História

Nos anos 80, vendedor de Heineken inventou que Corona era urina

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O poder das fake news é incontestável para quem vive no Século 21. No entanto, na década de 80, essa prática já tinha alguns adeptos. Entre eles, está o representante comercial da Heineken, que aplicou um golpe baixo na disputa por mercado com a marca de cerveja Corona.

Basicamente, o vendedor espalhou boatos de que a cerveja mexicana possuía urina dentro de suas garrafas. Após muito esforço e notas para a imprensa, a Corona conseguiu desmentir essa história fajuta e recuperar sua apreciação entre o público consumidor.

Fonte: mdig

Concorrência desleal

Há várias formas de se ganhar um disputa pelo gosto do consumidor. Inclusive, pode-se fazer isso enfatizando algum problema que o público identifica no produto concorrente. Porém, só não vale espalhar mentiras.

Infelizmente, a fake news foi a ferramenta usada por um representante da Heineken na tentativa de diminuir as vendas da Corona. A propósito, esta cerveja mexicana desembarcou nos Estados Unidos em 1981, e dia após dia, conquistava paladares no país.

Vale lembrar que, na época, não havia a oferta de cervejas artesanais que temos hoje. Ou seja, as disputas circulavam entre marcas grandes, como a Heineken e a Corona.

Nesse sentido, as vendas de Corona começaram a despencar subitamente devido a uma história inverídica que circulava. A fake news em questão era que os mexicanos que participavam da fabricação da cerveja estariam urinando nas garrafas importadas pelos Estados Unidos.

Fonte: GDj

Inclusive, tal difamação chegou a se reproduzir em cadeia nacional, durante o famoso programa 60 Minutes. Por isso, em algumas cidades, as vendas de Corona chegaram a cair 80%, algo que preocupava os empresários por trás da marca mexicana.

Vamos aos fatos! 

Na época, quem distribuía a Corona pelos Estados Unidos era a Barton Beers, a qual resolveu investigar como essa mentira surgiu e se espalhou. Como resultado disso, a distribuidora descobriu que a farsa saiu da Luce and Son, uma loja varejista que vendia Heineken.

Dessa forma, com provas em mãos, a marca mexicana pediu uma indenização de US$ 3 milhões, a fim de compensar a perdas financeiras que a mentira rendeu. Todavia, as duas partes entraram em um acordo extrajudicial. Este consistia no dever da Luce and Son declarar publicamente que a Corona não tinha urina em suas composições.

Apesar desse combinado ocorrer, ainda não era o suficiente para limpar a imagem da cerveja mexicana. Como sabemos, um dos poderes da fake news é a dificuldade em espalhar a versão fatídica com a mesma velocidade em que se espalhou a mentira.

Fonte: OpenClipart-Vectors

Diante disso, a Corona foi persistente na missão de reconquistar a confiança do consumidor. A marca estava constantemente disposta a falar do assunto na imprensa de forma calma e didática. Aos poucos, a cerveja mexicana voltou a crescer nas vendas dentro dos Estados Unidos.

A experiência da Corona

Durante a década de 1980, os atrativos da Corona não circulavam apenas em torno no sabor da cerveja em questão. Afinal, era uma experiência praiana beber os produtos da marca, o que agradava principalmente a população costeira dos Estados Unidos.

Até hoje, a Corona costuma ser bebida com o acompanhamento de limão e sal. A propósito, por se tratar de uma garrafa transparente, é comum que a cerveja sofra algumas pequenas alterações de sabor conforme se expõe ao sol. Diante disso, o limão ajuda a esconder essas mudanças.

Esta combinação com a fruta cítrica ocorre espremendo o suco do limão dentro da cerveja. Em seguida, a fatia fica presa no gargalo da garrafa. Além disso, também é comum passar sal na boca da garrafa. Apesar dessa técnica clássica, as fabricantes mantêm a orientação de guardar as cervejas na sombra, independente de qual seja a marca delas.

Fonte: Super Interessante.

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