Ciência e Tecnologia

Minerador de bitcoin ganha R$ 1,25 milhão após minerar bloco sozinho em caso raro

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No último domingo, 26, um minerador de bitcoin se destacou em um evento incomum no cenário das criptomoedas.

De forma independente, ele conseguiu minerar um bloco contendo transações a serem validadas na blockchain do projeto. Com isso, conquistou uma recompensa significativa de aproximadamente US$ 258 mil (R$ 1,25 milhão na cotação atual).

As informações sobre essa operação foram compartilhadas por Con Kolivas, o criador da rede de mineradores Solo CK.

O minerador de Bitcoin em questão, pertencente à mesma rede, conseguiu realizar a mineração do bloco sem depender da colaboração de outros membros da iniciativa.

Seguindo as diretrizes da rede de mineradores, o indivíduo pôde reter o valor total da recompensa pela mineração, compreendendo tanto o montante padrão de 6,25 bitcoins por bloco quanto uma taxa adicional de 0,637 bitcoin.

Evento raro

Via Freepik

Ao ser questionado sobre a complexidade da operação, Kolivas enfatizou que eventos como o do último domingo são raros, ocorrendo em média a cada cinco anos.

Isso se deve à elevada capacidade computacional atualmente necessária para realizar tal operação, tornando mais difícil o sucesso de um minerador agindo de forma independente.

Além disso, Kolivas ressaltou que o minerador provavelmente incorreu em um custo mínimo de US$ 30 mil (R$ 150 mil na cotação atual) para concluir todo o processo.

No entanto, mesmo com esse investimento, o lucro alcançado ainda ultrapassou a marca dos R$ 1 milhão.

Os dados fornecidos pelo Explorer Bitcoin, que compila informações de endereços de carteiras na rede da criptomoeda, revelam que o minerador de Bitcoin detém atualmente pouco mais de 13 bitcoins, equivalendo a aproximadamente R$ 2,5 milhões em ativos.

Minerador de bitcoin

A mineração de Bitcoin é o processo que adiciona novas transações ao blockchain, que é o registro público de todas as transações da criptomoeda. Além disso, a mineração é essencial para a segurança e descentralização da rede.

Imagine que o blockchain é um livro-razão gigante, e a mineração é o processo de adicionar novas páginas a esse livro.

Os mineradores, que são computadores conectados à rede, competem para resolver problemas matemáticos complexos. O primeiro a resolver o problema tem o direito de adicionar um novo bloco ao blockchain.

Agora, para entender por que eles fazem isso, pense nos mineradores como contadores. Quando adicionam um bloco ao blockchain, eles estão confirmando todas as transações dentro desse bloco como legítimas.

Como recompensa por seu trabalho e pelo uso de poder computacional, o minerador recebe uma quantidade específica de bitcoins como uma “recompensa de bloco” e as taxas de transação associadas a esse bloco.

Essencialmente, ser minerador de Bitcoin significa entrar em um sistema de consenso que permite que a rede seja segura, transparente e descentralizada, já que nenhum único ente tem controle total sobre o processo.

Via Freepik

Contras

Por outro lado,  vale ressaltar que ser minerador de Bitcoin também traz alguns pontos negativos. Não são todos que, como o felizardo da plataforma, conseguem lucros significativos.

Para começar, a mineração requer uma quantidade significativa de poder computacional, o que resulta em um consumo de energia bastante alto.

Isso também levou a críticas relacionadas ao impacto ambiental, especialmente quando a energia utilizada é proveniente de fontes não renováveis.

Além disso, o equipamento necessário para a mineração de Bitcoin, como ASICs (Application-Specific Integrated Circuits), pode ser caro.

Esses dispositivos têm uma vida útil limitada e requerem manutenção constante. A rápida evolução da tecnologia de mineração também pode tornar o hardware obsoleto em pouco tempo.

A mineração de Bitcoin é altamente competitiva, com mineradores de todo o mundo competindo para resolver os problemas matemáticos e adicionar blocos ao blockchain.

Isso significa que apenas os mineradores mais poderosos e eficientes em termos de energia são capazes de competir de maneira eficaz, excluindo muitos mineradores menores.

Menos retorno

Apesar das notícias sobre esse ganho significativo, a maioria das pessoas que tentam ser mineradoras de Bitcoin se frustram sem conseguir recompensas.

E vale mencionar que a recompensa de bloco, que os mineradores recebem por adicionar um novo bloco ao blockchain, diminui pela metade a cada quatro anos em um evento conhecido como halving.

Isso pode afetar significativamente a rentabilidade, já que os mineradores dependem tanto das recompensas de bloco quanto das taxas de transação.

Como o valor do Bitcoin é altamente volátil, os mineradores enfrentam o risco de que o valor dos bitcoins que recebem como recompensa possa diminuir antes que tenham a chance de vendê-los ou utilizá-los.

Por fim, ainda existe a centralização da mineração, que concentra o poder em algumas regiões ou por poucos grupos, o que traz preocupações sobre monopólios.

De modo geral, é uma notícia empolgante para quem acompanha o mercado, mas trata-se de um caso verdadeiramente raro.

 

Fonte: Exame

Imagens: Freepik, Freepik

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