Lugares e Construções

Monte Fanjing: a montanha sagrada dos templos gêmeos

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O Monte Fanjing, localizado na cordilheira Wuling, no sudoeste da China, é, sem dúvida alguma, o lar de uma das paisagens mais incríveis do planeta. O deslumbrante visual é a casa de dois templos budistas. Pequenas mas, ao mesmo tempo, impetuosas, as estruturas, que estão conectadas por uma ponte em formato de arco, ficam no topo de uma enorme rocha.

Os templos budistas, que marcam presença no cume da rocha Red Clouds Golden Peak, existem há mais de 500 anos. Como os budistas conseguiram transportar os materiais necessários para realizar a construção de ambas estruturas em meio ao topo de uma formação rochosa, sem a ajuda de nenhuma tecnologia, ainda é um grande mistério.

Por existirem há muito tempo, os impressionantes templos seguem resistindo aos fortes ventos e ao ambiente hostil. No entanto, as estruturas, constantemente, precisam passar por alguns processos de restauração. Mesmo assim, o que vemos hoje não é nada diferente do passado.

Os templos gêmeos

Palco de inúmeras histórias, o local, que de tão belo é quase impossível de descrever, tornou-se um dos pontos turísticos mais importantes do país e, recentemente, foi nomeado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Pessoas do mundo todo visitam o lugar para desfrutar as vistas deslumbrantes da Reserva Natural Nacional de Fanjingshan.

Iguais, mas com nomes diferentes, ambos templos foram construídos para manter viva uma analogia atemporal. O Templo do Buda, por exemplo, é dedicado a Sakiymuni, que representa o presente. Já o Templo Maitreya é dedicado a Maitreya, o sucessor de Sakiymuni, que representa o futuro.

Os turistas, para chegar a esse lugar paradisíaco, precisam subir mais de 8.000 degraus. O caminho, mesmo sendo árduo, é prazeroso, pois em meio a essa pequena viagem ao longo das falésias é possível admirar inscrições antigas das dinastias Ming (1368-1644) e Qing (1644-1911).

As históricas inscrições apontam que o monte Fanjiang foi o lar de muitos templos budistas no passado. Muitos, infelizmente, foram destruídos durante o século XVI. De todas as formas, as inscrições que restaram expressam de forma clara a veneração dessas dinastias pela montanha sagrada e mantêm vivas histórias que o tempo jamais poderá apagar.

Desde que os templos foram erguidos, todo o Monte Fanjing passou a ser sagrado. Hoje, além dos templos gêmeos, a montanha abriga cerca de outros 50 templos budistas.

Construções budistas

É inevitável: sempre associamos os templos budistas à meditação e à busca pela paz interior. Mas, afinal, essa não é a finalidade desses espaços físicos? De fato, os templos budistas são referência para tais práticas, no entanto, os adeptos do budismo também utilizam esses espaços para realizar comemorações tradicionais, festivais e celebrações, como, por exemplo, o aniversário de Buda, por exemplo.

Em contrapartida, esse cenário, no passado, era totalmente diferente. Na Índia, onde Buda atingiu a iluminação, os templos budistas, cuja a maioria datam 250 a.C., eram, basicamente, túmulos antigos, os quais muitos eram destinados a figuras importantes dos adeptos da religião.

Os templos passaram a ser um lugar de evocação de Buda e à sua doutrina após a cremação do próprio Buda. A partir daí, todos esses espaços físicos passaram a ser também um local para realizar comemorações.

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