O mapa-mundi do IBGE, que traz o Brasil no centro da Terra, se esgotou em uma velocidade impressionante após o início das vendas em sua loja virtual na terça-feira, 16.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou esse novo material e anunciou em suas redes sociais a divulgação, levantando polêmicas e se tornando amplamente viral.
Segundo a página de vendas, a tiragem inicial foi completamente vendida e o IBGE está planejando uma nova impressão.
O mapa-múndi do IBGE, disponível no formato A3 (42,0 x 29,7 cm), estava sendo vendido por apenas R$ 10.
Interesse
Antes do início das vendas, o instituto já havia anunciado um grande interesse, recebendo muitos pedidos e consultas sobre a disponibilidade do mapa.
Em comunicado, o IBGE também revelou planos de oferecer o mapa em tamanhos ampliados, como A0 (118,9 x 84,1cm) e A1 (84,1 x 59,4cm), previstos para serem lançados no final de maio de 2024.
O mapa inclui marcações dos países do G20 e daqueles com representação diplomática brasileira, junto com informações básicas sobre o Brasil, como população, área e outros dados relevantes.
Polêmicas
Na semana passada, aconteceu o lançamento do novo mapa-mundi do IBGE como parte da 9ª edição do Atlas Geográfico Escolar.
No entanto, provocou debates nas redes sociais devido à sua projeção cartográfica incomum. Geralmente, o que se traz é a Europa e a África no centro.
Entretanto, esse material apresentou o Brasil como o centro da Terra, e toda a distribuição ao redor, com os devidos nomes, países e identificações.
Mesmo assim, alguns usuários criticaram o material, enquanto outros elogiaram a decisão de posicionar o Brasil no centro do mapa.
Durante o lançamento, o IBGE explicou que essa divulgação foi feita pensando no momento especial em que o Brasil está presidindo o G20. Além disso, o instituto informou que é uma oportunidade de mostrar uma perspectiva única do Brasil em relação a esse grupo de países e ao restante do mundo.
Usuários defendem mapa-mundi do IBGE
Na internet, desde semana passada, quando o IBGE divulgou o mapa-mundi, os usuários saíram em defesa desse novo modelo. Apesar de muitos se posicionarem contra, os argumentos faziam sentido em termos práticos.
Inicialmente, alegaram que a distribuição ficaria estranha e difícil para as crianças entenderem. Afinal, o modelo dos livros e dos materiais didáticos de apoio sempre trouxe a Europa e a África no centro.
Contudo, as alegações lembraram que a Terra é redonda, e, por isso, as posições dos países não alteram sua localização, importância ou relevância. Trata-se meramente de um posicionamento cartográfico.
Para fins de visualização plana, o IBGE disponibilizou a versão completa que traz todos os países e suas denominações, em tamanho real.
Entretanto, para um globo terrestre, por exemplo, a posição do Brasil, em termos visuais, não altera em nada. Por isso, mudar o lugar gráfico dos países não seria um problema tão grande assim.
Eurocentrismo
Além disso, alguns usuários mais incisivos lembraram que o ensino cartográfico atual teria uma base mais eurocentrista. Ou seja, colocando a Europa como o centro de tudo.
Embora pareça uma escolha partidária sem importância, mudar essa visão sobre o mundo, com o Brasil no centro, traz um peso diferente para quem está visualizando.
Nas escolas, essa estruturação também ajudaria a estabelecer um senso de patriotismo, e entender que as escolhas são políticas ao determinar coisas tão simples como um mapa-mundi do IBGE.
Alguns apontamentos na internet informaram que iria contra o “padrão” de impressão cartográfica do restante do mundo. No entanto, outros países também utilizam modelos adaptados para fins de ensino ou ilustração.
Assim, o novo lançamento do IBGE recebeu mais elogios e apoio dos usuários, especialmente dos grupos mais jovens, e pode se tornar popular o bastante para alcançar outras áreas.
Fonte: Terra
Imagens: Agência Brasil, Pinterest
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