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Erupção solar forte libera partículas em direção à Terra

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Várias já foram as expedições e os estudos para tentar entender o sol e como ele funciona. A atividade dele é monitorada há tempos e esse estudo da nossa estrela ainda é feito. Justamente por isso que sempre existem novas descobertas. Como por exemplo, uma erupção solar intensa que aconteceu nele na terça-feira dessa semana.

Essa erupção foi de intensidade moderada e aconteceu junto com uma ejeção de massa coronal que foi lançada na direção do nosso planeta. Por conta disso que, nos próximos dias, tempestades geomagnéticas podem acontecer.

Erupção solar

A classificação dessa erupção foi M 9,8, o que quer dizer que ele teve uma intensidade média e por pouco não foi classificada como X, que são as de alta intensidade. Como sempre é dito, uma erupção solar pode causar danos na Terra, e essa foi uma prova disso. Por conta da sua emissão de radiação ultravioleta foram vistas falhas na comunicação via rádio em regiões no oceano Pacífico e em partes da América do Sul, Central e do Norte.

Além da explosão, também aconteceu uma ejeção de massa coronal que acabou liberando toneladas de plasma solar na direção do nosso planeta. Essas partículas viajam junto das de outra ejeção de massa coronal que foi lançada pelo sol na segunda-feira dessa semana.

Conforme Tamitha Skov, física do clima espacial, explicou no seu Twitter, a tempestade solar que essa ejeção de massa coronal causou deve atingir a Terra no dia primeiro de dezembro. “Junto de duas tempestades anteriores a caminho, temos 1, 2, 3 golpes se o campo magnético estiver orientado corretamente”, disse ela.

Essas nuvens de partículas solares quando estão juntas podem gerar tempestades geomagnéticas com intensidade G1 e G2, que são tidas como baixas e moderadas. No caso das que são de categoria G5 elas podem gerar blecautes de rádio durante várias horas.

O que é

Normalmente, uma explosão solar acontece quando a  energia magnética se acumula na atmosfera do sol e libera uma quantidade grande de energia e radiação eletromagnética de uma hora para outra,. Dentre essa radiação liberada estão microondas, ondas de rádio, raios X, raios gama e luz visível.

Geralmente as erupções acontecem em regiões da estrela com manchas solares, que é onde existem campos magnéticos mais potentes. De acordo com os cientistas, a atividade solar tem um ciclo que acontece a cada 11 anos e tem como resultado picos de erupções.

O máximo do pico atual deve acontecer em 2025, mas em 2024 existem chances de as explosões solares resultarem em um tipo de apagão da internet.

Existem ao todo cinco tipos de erupções solares, são elas: classe X, M, C, B e A. As mais poderosas são as de classe X, depois as de classe M tem uma potência cerca de 10 vezes menor. Depois delas vem as erupções C, B e A. Essas são fracas e não causam nenhum tipo de efeito grande no nosso planeta.

Consequências

Terra

Quando acontecem as explosões de classe M e as X, a Terra, os satélites em volta do planeta e até mesmo os astronautas podem ser afetados de forma significativa. No caso desses eventos, elas podem desencadear uma liberação de energia muito grande que afeta o comportamento da magnetosfera da Terra. Como resultado são vistas tempestades geomagnéticas que causam diferentes efeitos.

Alguns exemplos são: em 1989, a cidade de Quebec, no Canadá ficou sem energia por 12 horas. E pessoas dos EUA e Cube observaram uma aurora boreal incrível verde e azul.

Outro efeito visto com essa liberação de massa coronal é que liberando quantidades grandes de energia, como prótons, elétrons, radiação eletromagnética e outros tipos de radiação, as tempestades geomagnéticas acontecem e isso tem consequência nas redes elétricas, sistemas de GPS e alguns dispositivos eletrônicos.

Contudo, as tempestades geomagnéticas e auroras não são as únicas consequências das explosões solares. Elas podem causar danos em satélites de comunicação e aumentar os níveis de radiação nos locais com altitude elevada.

De acordo com um estudo de 2020, pode existir uma relação entre as ejeções de massa coronal com terremotos no nosso planeta. E esses terremotos teriam como resultado, tsunamis.

Um outro estudo de 2021 sugeriu que aconteceu mais terremotos no nosso planeta no período do ciclo máximo solar. Isso cria uma possível conexão entre a atividade solar e as catástrofes vistas na Terra.

“Há também um número menor de pesquisadores que estudaram possíveis vínculos entre a atividade solar, tempestades eletromagnéticas e terremotos. A primeira ideia de que manchas solares poderiam influenciar a ocorrência de terremotos remonta a 1853 e é atribuída ao grande astrônomo solar [Johann Rudolf] Wolf. Desde então, vários cientistas relataram algum tipo de relação entre a atividade solar e a ocorrência de terremotos; ou entre a sismicidade global e variações geomagnéticas ou tempestades magnéticas”, escreveram os pesquisadores do estudo de 2020.

Fonte: Terra,  Tecmundo

Imagens:Terra, Twitter

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