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Nosso universo poderia ser um buraco negro? Gráfico provoca perguntas intrigantes

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Um apontamento ousado levantou a hipótese de que nosso universo poderia ser um buraco negro.

Novas descobertas científicas sempre reservam surpresas, e desta vez, elas atingiram direto a própria essência do mundo onde vivemos.

O Dr. Charles Lineweaver e o estudante de pós-graduação Vihan Patel elaboraram um gráfico revolucionário, que virou destaque em um estudo no American Journal of Physics.

Ele, basicamente, traz uma questão intrigante: seria possível que nosso universo observável fosse, na verdade, um buraco negro?

O gráfico inovador representa desde as partículas subatômicas mais diminutas até os superaglomerados colossais de galáxias, utilizando um gráfico de massa e raio.

Trata-se de um gráfico log-log, sendo o único capaz de abranger a vasta gama de tamanhos e massas, desde o extremamente grande até o incrivelmente minúsculo.

Como o professor explica, existem áreas “proibidas” na observação do universo, segundo as leis da física e da mecânica quântica. Assim, a própria natureza se torna um objeto singular pouco conhecido.

No entanto, é a linha preta no gráfico que verdadeiramente chama a atenção. Essa linha separa a região marcada como “Proibida pela Gravidade” do espaço habitado por objetos reconhecidos, incluindo os buracos negros.

O que são buracos negros?

Via Só Científica

Antes de entender o gráfico, vale a pena entender o que ele quer dizer sobre o nosso universo.

Na prática, buracos negros são regiões do espaço-tempo que possuem uma gravidade tão intensa que nada, nem mesmo a luz, consegue escapar de sua atração.

Essa característica faz com que esses objetos sejam “negros” ou invisíveis, daí o nome “buracos negros”. Sua formação ocorre quando uma estrela massiva esgota seu combustível nuclear e entra em colapso gravitacional.

A teoria da relatividade geral de Albert Einstein descreve a gravidade como a curvatura do espaço-tempo causada pela presença de massa e energia.

Em um buraco negro, a concentração de massa é tão alta que cria uma curvatura extremamente acentuada, formando um “poço” no espaço-tempo.

Existem diferentes tipos de buracos negros, como buracos negros estelares, formados pelo colapso de estrelas massivas, e buracos negros supermassivos, encontrados no centro de muitas galáxias, incluindo a nossa Via Láctea.

Os buracos negros continuam sendo objetos fascinantes de estudo na astrofísica, e sua compreensão contribui para expandir nosso conhecimento sobre as leis fundamentais do universo.

Nosso universo: um buraco negro?

Via Só Científica

Agora, como explica o especialista, quanto maior a massa de um buraco negro, menor sua densidade.

Os cientistas estudaram buracos negros de variados tamanhos, desde os resultantes do colapso de estrelas até os supermassivos. Esse padrão é bem estabelecido e compreendido.

No entanto, aqui está o ponto crucial: o universo observável em sua totalidade, a área contida dentro do “raio de Hubble”, também segue essa tendência.

Isso sugere que, se um buraco negro fosse tão vasto quanto a área observável, sua densidade seria comparável. Surge, então, a questão: será que nosso universo é, de fato, um buraco negro?

Existem mais semelhanças entre o universo e os buracos negros do que se poderia imaginar. Lineweaver destaca a presença de um horizonte de eventos em torno do nosso universo observável, semelhante ao encontrado ao redor de um buraco negro.

No entanto, ele ressalta que essa ideia depende da suposição de que tudo além do raio de Hubble é um espaço de Minkowski de densidade zero (ou vácuo). A maioria dos cosmólogos, incluindo Lineweaver, considera essa suposição improvável.

O enigma do começo do universo

O gráfico também traz questões fascinantes sobre o início do universo. Como o gráfico sugere, é possível que a origem aconteceu em um instanton. Esse conceito traz tamanho e massa específicos, em contraste com uma singularidade, que é um ponto hipotético de densidade e temperatura infinitas.

Embora o termo “singularidade” seja frequentemente associado ao Big Bang na mente do público, Lineweaver propôs que devemos considerar o “instanton” como um modelo mais plausível para as origens do universo.

Dessa forma, a abordagem não apenas levanta questionamentos pertinentes sobre o modelo do nosso universo, como também abrange sobre seu início.

Apesar de serem perguntas ainda sem respostas, existem insumos suficientes para gerar novos debates na comunidade astrológica. Futuramente, será a base para conhecer mais a área observável e identificar características que expliquem melhor como nosso mundo funciona.

 

Fonte: Só Científica

Imagens: Só Científica, Só Científica

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