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Médica que fazia cirurgias ao vivo no TikTok perde licença

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O TikTok é uma rede social de compartilhamento de vídeos curtos que, em 2020, tornou-se o aplicativo mais baixado no mundo. E com esse crescimento da rede social, uma nova profissão surgiu: TikToker. Assim como os YouTubers, os TikTokers são influenciadores que postam seu conteúdo na plataforma e são vistos por milhares de pessoas.

No entanto, parece que as pessoas não têm uma noção do que postar na rede social. Tanto é que o Conselho Médico de Ohio decidiu revogar de forma permanente a licença de Katharine Grawe. Isso porque a cirurgiã plástica postava vídeos dos seus procedimentos estéticos no TikTok.

Na rede social, a médica era conhecida como Dr. Roxy e geralmente fazia transmissões ao vivo das suas cirurgias no aplicativo. Enquanto fazia os procedimentos, a médica falava com a câmera e até respondia as perguntas que seus seguidores a mandavam.

Médica no TikTok

@ladyspinedoc

Why did Dr Roxy lose her medical license? #doctor #surgeon #tiktok #socialmedia #drroxy

♬ original sound – Ladyspinedoc | Dr. Grunch 🧠

Em novembro de 2022, a licença da médica foi suspensa e ela recorreu da decisão. “Peço a vocês do fundo do meu coração que considerem minha vontade com a mente aberta. Isso me humilhou mais do que vocês podem imaginar. Estou disposta a mudar minhas práticas de mídia social e nunca mais vou transmitir uma cirurgia ao vivo”, prometeu a médica.

Mesmo com o pedido, o Conselho decidiu, na semana passada, suspender de forma permanente a licença da médica. E um membro do Conselho chegou a comentar a postura da médica. “Vimos uma extrema falta de profissionalismo. Suas postagens são feitas como uma jogada de marketing. A mídia social da Dra. Grawe era mais importante para ela do que a vida dos pacientes que ela tratava”, disse.

Hoje em dia, o perfil da médica no TikTok é privado. E ela não foi pega de surpresa pelo órgão, visto que em 2018 o Conselho já tinha feito alertas a ela e citado as preocupações com a privacidade dos pacientes e até mesmo possíveis violações éticas.

Sem licença

The New York Times

Nesse aviso, três pacientes da médica que tiveram complicações graves e necessitaram de cuidados intensos foram citados. Em um dos casos, o intestino de uma mulher foi perfurado uma semana depois que Grawe a operou. Esse procedimento tinha sido transmitido em partes no TikTok.

Essa paciente não foi identificada, mas teve danos graves e infecções bacterianas no abdômen, além de uma perda da função cerebral por conta da quantidade de toxina que estava no sangue dela.

A decisão tomada pelo Conselho só impede que a médica pratique sua profissão no estado de Ohio, no entanto, as ações disciplinares são a níveis nacionais e foram publicadas online.

Abuso

Migalhas

No caso dessa médica, ela colocava seus pacientes em possíveis situações de risco ao fazer transmissão ao vivo no TikTok e operar ao mesmo tempo. Mas existem outros casos em que vídeos para a rede social podem se considerados como abuso.

Como no caso em que a loja de móveis obrigou uma das suas ex-funcionárias a gravar vídeos de dancinhas para o TikTok. Por conta disso, o estabelecimento terá que pagar a ela 12 mil reais. A condenação foi dada pelo juiz Fabrício Lima Silva, da Vara do Trabalho de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, em abril.

Na época em que os vídeos foram gravados, a funcionária estava casada e grávida. De acordo com ela, os conteúdos que ela foi obrigada a gravar a puseram em uma situação constrangedora. Então, quando ela saiu do emprego ela entrou com uma ação judicial pedindo a indenização.

Na ação, a ex-funcionária disse que teve exposição indevida da sua imagem com vídeos de “conteúdo apelativo”. Além disso, ela também disse que não se sentia confortável enquanto gravava os vídeos e por isso se tornou motivo de chacota quando participava do conteúdo.

Em sua decisão, o juiz levou em conta que a publicação dos vídeos no TikTok, “alguns com conotações sexuais e outros com a utilização de expressões de duplo sentido, extrapolam a zona de neutralidade do direito de imagem que pode envolver situações corriqueiras do contrato de trabalho”. Por conta disso a loja foi condenada a pagar uma indenização à ex-funcionária.

A loja tentou se defender da acusação afirmando que, na época, a funcionária concordou verbalmente em aparecer e gravar os vídeos para o TikTok. No entanto, o estabelecimento não apresentou prova nenhuma.

Fonte: Terra,Tecmundo

Imagens: TikTok, The New York Times, Migalhas

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