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Lua termina a semana mais distante da Terra

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A lua está entre os corpos celestes mais pesquisados. O nosso satélite natural foi o único corpo do sistema solar onde os humanos já pisaram, mesmo assim várias pesquisas ainda são feitas para descobrir mais a seu respeito. Até porque ela influencia marés, movimenta os oceanos e é responsável pela vida nos mares. Além disso, ela também faz com que a Terra mantenha seu eixo, sem titubear.

lua está a uma distância sedutoramente “perto” do nosso planeta e cosmicamente longe. Contudo, essa distância muda conforme a órbita do satélite natural. Tanto é que, nessa sexta-feira, ela irá estar no seu apogeu, que é o ponto mais longe da Terra na sua órbita. Isso irá acontecer, segundo o guia de observação astronômica InTheSky.org, às 23h10.

Lua mais distante

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Como a órbita da lua não é circular e sim elíptica, isso faz com que sua distância do nosso planeta varie. Conforme ela vai fazendo esse caminho elíptico a cada mês, a distância vai variando 14%, de 356.500 km no perigeu, o ponto mais perto, até 406.700 km no apogeu.

“Esses valores são médios porque, na prática, variam bastante devido às influências gravitacionais do Sol e dos outros planetas do Sistema Solar”, disse Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon).

Assim, o tamanho angular do sol também varia por conta desse mesmo fator, além do seu brilho também mudar. No entanto, na prática isso é difícil de ser detectado porque as fases da lua mudam ao mesmo tempo.

O tempo do circuito perigeu-apogeu-perigeu da Lua é de 27,55 dias. O que é um pouco mais do que seu período orbital, que é de 27,322 dias. “Esse período é chamado de mês sideral, e é diferente do mês sinódico, que é o período de 29,5 dias entre duas novas, porque como a Terra também está girando em torno do Sol, a Lua precisa de um pouco mais de uma volta para apresentar o mesmo alinhamento com o Sol, e consequentemente, a mesma fase”, explicou Zurita.

Distanciamento

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Por mais que a distância da lua para a Terra mude conforme ela está em sua órbita, parece que ela está ficando mais distante do planeta como um todo. Para se ter uma noção, há cerca de 2,45 bilhões de anos, a distância era de 322 mil quilômetros, e atualmente ela está a 384 mil quilômetros, o que são 60 mil quilômetros mais longe da Terra.

Quem mediu essa quilometragem foi Joshua Davies, professor de ciência da terra e atmosfera da Universidade de Québec, no Canadá, e Margriet Lantink, pesquisadora associada de pós-doutorado do Departamento de Geociências da Universidade de Wisconsin-Madison, dos Estados Unidos.

De acordo com eles, esse afastamento da lua da Terra é gradual e conhecido há muito tempo. Em 1969, durante as missões Apollo da NASA, os pesquisadores disseram que os próprios astronautas perceberam uma coisa estranha nos painéis reflexivos que estavam instalados na superfície da lua. De acordo com Davies e Lantink, a NASA percebeu que a lua estava se afastando do nosso planeta 3,8 centímetros anualmente.

“A distância entre a Terra e a lua está diretamente relacionada à frequência de um dos ciclos de Milankovitch, o ciclo de pressão climática”, escreveram os pesquisadores.

Eles explicaram que esse ciclo surge do movimento de oscilação ou na mudança de orientação do eixo de rotação do nosso planeta no decorrer do tempo. Hoje em dia, ele dura 21 mil anos, no entanto, no passado, ele teria sido menor justamente na época em que a lua estava mais perto de nós.

“Os ciclos de Milankovitch registrados em sedimentos de 2,46 bilhões de anos indicam que o ciclo de precessão da Terra teve uma frequência significativamente maior do que a atual, sinalizando duração do dia e distância Terra-Lua mais curtas”, explicaram os pesquisadores.

Ainda de acordo com Davies e Lantink, o preocupante com relação a esse distanciamento é que a lua tem um efeito de frenagem na Terra, ou seja, quanto mais longe o satélite natural estiver, mais longos serão os dias. Além disso, as horas do dia irão aumentar. Contudo, não é preciso temer porque para que isso aconteça pode levar “milhões de anos antes mesmo de começar a fazer a diferença”.

Fonte: Olhar digital,  Istoé

Imagens: Olhar digital

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