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Motorista de aplicativo cria ‘tabela de preços’ inusitada e reverte valores em doações

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Um dos aplicativos que as pessoas mais usam é o de corridas de carro. E no meio de tantas pessoas trabalhando como motoristas, alguns tentam se destacar fazendo coisas inusitadas. Esse é o caso do motorista Marcelo Fabian Telles de Souza, de 53 anos.

O homem tem fixado no banco do carro a tabela de preços, que tem como primeira sugestão aos passageiros apertar o cinto e conferir se o seguro de vida está em dia. Depois desses anúncios está a tabela de preços a seguir:

“Reclamar da música: R$5”

“Cantar a música: R$3”

“Se estiver afinado: R$1,50”

Motorista bem-humorado

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O homem decidiu se tornar motorista de aplicativo em Belo Horizonte depois que ficou desempregado. E a ideia da tabela surgiu depois de ele ver que os passageiros acharam engraçado a atitude dele em brincar com cobranças de serviços como abrir a janela e reclamar do ar condicionado. Tanto é que foram alguns dos clientes que sugeriram que o motorista colocasse a plaquinha.

Depois disso, em julho desse ano ele colocou em prática a ideia. “Meus dias de trabalho melhoraram muito. Eu tenho mais retorno do que os próprios passageiros, pois as minhas corridas agora são mais agradáveis, mesmo diante do trânsito de BH”, disse o motorista.

Com isso, Marcelo já teve várias histórias inusitadas. Mas o motorista destacou uma em especial que durou mais do que o tempo previsto porque a passageira pediu para ouvir várias músicas no carro dele. E em outra corrida o motorista chegou até a ser convidado para fazer o almoço na casa de um passageiro.

Retorno

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Segundo o motorista, ele tem recebido várias gorjetas por conta da sua tabela bem-humorada. E ele diz que esse dinheiro é usado para comprar cestas básicas. “Eu penso que os motoristas deveriam pegar essa gorjeta e usar o dinheiro, que é um extra, para ajudar quem precisa”, contou.

Marcelo está trabalhando como motorista de aplicativo há seis meses e disse já ter feito aproximadamente 25 mil viagens. Ele dirige cerca de 13 horas por dia e disse nunca ter feito uma “corrida ruim”.

Inovação

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Assim como Marcelo, Edson Araújo também é motorista de aplicativo e decidiu se destacar da concorrência oferecendo um serviço personalizado. O serviço oferecido por ele no Rio de Janeiro é o transporte em segurança de fiéis de religiões de matriz africana. O sucesso foi tanto que ele viralizou nas redes sociais com o apelido de Macumber.

A ideia de oferecer esse tipo de serviço surgiu de uma experiência própria do motorista. Quando ele estava indo para as cerimônias religiosas, ele sempre recebia olhares atravessados.

“Assim que eu comecei a trabalhar em aplicativo, eu já senti o desejo de fechar este tipo de serviço. Porque eu mesmo já sofri formas de discriminação quando eu ia para algum lugar trajado com a roupa do Candomblé. Então pensei em criar um tipo de serviço onde as pessoas de religiões de matriz africana pudessem se sentir confortáveis e sem medo”, contou.

Quem não é fiel a uma dessas religiões pode achar que o serviço não é necessário. Contudo, de acordo com o relatório da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, as religiões de matrizes africanas foram as que mais sofreram ataques no ano passado no Rio de Janeiro. Para se ter uma ideia, das 47 denúncias, identificadas pelo Observatório de Liberdade Religiosa, 43 foram contra as religiões de origem africana. Ou seja, 91% de todos os casos.

Edson começou a trabalhar como motorista de aplicativo para ter uma renda depois de ficar seis meses desempregado. E desde que ele começou a trabalhar com isso, ele já tinha pensado em oferecer um serviço voltado para pessoas da mesma religião que ele.

Hoje em dia, 70% dos clientes dele são da Umbanda ou do Candomblé. Com alguns clientes frequentes, que usam o serviço de Edson toda semana, ele fechou pacotes para fazer o transporte deles para festas e rituais.

Contudo, Edson faz questão de ressaltar que o ideal é que as pessoas se conscientizem para que aconteça o fim do preconceito contra os fiéis de religiões de origem africana. Mas enquanto isso não acontece, o objetivo dele é oferecer tranquilidade para os fiéis.

“Como eu mesmo já sofri discriminação, o intuito é minimizar esse dano. A gente faz o possível”, disse o motorista.

Fonte: G1

Imagens: G1

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