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Marte, depois da Terra, é o planeta mais popular, por vários motivos. Para alguns, existe possibilidade de vivermos no Planeta Vermelho. Outros acreditam que é lá que vivem os extraterrestres. E os cientistas estudam o planeta à procura de algum sinal de que já existiu vida por lá. Por conta disso que várias sondas já foram enviadas ao planeta.
Ao longo de todos esses anos de pesquisas, várias descobertas já foram feitas sobre o Planeta Vermelho. Mesmo assim, ainda não se sabe tudo sobre ele e novas são sempre pensadas. Por exemplo, nessa segunda-feira, a NASA programou uma teleconferência de imprensa para revelar o futuro da missão de retorno das amostras de Marte para a Terra.
Amostras de Marte
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Tudo começou em fevereiro de 2021 quando a NASA pousou o rover Preseverance em Marte. O objetivo principal desse rover era coletar amostras de rocha e solo do planeta. Ao todo, o Preseverance já tem 24 amostras armazenadas em tubos de coleta.
Esse material que ele armazenou será trazido de volta para o nosso planeta em 2033 através de uma missão conjunta entre a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA). Contudo, como a agência espacial norte-americana está sofrendo com cortes de orçamentos, pode ser que essa missão acabe sendo comprometida.
Isso quer dizer que o trabalho feito pelo rover coletando essas amostras pode ter sido para nada. Se esse for o caso, os tubos de titânio com as amostras podem ficar para sempre em Marte.
“O retorno de amostras de Marte tem sido um grande objetivo de longo prazo da exploração planetária internacional nas últimas duas décadas. O rover Perseverance está coletando amostras científicas convincentes que ajudarão os cientistas a entender a história geológica de Marte, a evolução de seu clima e a se preparar para futuros exploradores humanos. A devolução das amostras também ajudará a procurar sinais de vida antiga”, disse a NASA em um comunicado.
Missão ambiciosa
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O Comitê de Ética em Pesquisa da NASA (IRB) apresentou um relatório em setembro de 2023 dizendo que a missão não tem condições de ser cumprida de acordo com o que foi apresentado, e que ela tem “expectativas irrealistas de orçamento e cronograma desde o início”. Além disso, o mesmo relatório também pontuou que existe uma “estrutura pesada” e que o programa “não foi organizado para ser conduzido de forma eficaz”.
Para esse ano, aconteceu um corte de praticamente meio bilhão de dólares em verba dos comitês de dotações da Câmara e do Senado dos EUA, sendo especificamente para essa missão. Outro ponto foi que a própria NASA diminuiu os investimentos na missão e demitiu vários funcionários e colaboradores do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), que lidera a missão.
Por conta dessas medidas, um alarme foi gerado de que a missão poderia ser cancelada e que os tubos coletados pelo Perseverance fiquem para sempre em Marte. Isso ainda é uma questão em aberto e será justamente isso que a NASA irá falar em sua coletiva nessa segunda-feira.
O plano atual tem a previsão de um lançamento orbital para 2027, lançamento de um módulo de pouso em 2028, e a chegada das amostras de Marte em nosso planeta em 2033. O esperado é que essa programação seja repensada para que todo o trabalho feito não acabe sendo perdido.
Simulação
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Mesmo que o retorno das amostras esteja comprometido a chegar na Terra no tempo previsto inicialmente, isso não quer dizer que outras iniciativas não estejam sendo feitas com relação a Marte.
Por exemplo, o habitat que simula o Planeta Vermelho e quatro voluntários foram para esse ambiente no Centro Espacial Johnson, em Houston, no Texas. A missão começou no final de junho do ano passado e foi transmitida ao vivo pela NASA TV.
As quatro pessoas participando dessa missão são: Kelly Haston (comandante), Ross Brockwell (engenheiro de voo), Nathan Jones (oficial médico) e Anca Selariu (oficial de ciência). Na última terça-feira, eles completaram 100 dias na chamada Mars Dune Alpha.
Segundo o comunicado da NASA, nesse período a tripulação está fazendo vários tipos de atividades. Dentre elas, caminhadas espaciais simuladas, operações robóticas, manutenção do habitat, higiene e cuidado pessoal, exercícios físicos e cultivo de plantas.
Periodicamente, imagens de como está sendo essa experiência em “Marte na Terra” são capturadas e compartilhadas, mesmo que, na realidade, haja um atraso de até 22 minutos na comunicação entre os planetas.
“Isso ajuda a nos manter dentro do cronograma e também permite que o controle da missão saiba que concluímos tarefas”, disse a comandante Haston em e-mail.
De acordo com ela, a primeira coisa que cada um deles faz quando levanta, todo dia às 6h da manhã, é se pesar. “Os cientistas que analisam a simulação querem coletar o máximo de dados possível e também garantir que estamos nos mantendo saudáveis”, disse.
Fonte: Olhar digital
Imagens: Olhar digital
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