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Meteoro transformou noite em dia na região central da Bahia

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Um meteoro é uma enorme rocha espacial que, ao entrar na atmosfera terrestre, pega fogo. Essa, se conseguir se chocar com o planeta, é capaz de causar uma vasta destruição. Cada rocha que cai naturalmente na Terra torna-se, de forma inevitável, um meteoro, seja de maior ou menor intensidade. E, às vezes, quando eles entram em nossa atmosfera e chegam até nós, podem causar eventos espantosos e fascinantes ao mesmo tempo.

Um exemplo disso foi visto pelos moradores da região da Chapada Diamantina, no centro da Bahia, na noite do último domingo. Eles foram pegos de surpresa por um clarão bem forte no céu durante a noite. Segundo a Associação Paraibana de Astronomia (APA), esse clarão foi causado por um meteoro.

De acordo com o astrônomo Marcelo Zurita,  presidente da entidade, esse meteoro era do tipo bólido e não tinha nenhuma relação com a chuva Geminídeas, que teve o seu pico na semana passada.

“A chuva de meteoros Geminídeas ainda está ocorrendo, mas tudo indica que esse bólido visto ontem na região central da Bahia não tem nada a ver com essa chuva. Geralmente, chuvas de meteoros não geram eventos tão luminosos como esse”, explicou Zurita.

Meteoro

Claro que moradores dos municípios de Seabra e Livramento de Nossa Senhora fizeram vários registros do acontecido e postaram nas redes sociais. Conforme as análises feitas, esse fenômeno aconteceu por conta da passagem de uma rocha espacial de cerca de 1,5 metro de diâmetro pela atmosfera da Terra.

“Objetos giram em velocidades altíssimas na órbita da Terra, e quando eles atingem a nossa atmosfera, acabam provocando a compressão dos gases, o que gera esse fenômeno luminoso”, disse Zurita.

Ainda conforme Zurita, quanto maior for a rocha, o meteoro que ela gerará será mais brilhante. Nesse caso, segundo os moradores, além do clarão eles também disseram ter ouvido um barulho parecido com o de um trovão. Por conta disso existem indícios fortes de que os meteoritos podem ter chegado no solo do planeta.

“A rocha acabou resistindo a esse calor da passagem atmosférica, chegando nas camadas mais baixas e densas, e, quando isso ocorre, geralmente termina com um fenômeno mais explosivo, que gera esse barulho”, disse o astrônomo.

Fenômeno

Além desse fenômeno na região central da Bahia, em agosto desse ano, pelo menos seis estados brasileiros viram a passagem de um meteoro do tipo bólido que acabou deixando um rastro luminoso no céu. Segundo a agência Clima ao Vivo e a Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON), isso aconteceu na terça-feira por volta das 22h50.

O clarão foi capturado por câmeras de monitoramento em cidades de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso do Sul. As cidades desses estados onde o rastro luminoso foi visto foram:

  • Minas Gerais: Itajubá, Divinópolis, Oliveira, Itamonte, São Francisco de Paula;
  • São Paulo: Olímpia, Araçoiaba da Serra, Atibaia, Sorocaba, Campos do Jordão, São Paulo, Nhandeara, Piracicaba e São José dos Campos;
  • Paraná: Telêmaco Borba, Guarapuava, Curitiba, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa;
  • Santa Catarina: Monte Castelo;
  • Goiás: Goiânia;
  • Mato Grosso do Sul: Bonito.

Não é incomum ter notícia de algum fenômeno luminoso passando pelo céu em vários lugares do mundo. Eles são chamados de meteoros, asteroides ou cometas, e o que muitas pessoas não sabem é que eles não são sinônimos.

Com relação aos meteoros, que é quando uma rocha espacial atinge a atmosfera do nosso planeta com uma velocidade extremamente alta, até mesmo os menores fragmentos podem aquecer de forma instantânea as fases atmosféricos e consequentemente resultar em um fenômeno luminoso. É isso que os astrônomos classificam como meteoro.

“Assim, os meteoros são apenas esses eventos luminosos, nada mais. Meteoro não é sólido, não é líquido nem gasoso, é apenas luz. Popularmente, também são chamados de estrelas cadentes”, explicou Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da BRAMON e coordenador regional (Nordeste) do Asteroid Day Brasil.

Além disso, o meteoro também pode ser classificado com base no seu comportamento e na sua intensidade. Essas classificações são: fireball ou bólido. Na primeira, como o próprio nome dá a entender, ele é uma esfera grande e brilhante. Já a segunda classificação, mesmo que também seja bem luminoso, ele deixa uma trilha ionizada duradoura e explode no final.

Independentemente de qual classificação ele for, os dois são inofensivos. Até porque, na maior parte das vezes, o meteoroide que deu origem a esse fenômeno é vaporizado por completo na sua passagem pela atmosfera terrestre.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Instagram, Twitter, YouTube

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