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Mulheres e pessoas negras são maioria entre gamers no Brasil, diz PGB 24

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Saíram os resultados mais recentes da 11ª edição da Pesquisa Game Brasil (PGB) de 2024, focando na demografia e no perfil dos jogadores brasileiros. Este estudo oferece uma análise detalhada do perfil dos indivíduos envolvidos no cenário de jogos no Brasil.

Assim como no ano anterior, pretos ou pardos continuam sendo a maioria entre os gamers, representando 52,3%. Além disso, as mulheres compõem a maioria da população, representando 50,9% de todo o público.

No que diz respeito às plataformas, os smartphones continuam sendo amplamente utilizados pelos jogadores no Brasil. No entanto, os consoles e computadores ainda mantêm sua relevância, especialmente com mais de 60% de preferência entre o público masculino.

A pesquisa é divulgada anualmente, com informações adicionais sendo fornecidas em ocasiões específicas.

O levantamento foi conduzido com aproximadamente 13 mil entrevistados em todos os 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal, durante o período de dezembro de 2023 a janeiro de 2024. Abaixo, estão mais dados da Pesquisa Game Brasil 2024.

Via Freepik

Perfil dos jogadores brasileiros

Na Pesquisa Game Brasil 2024, o público gamer permanece estável desde 2017, sem registrar crescimentos ou reduções significativas. Mais de 73% dos entrevistados neste ano afirmam ser consumidores de jogos digitais, em qualquer formato.

Este índice apresenta pouca variação ao longo do tempo, com apenas uma queda abaixo dos 70% em 2019.

A diversidade continua sendo um destaque: as mulheres recuperam a liderança no ranking e representam 61% daqueles que preferem jogar em dispositivos móveis.

Dentre os jogadores de smartphones, mais de 66% se autodefinem como jogadores casuais – ou seja, jogam por curtos períodos e sem foco em competições.

Quanto às preferências de sistema operacional, o Android mantém sua posição como favorito nacional para jogos, com 77% de adeptos, com uma pequena vantagem para dispositivos da marca Samsung.

Em relação à raça e etnia, 52,3% dos jogadores são identificados como pessoas negras, sendo 11,2% pretas e 41,2% pardas. Já os jogadores brancos representam 44,6% do total no Brasil.

Em termos de faixa etária, os dados indicam um leve envelhecimento do público: a maioria está na faixa dos 30 a 34 anos, com 16,2%, seguida pelos de 35 a 39 anos, com 16,9%.

Os jogadores mais jovens, até 24 anos, estão em menor número, representando 14,6%.

Via Freepik

Plataformas preferidas

Na Pesquisa Game Brasil 2024, ao analisar as diferentes plataformas de distribuição de jogos, destaca-se a Google Play Store como o principal canal online para o download de jogos no Brasil, ultrapassando os 64%. Xbox Live e PSN seguem em segundo lugar, alcançando entre 56% e 59% do público.

Apesar de ser muito popular entre o perfil de jogadores brasileiros de PC, o Steam aparece com apenas 34,1% de preferência na pesquisa, superando todos os concorrentes, como Epic Games Store, Battle.net e EA Play.

A pesquisa também abordou o tema da Inteligência Artificial, que está se tornando cada vez mais debatido nas redes.

De acordo com os resultados, cerca de 85% dos jogadores têm conhecimento sobre o que é uma IA, e mais de 68% admitem que já utilizam esse recurso em seu dia a dia.

No entanto, a pesquisa não detalha como esse uso é feito nem sua abrangência em termos práticos, como se é para atividades profissionais ou para diversão entre amigos e em redes online.

Mudança no cenário?

Um dos elementos que mais chamam a atenção no perfil dos jogadores brasileiros é a presença massiva das consideradas minorias, que, na verdade, se apresentam como maiorias.

Mulheres e pessoas não-brancas estão crescendo no cenário gamer, e não apenas no Brasil, mas também internacionalmente. Além de mais pessoas que investem nesse hobby e se identificam como jogadores, existem mais campeonatos e times diversificados competindo profissionalmente.

No entanto, mesmo com essas informações sobre o perfil de jogadores brasileiros, ainda é possível identificar diversos cenários de crimes, discriminação e cyberbullying.

Via Freepik

Nas redes sociais e fóruns, é comum encontrar comunidades que relatam sofrer com assédio verbal e ameaças durante jogos online. Além disso, muitos usuários seguiram para denúncias físicas e boletins de ocorrência após episódios de perseguição virtual.

Nesse contexto, é importante conferir que, mesmo com um perfil de maioria, esses grupos ainda sofrem com a discriminação e preconceito no universo dos jogos.

Dessa forma, esse estudo pode ser o start inicial para uma mudança mais efetiva de cenário, com medidas e programas que visem tornam o ambiente online mais inclusivo para perfis que já são maioria.

A pesquisa completa, contendo todos os dados em detalhes minuciosos, está disponível no site oficial da PGB 2024, acessível em https://www.pesquisagamebrasil.com.br/.

O download está disponível em versão gratuita, bem como em outras versões pagas, requerendo apenas o preenchimento de alguns dados por parte dos interessados, como nome e e-mail.

 

Fonte: Techtudo

Imagens: Freepik, Freepik, Freepik

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