Notícias

Ministro investigará agressão à repórter da Globo após entrevista coletiva de Maduro

0

Na última terça-feira, 30 de maio, durante uma entrevista coletiva do político venezuelano Nicolás Maduro em Brasília, a repórter Delis Ortiz, da TV Globo, foi vítima de agressão.

Durante o evento no Palácio do Itamaraty, Delis teria recebido um soco no peito em meio a uma confusão. Um jornalista do jornal O Globo supostamente também se feriu.

Enquanto os chefes de Estado deixavam o encontro, os profissionais da imprensa ultrapassaram a linha que isolava a passagem, resultando no incidente. Delis Ortiz recebeu empurrões e socos, e o repórter do jornal carioca foi arrastado pelo paletó.

Nicolás Maduro estava no Brasil para participar de uma reunião da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), a convite do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os dois jornalistas seguiram para uma área reservada do Itamaraty pela assessoria de Lula.

Via Terra

Comunicado

A TV Globo emitiu um comunicado repudiando o ato de violência contra os jornalistas, expressando solidariedade e aguardando as medidas que serão tomadas para responsabilizar os agressores.

Em seguida, a Secretaria de Imprensa da Presidência da República também divulgou uma nota na qual solidariza-se com a jornalista Delis Ortiz e repudia qualquer tipo de agressão contra profissionais da imprensa.

A nota ressalta que todas as providências cabíveis serão tomadas para evitar que episódios como esse se repitam.

Enquanto isso, o ministro do GSI, general Marcos Antonio Amaro, pronunciou-se dizendo que irão apurar a agressão e se posicionar como devido, a partir dos acontecimentos.

Maduro no Brasil

Na segunda-feira (29), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou ao Brasil para participar de reuniões com o presidente Lula e outros dez líderes de países sul-americanos.

Essa é a primeira visita de Maduro ao Brasil desde 2015. No entanto, deputados de oposição ao governo Lula expressaram críticas em relação à visita.

O deputado Zé Trovão, do partido PL, enviou um documento à Embaixada dos Estados Unidos, solicitando que os americanos prendessem Maduro.

O mesmo estava acontecendo nos Estados Unidos, e o presidente segue refugiado até o momento. Não se sabe como ficará a sua posição no Brasil, mas opositores se mobilizam de forma radical. Por isso, a jornalista Delis Ortiz sofreu agressão durante a coletiva.

Via G1

Possível prisão

Segundo especialistas, se a Justiça dos Estados Unidos emitisse uma medida cautelar, tornaria-se um documento público para alertar o Brasil.

No entanto, seria uma situação complexa, uma vez que Maduro está visitando o Brasil como presidente da Venezuela. Em tese, se houvesse uma ordem de prisão, os Estados Unidos poderiam solicitar sua extradição.

Só que, mesmo nesse cenário, Maduro teria uma defesa sólida, argumentando que o pedido dos EUA não se baseia em acusações de tráfico de drogas, mas sim em perseguição política.

Caso o país determine a prisão de alguém que não esteja em seu território, eles emitem um pedido internacional conhecido como “red notice” (aviso vermelho).

Esse aviso alerta as autoridades policiais internacionais de que a pessoa está sendo procurada pelos Estados Unidos. Nesse caso, a Polícia Federal no Brasil poderia efetuar a prisão e encaminhar um pedido ao Supremo Tribunal Federal para mantê-lo detido com o objetivo de extradição.

Porém, como não há um “red notice” emitido e Maduro não cometeu nenhum crime no Brasil, não há jurisdição para prendê-lo aqui.

Por isso, o presidente segue em coletiva, e agressores e tumultuantes serão investigados pela ocorrência na última sessão.

 

Fonte: Terra, G1

Imagens: Terra, G1

Sentença de 30 anos de prisão é dada para operadores de IPTV pirata

Artigo anterior

Motorista bate em carro estacionado e deixa bilhete ‘me ligue que eu pago’

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido