Notícias

Morre Thomas Stafford, astronauta da NASA que comandou a Apollo 10

0

Thomas Stafford, astronauta da NASA, faleceu aos 93 anos na segunda-feira, dia 18. Ele liderou as missões Apollo 10 e Apollo-Soyuz, esta última sendo a primeira missão espacial internacional conduzida em colaboração entre os Estados Unidos e a Rússia.

Ao longo de sua carreira, Stafford participou de quatro missões espaciais, tornando-se um dos 24 astronautas da NASA a pisar na Lua.

Bill Nelson, administrador da agência espacial americana, homenageou Thomas Stafford em suas redes sociais.

Em publicação, ele disse que o general ‘ascendeu aos céus eternos, os quais ele bravamente explorou como astronauta nos programas Gemini e Apollo’.

Além disso, reforçou o papel do astronauta nas missões seguintes, assumindo a posição de pacificador na missão Apollo-Soyuz.

O administrador também reforçou que todos que conheceram Thomas estão ‘profundamente entristecidos com sua partida’. Contudo, indicou que foi um ‘privilégio’ ter conhecido o profissional e trabalhado com ele ao longo dos anos.

Via New York Times

Astronauta de destaque

Stafford foi um dos selecionados na segunda classe de astronautas da NASA, em 1962.

Seu primeiro voo para o espaço era para acontecer em 1965, quando ele e Walter “Wally” Marty Schirra Jr foram os principais dirigentes no voo da missão Gemini 6. No entanto, a missão foi cancelada enquanto ambos estavam na plataforma de lançamento.

Posteriormente, a dupla participou da missão agora denominada Gemini 6A, com o objetivo de realizar uma manobra inédita de encontro com a espaçonave Gemini 7 no espaço.

O próprio Thomas Stafford disse, em entrevista, que foi algo nunca feito antes, ter duas espaçonaves juntas em uma missão. Contudo, a ideia audaciosa foi bem-sucedida. As espaçonaves Gemini 6A e Gemini 7 se encontraram no espaço e ficaram separadas por apenas 30 cm de distância.

Em 1966, Stafford foi ao espaço junto com Eugene Cernan durante a missão Gemini 9. Três anos depois, em 1969, ele, Cernan e John Young orbitaram a Lua na missão Apollo 10, quando levaram o módulo de pouso carinhosamente chamado de Snoopy a apenas 14 km da superfície lunar. Enquanto isso, Young permaneceu no módulo de comando, apelidado de Charlie Brown.

Missão Apollo

Após o término do programa Apollo, a NASA e a então União Soviética optaram por realizar o Projeto de Testes Apollo-Soyuz, marcando a primeira missão conjunta entre essas potências.

Para isso, uma espaçonave russa Soyuz foi lançada com dois cosmonautas a bordo, enquanto um módulo de comando Apollo transportava três astronautas da NASA, com Stafford como comandante.

Em 17 de julho de 1975, os dois veículos se encontraram na órbita da Terra. “Soyuz e Apollo estão agora apertando as mãos”, afirmou Alexei Leonov, comandante da tripulação soviética.

Durante dois dias, as duas tripulações trocaram apertos de mãos, abraços e compartilharam refeições. Esta missão marcou o início da colaboração entre nações que anteriormente haviam sido rivais na Corrida Espacial.

Thomas Stafford e carreira

Via Canaltech

Após a Apollo-Soyuz, Thomas Stafford se aposentou da NASA em 1975 e retornou à Força Aérea, onde se dedicou principalmente a pesquisas.

Ele assumiu o comando do Centro de Testes de Voo da Força Aérea, e já contava com o honroso título de tenente-brigadeiro, um dos mais altos e respeitados entre os astronautas.

No entanto, Stafford também detinha a admiração dos colegas por seu trabalho na direção da NASA e servindo ao governo americano.

Isso porque ele também trabalhou na assessoria especial de projetos para a base lunar durante a exploração de Marte, no governo de George H. W. Bush, em 1990.

Dessa forma, tornou-se um dos responsáveis pelo sucesso da missão e das seguintes relacionadas à estação da Nasa próxima ao satélite natural.

Por fim, em 1979, Thomas Stafford se aposentou como general de três estrelas, um alto cargo no exército e na própria agência governamental. Ele passou a viver em Oklahoma City, seu estado natal, e levou uma vida familiar reservada.

 

Fonte: Canaltech

Imagens: CanaltechNew York Times

“Trends” alegam que raspador de língua cura mau hálito; o que diz a ciência?

Artigo anterior

Carne de píton pode ser a comida do futuro, sugere pesquisa

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido