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Nova música dos Beatles que usou IA não tem nada artificial, diz Paul McCartney

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O uso da uso da inteligência artificial (IA) nas artes é muito debatido por conta tanto da criatividade como dos direitos autorais. No entanto, é inegável que as coisas que ela pode fazer são realmente surpreendentes. Por exemplo, Paul McCartney contou durante uma entrevista ao programa Today, da BBC Radio 4, que existe uma música inédita dos Beatles que foi possível graças à ajuda da IA.

De acordo com o músico, eles usaram a tecnologia para conseguir recompor a voz de John Lennon feita em uma gravação antiga em fita cassete que era inaudível. Ainda de acordo com McCartney, esse resultado é a “música final” dos Beatles e que pode ter seu lançamento ainda esse ano.

Claro que essa notícia repercutiu no mundo todo e causou grandes questionamentos. Tanto é que McCartney usou seu Twitter para explicar o que tinha falado na entrevista para a BBC.

Explicação

“Foi ótimo ver uma resposta tão empolgante ao nosso próximo projeto dos Beatles. Ninguém está mais animado do que nós para compartilhar algo com vocês no final do ano. Vimos algumas confusões e especulações sobre isso. Parece que há muito trabalho de adivinhação por aí. Não posso dizer muita coisa nesta fase, mas para ser claro, nada foi criado artificial ou sinteticamente. É tudo real e todos nós brincamos com isso. Limpamos algumas gravações existentes – um processo que se arrasta há anos”, escreveu ele.

Em seu tweet, McCartney também não disse o nome da música que irá ser lançada e será o “último single dos Beatles”. Contudo, ao que tudo indica, eles finalizarão a canção “Now and Then”, que receberam de Yoko Ono.

Em 1995, McCartney, Ringo Starr e George Harrison se reuniram para tentar recuperar a fita, mas não tiveram sucesso por conta dos problemas que a gravação tinha. “A música tinha um refrão, mas falta quase totalmente os versos. Fizemos a faixa de fundo, um trabalho bruto que realmente não terminamos”, explicou McCartney.

Ainda em 1995, os integrantes dos Beatles conseguiram recuperar “Free as a Bird” e “Real Love” e as colocaram depois no documentário “Anthology”, que tratava da carreira da banda, e no álbum de mesmo nome. Então, essa nova música feita com a ajuda da IA irá ser o primeiro lançamento da banda em 28 anos.

Música

Rádio Rock

Além dos integrantes da banda, o filho de Lennon, Sean, contou em vários tweets que também está envolvido no processo de criação dessa nova música e que a IA foi usada para conseguir recuperar o áudio original.
“Tudo o que fizemos foi limpar o barulho da faixa vocal. As pessoas estão completamente equivocadas com o que ocorreu. Sempre houve maneiras de ‘diminuir o ruído’ de faixas, mas a IA só faz isso melhor porque aprende o que é o vocal e é capaz de remover com muita precisão tudo o que não é o vocal”, escreveu ele.

Uso da IA

Veja SP

Em 2021, o interesse pela música “perdida” voltou depois que o documentário “Get Back” foi lançado. Nele, o editor Emile de la Rey conseguiu extrair e classificar a voz de cada integrante dos Beatles através de um computador. Além disso, ele também conseguiu identificar, de forma separada, o som dos instrumentos que foram usados.

McCartney disse que então seria possível fazer o resgate da música de Lennon usando a IA. “Tínhamos a voz de John e um piano e ele [computador] poderia separá-los com IA. Eles [produtores] dizem à máquina: ‘Essa é a voz. Isso é uma guitarra. Tire a guitarra’”, explicou ele.

Sobre todo o processo, o ex-Beatle disse que o acha “meio assustador, mas empolgante, porque é o futuro”. Ele também disse que as pessoas têm que ver aonde isso irá levá-las.

Fonte: Radio Rock

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