Curiosidades

Nova espécie de dinossauro que viveu em Araraquara é descoberta em pesquisa da UFSCar e da UFRJ

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Sempre que o assunto é dinossauros, vários fatores entram em pauta, especialmente por conta da curiosidade dos cientistas para saber sobre esses animais. Contudo, não são apenas cientistas e pesquisadores que têm essa curiosidade. Muitas pessoas são amantes de dinossauros e ficam bastante curiosas para saber fatos relacionados a eles.

Uma dessas coisas é a descoberta feita por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Eles descobriram uma espécie nova de dinossauro que caminhou há 135 milhões de anos pela região onde atualmente é a cidade de Araraquara, em São Paulo.

Nova espécie

G1

Os pesquisadores encontraram as pegadas de dinossauro em algumas calçadas da cidade e notaram que elas são de uma espécie carnívora que viveu no período cretáceo e nunca tinha sido catalogada ainda.

Então, com esses vestígios, os pesquisadores conseguiram determinar a aparência dessa nova espécie. Ela teria aproximadamente 90 centímetros de altura e um metro e meio de comprimento. Essa espécie foi chamada de  Farlowichnus rapidus, em homenagem ao pesquisador norte-americano James Farlow.

“Ele traz muitas características de um animal que podia correr num ambiente desértico, em função dos ângulos de passo e todos os vestígios deixados registrados nos arenitos. Na comparação com outros organismos identificados no Brasil, ele difere muito da morfologia das patas, mostrando que é um animal diferente do que já tinha sido descoberto para o Brasil”, explicou Marcelo Adorna Fernandes, professor de paleontologia da UFSCar que fez parte do estudo.

Estudo

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Curiosamente, a descoberta de dinossauros em Araraquara não é uma coisa nova. Ela aconteceu em 1976 no momento em que o paleontólogo italiano Giussepe Leonardi passeava por uma praça da cidade e notou as pegadas nas pedras de arenito.

No entanto, esses vestígios ficaram guardados por quase 50 anos sem terem nenhuma identificação em universidades e museus do Rio de Janeiro e interior de São Paulo. Foi apenas quando Leonardi voltou para o Brasil que o estudo terminou.

“Essas pegadas nos contam histórias. História da vida, da evolução, de registros que até então não tinham sido identificados para o Brasil. Então esse novo dinossauro carnívoro, predador, corredor das areias do deserto, nos mostram com eles evoluíram nesse ambiente, se alimentavam do quê, bebendo água talvez em oásis que existiam pela região”, afirmou Fernandes.

Dinossauros

UOL

Além de Araraquara, uma pegada também pode indicar que dinossauros de seis metros e com até 10 quilos tremiam o chão quando andavam pelo terreno arenoso e úmido, que 150 milhões de anos depois se transformaria na atual região entre Rio Claro e Piracicaba, no interior paulista.

Os pisões desses animais deixaram seu impacto e deformaram a estrutura das camadas de sedimentos que formavam o solo. Como resultado, eles deixaram marcas, no caso pegadas, que a deposição de novos sedimentos e o tempo conseguiram preservar.

As pegadas foram descobertas pelo geólogo Lucas Verissimo Warren, professor do Instituto de Geociências Exatas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro. Depois de descobri-las, ele as estudou junto com uma equipe de paleontólogos.

Como resultado desse estudo, eles viram que essas pegadas podem ser a evidência mais antiga da presença de dinossauros em território paulista. Na época em que essas pegadas foram feitas, a região do interior de São Paulo era um deserto com várias dunas e lagoas formadas pelas chuvas. Uma paisagem bem parecida com os Lençóis Maranhenses, no nordeste.

De acordo com o estudo, grupos de dinossauros caminhavam por essa paisagem e deixavam seus passos na argila que era formada pela deposição de sedimentos entre as dunas.

Conforme Lucas explica, as pegadas desses dinossauros chegaram até os dias de hoje através de um fenômeno conhecido como dinoturbação, ou seja, os distúrbios nas camadas sedimentares causados pelo pisoteamento do solo por dinossauros.

“Não foram uma ou duas, achamos cerca de 50 pegadas de dimensões variáveis, o que pode indicar que manadas de dinossauros adultos e filhotes vagavam por essa região, deixando pegadas como testemunhos”, disse Warren.

Fonte: G1, R7

Imagens: G1, UOL

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