogan 35.

A rede, na realidade, parece mais uma vela náutica. Ela tem 25 metros quadrados e a ideia é que ela ajude a “desorbitar” o adaptador, ou seja, é esperado que a vela aumente a superfície do objeto de modo que as forças de fricção atmosférica puxem o adaptador de volta à Terra.

Esse adaptador tem aproximadamente 300 quilos e 491 quilômetros de altura. Ele voltar para a atmosfera terrestre não é somente por questões de “limpeza” do espaço, mas também porque quando se diminui o tempo que um objeto inútil fica vagando pelo espaço, o risco de colisão com outros lixos espaciais também diminui.

Segundo a Academia de Tecnologia de Voos Espaciais de Shangai (SAST), a vela foi aberta um dia depois do lançamento do foguete. Mas todo o processo de desórbita do adaptador de carga deve demorar até dois anos.

Essa iniciativa da China é bem vista, já que o acúmulo de lixo espacial é uma das principais preocupações das agências espaciais ao redor do mundo. De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), existem mais de 30 mil detritos na órbita da Terra. Já outros modelos aumentam esse número para um milhão.

Fonte: Olhar digital, Yahoo

Imagens: Twitter, Gizmodo

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