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Merendeira viraliza ao mostrar receitas de escola pública

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Muitas pessoas se lembram das merendas na época escolar com carinho e até saudade. A merendeira Daniela Gomes, de 28 anos, faz questão de criar essas memórias boas para os alunos de uma escola pública em Caldas Novas, região sul de Goiás.

A merendeira viralizou após postar receitas que ela prepara para a merenda da escola. Assim, ela acredita que o sucesso dos vídeos se deve ao carinho e o amor que ela, e mais três colegas, têm por fazerem os lanches para os adolescentes.

“Eu sempre gostei de fazer vídeos. Daí, quando entrei aqui na escola resolvi filmar o lanche e postar para ver a reação das pessoas, e no primeiro dia que postei o vídeo já deu 380 mil visualizações. Com isso, continuei sempre postando”, conta a merendeira.

Merendeira faz sucesso na internet

@tiasdamerendaa

Aqui utilizamos bastante tempero #merenda #merendaescolar #tempero #amor #tiadamerenda

♬ som original – Merenda🍝

Um dos vídeos que mais teve visualizações é de uma frase “Merenda não tem tempero”. Nele, Daniela coloca a quantidade de tempero usado nos lanches, mostrando ao público que não é pouco. Esse vídeo tem mais de 5 milhões de visualizações.

Além disso, outro vídeo que fez sucesso foi de como fazer a receita de galinhada, que tem 1,9 milhão de acessos. Daniela também ensina receitas de cachorro quente com suco de caju, macarrão a bolonhesa, chocolate quente e rosca. “É um conteúdo diferente, acho que por isso viralizou e também o nosso carinho e amor em fazer o lanche para os alunos. As pessoas acham o máximo, quem não estuda mais, relembra os tempos de escola”, conta Daniela.

Vale destacar que, desde o primeiro vídeo, a escola estava ciente das postagens das receitas e autorizou a produção de conteúdo. A unidade em que Daniela atua atende adolescentes do 6º ao 9º ano. Assim, ela prepara os lanches todos os dias, servido às 8h30 e às 14h30.

Reprodução

Daniela conta que trabalha na escola há 6 meses e que recebe ajuda de mais três merendeiras: Arlete, Lucimeire e Geovana, para preparar os lanches. Quando há receitas com arroz, a equipe gasta cerca de 25kg do alimento. “Minhas colegas gostam, me ajudam a produzir os vídeos mexendo na panela na hora de gravar e os alunos chamam a gente de famosas do TikTok (risos)”, conta Daniela.

Escolas se arriscam e deixam alunos levarem merenda para casa

Nesse instante, inúmeras famílias passam fome, sem saber quando será a próxima refeição garantida. “A gente faz o que não pode fazer: chama as crianças fora do horário e dá merenda para elas levarem para casa. Às vezes, a própria família vem aqui pedir comida, como uma mãe que me disse: ‘o desespero me fez perder a vergonha — estou com fome’”. Esse é o relato de uma diretora de uma escola pública de São Paulo.

Ela representa apenas um exemplo de profissionais da educação que arriscam burlar as regras para ajudar pais de alunos em situação de vulnerabilidade no Brasil.

Com isso, forma-se uma rede de apoio, incluindo merendeiras, professores, coordenadores e diretores pedagógicos, que detecta os casos de famílias que passam fome e precisam de mais ajuda. Depois, a equipe traça uma estratégia de auxílio.

“Se alguém da cozinha vê uma criança pegando muita fruta e escondendo na mochila, a gente já sabe o que está acontecendo. No fim do dia, chama os pais e dá um pouco de comida”, diz a profissional não identificada.

“Uma vez, um menino pegou tanta bolacha e guardou [na bolsa], que tivemos de chamá-lo na saída, discretamente. Explicamos que ele podia levar tudo para casa, mas que, quando precisasse, poderia pedir. Ele saiu pulando de alegria. Depois, montamos uma campanha de arrecadação”, conta.

Vale destacar que o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é voltado à nutrição dos estudantes de forma exclusiva, o que significa que permitir que as merendas sejam consumidas pelas famílias é uma prática irregular.

Então, caso descoberta, a Secretaria de Educação pode ser responsabilizada pelos órgãos de controle por desviar recursos públicos para algo que não está previsto pelo PNAE.

Fonte: G1

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