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É possível tratar fogachos da menopausa sem hormônios?

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A vida é feita de ciclos, e cada um deles é marcado por determinadas coisas. Por exemplo, em determinado ponto da vida da mulher ela começa a experimentar os sintomas da conhecida menopausa. Ela é um estágio natural da vida de qualquer mulher e acontece por conta da diminuição progressiva da função ovariana, geralmente começando nos 45 anos.

A menopausa não é um problema de saúde e não pode ou deve ser visto dessa forma. Até porque é possível atravessar esse período, que pode durar até 10 anos, com qualidade de vida.

O primeiro ponto a ser esclarecido é que o termo usado para falar sobre esse tempo em que os hormônios da mulher estão em queda, na realidade, tecnicamente é climatério. O climatério é o período da vida em que a mulher está fazendo a transição entre sua fase reprodutiva e a não reprodutiva.

O nome menopausa é dado à última menstruação, que acontece quando a mulher fica um ano sem ter novos ciclos menstruais. Com relação ao climatério, ele pode ser dividido em três períodos, tendo a menopausa como o ponto de referência. São eles: pré-menopausa, menopausa e pós-menopausa.

Nessas fases, os sintomas vistos são bastante variáveis e têm interferências de fatores externos, como por exemplo, dieta, perfil socioeconômico, aspectos culturais e até mesmo os climáticos.

As irregularidades menstruais marcam o climatério, e além disso, outros sintomas e sinais também são vistos. Dentre eles, as famosas ondas de calor, chamadas fogachos, mudanças de sono, da libido e do humor, e atrofia dos órgãos genitais.

Por que acontece?

Centro auditivo líder

A menopausa acontece porque desde que uma menina nasce, todos os óvulos que ela irá produzir durante sua vida se originam nas células germinativas dos ovários que já estão presentes nela. E essa reserva é usada desde a primeira menstruação, conhecida como menarca, até a última, a menopausa.

Além disso, as mulheres não conseguem formar novos folículos para repor os que se foram. Por conta disso que a fertilidade da mulher tem hora para acabar e, conforme o tempo vai passando, mais difícil é dela engravidar.

Quando os últimos folículos morrem, os ovários entram em falência e as concentrações dos hormônios femininos, estrogênio e progesterona, caem de forma irreversível. Isso é o climatério.

O estimado é que até 2030, a população de mulheres do mundo todo que irá experimentar a menopausa aumente para 1,2 bilhão, tendo 47 milhões de novas mulheres entrando nessa fase anualmente.

Dentre as mulheres que estão nessa fase, mais de um terço dizem ter sintomas graves, que podem durar 10 anos ou mais depois do último período menstrual, e que impactam na qualidade de vida delas. Além disso,  aproximadamente 30% que fazem consultas com um profissional de saúde por conta de sintomas moderados não recebem nenhum tratamento.

Opções para tratar os sintomas da menopausa

Bigfral

É comum ver alguma mulher reclamando dos calorões que ela sofre no climatério. Esses calores sentidos são descritos como “não sendo um calor normal”, até porque são efeitos de uma questão hormonal inerente a determinado período da vida.

Para tratamento, o principal recomendado pelos médicos é a terapia hormonal. Através dela é feita a reposição dos hormônios ovarianos que estão sendo produzidos de forma diferente. Contudo, existem as pessoas que não podem fazê-las porque não querem ou por outros fatores de saúde.

Por conta disso, algumas empresas farmacêuticas estão propondo tratar os sintomas da menopausa sem hormônios. No entanto, ainda não existe no mercado um remédio que tenha em sua bula indicação como sendo um tratamento para os fogachos da menopausa. Então, os médicos geralmente prescrevem ansiolíticos e antidepressivos.

O que esperar?

Por mais que ainda não existam remédios para tratar os sintomas da menopausa, alguns estão sendo desenvolvidos. Um deles é o elinzanetant, da farmacêutica Bayer, e que já está em um estágio avançado na investigação.

Ele é um antagonista dual do receptor neurocinina 1 e 3, ou NK-1,3 e é um tratamento oral não hormonal. Para ele fazer efeito são dois comprimidos tomados uma vez por dia que tratam os sintomas vasomotores moderados a graves relacionados com a menopausa.

“É um medicamento, não é uma vitamina ou suplemento. Há muitos medicamentos sem receita para a menopausa que não mostraram eficácia em ensaios clínicos. Embora as mulheres tendam a perceber esses como naturais, e então se é natural não prejudica, isso não é verdade. Cogumelos venenosos são naturais e podem matar. Mas este é realmente um tratamento que será com receita e baseado na compreensão da ciência por trás da menopausa. É realmente novidade”, explicou a ginecologista e obstetra Cecília Caetano, chefe de Assuntos Médicos Globais de Saúde Feminina na farmacêutica Bayer.

Atualmente existem quatro estudos na fase 3 acontecendo, são eles: OASIS 1, 2, 3 e 4. E o objetivo é fazer a avaliação na diminuição da intensidade e frequência das ondas de calor. Em janeiro desse ano, a Bayer divulgou os resultados dos estudos e deve submetê-los para serem aprovados pelas autoridades de saúde americanas e europeias, FDA e EMA, ainda esse ano. Se isso acontecer, a previsão é que o remédio seja lançado em 2026.

Fonte: VivaBem

Imagens: Centro auditivo líder, Bigfral

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