O homem sempre sonhou em ser uma espécie interplanetária e que explora vários planetas. Contudo, as missões para novos planetas, como Marte por exemplo, parecem levantar outras questões além de todas as dificuldades previstas. Tanto que, em 2017, a NASA anunciou que estava pensando em enviar para Marte uma tripulação exclusivamente feminina. Por que isso? Na visão deles, se a missão fosse somente com mulheres cisgêneras, não existiria o risco de sexo ou que alguma delas ficasse grávida no espaço.
“Descobriu-se que a tripulação deveria ser do mesmo sexo: todos homens ou todas mulheres”, disse a astronauta britânica Helen Sharman.
A ideia foi porque como não existem estudos a respeito da influência que uma viagem interplanetária tem na gestação, ter uma mulher grávida e ela dar à luz fora da atmosfera do nosso planeta poderia ser perigoso. E também existem regras internacionais que impedem que pessoas grávidas estejam a bordo de um foguete para o espaço.
A NASA também pontua que, as condições vistas no espaço não têm gravidade suficiente para que as pessoas consigam fazer sexo. E mesmo que praticar o ato fosse possível, no caso do pênis, “a ejaculação no espaço acontece à velocidade de 18 km/h”, disseram fontes da NASA. Como se isso não bastasse, o sêmen também corre o risco de flutuar. E se isso acontecesse, toda a tripulação estaria em risco, ou de engravidar ou de pegar alguma infecção.
Contudo, a visão da NASA de que em uma missão composta apenas por mulheres não existira sexo é completamente errada. E com relação ao ápice da transa, o chamado orgasmo, de acordo com estudos, as lésbicas e bissexuais gozam mais.
Além do sexo
De acordo com alguns estudos de 70 anos atrás ou mais, eles diziam que as mulheres cis tinham corações mais fortes e poderiam ser mais resistentes às vibrações, como por exemplo, a radiação. Além disso, os estudos psicológicos apontavam que elas lidam melhor com o isolamento e com a privação de informações.
Como se essas razões já não fizessem as mulheres serem escolhidas ao invés dos homens, um fator que também pesa para uma tripulação somente feminina é a economia básica. Isso porque, em teoria, seria mais barato manter uma tripulação apenas feminina.
A NASA também disse que uma equipe apenas com mulheres era uma boa ideia porque elas trabalham melhor em equipe e têm uma menor probabilidade de brigar do que os homens.
Prática no espaço
O foco de agências espaciais como a NASA, e empresas privadas que atuam no setor, como a SpaceX, é colonizar Marte e enviar humanos para o espaço em missões de longo prazo. Contudo, para que tudo isso seja possível é preciso saber lidar com a necessidades íntimas e sexuais dos astronautas ou de quem for morar fora da Terra.
Ou seja, se o objetivo é estabelecer novos mundos e continuar a expansão humana no cosmos é preciso aprender como a reprodução será feita com segurança e como construir vidas íntimas agradáveis no espaço.
Entretanto, para que isso aconteça, as organizações têm que adotar uma nova perspectiva a respeito da exploração espacial. E essa nova perspectiva precisa ver os humanos como seres com necessidades e desejos.
Amor e sexo são coisas fundamentais para a vida humana. Mesmo assim, as organizações espaciais nacionais e privadas estão avançando com missões de longo prazo para a Estação Espacial Internacional (ISS), para a lua e Marte, mas sem nenhum estudo concreto ou planos de abordar o erotismo humano no espaço.
Claro que a ciência espacial pode levar o ser humano para o espaço, mas são as relações que irão determinar se os humanos sobreviverão e prosperarão como uma civilização espacial.
Por conta disso, acredita-se que limitar a privacidade no espaço pode colocar em risco a saúde mental e sexual dos astronautas. Além, é claro, do desempenho da tripulação e o sucesso da missão.
Enquanto isso, permitir esse erotismo espacial pode ajudar os humanos a se adaptarem à vida no espaço e também a melhorar o bem estar dos futuros habitantes fora do nosso planeta.
Até porque, o espaço é um ambiente hostil, e a vida a bordo de espaçonaves não é a mais convidativa para a intimidade humana. Em um futuro próximo, a vida no espaço também pode limitar o acesso a parceiros íntimos e aumentar as tensões entre os membros da tripulação em um ambiente onde a cooperação é essencial.
Mesmo assim, até hoje os programas espaciais não estudam o assunto “sexo no espaço”.
O sexo também é procurado para além da reprodução. Este ato e o amor são procurados também para diversão. Portanto, a exploração espacial tem que conseguir atender às necessidades íntimas dos humanos de forma honesta e holística, já que a abstinência não é uma opção viável.
Nesse sentido, facilitar a masturbação ou o sexo com o parceiro pode ajudar os astronautas a relaxar, dormir e aliviar a dor, além de também ajudá-los a se ajustarem à vida espacial.
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