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O cromossomo Y está desaparecendo e um novo gene pode ser o futuro dos homens

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Os cromossomos são longas sequências de DNA, cercados por diversos genes e outras sequências de nucleótidos, que possuem específicas funções. Localizados no núcleo da célula, os seres humanos possuem 23 pares deles, totalizando em 46. E é o cromossomo Y que determina o sexo dos bebês humanos e de outros mamíferos.

Contudo, esse cromossomo Y humano está passando por uma degeneração e em alguns milhões de anos pode desaparecer. Isso levará a humanidade à extinção, a não ser que as pessoas desenvolvam um novo gene sexual.

Felizmente, esse desparecimento do cromossomo Y já foi visto em dois ramos de roedores e eles conseguiram viver para contar a história.

Cromossomo Y e o sexo humano

Fertilidade masculina

Nos humanos, assim como em outros mamíferos, as fêmeas possuem dois cromossomos X e os machos têm um X e o Y, que é um cromossomo menor. O cromossomo X tem aproximadamente 900 genes que têm várias funções não relacionadas ao sexo, enquanto o Y tem cerca de 55 genes e vários DNAs não codificante.

No entanto, o cromossomo Y tem um gene bastante importante que começa o desenvolvimento masculino no embrião. Mais ou menos 12 semanas depois da fecundação, o gene mestre ativa outros que fazem a regulação do desenvolvimento de um testículo. Esse testículo no embrião começa a produzir hormônios masculinos e é isso que faz com que o feto se desenvolva como um menino

Em 1990, esse gene sexual foi identificado como SRY, região sexual no Y. Ele desencadeia um caminho genético começando com um gene chamado SOX9. Em todos os vertebrados, esse gene é o que determina o sexo masculino em todos os vertebrados.

Desaparecimento

Incrível club

Os cromossomos X e Y são vistos na maior parte dos mamíferos e são parecidos com os vistos nos humanos. Ou seja, o X tem vários genes e o Y tem o SRY e mais alguns outros. Contudo, essa divisão tem problemas por conta da dosagem desigual dos genes X vistos nas fêmeas e nos machos.

Isso é visto porque, de acordo com um estudo feito com um ornitorrinco da Austrália, foi visto que ele tem cromossomos sexuais completamente diferentes e que são mais parecidos com os vistos nas aves.

Nesse animal, o par XY é um cromossomo comum, o que sugere que os em mamíferos X e Y eram um par de cromossomos comum não há muito tempo. Isso também sugere que o cromossomo Y foi de 900 a 55 genes ativos durante 166 milhões de anos durante a evolução humana e dos ornitorrincos, o que mostra que a cada milhão de anos aconteceu uma perda de cinco genes. Por conta disso, pode-se assumir que os 55 restantes irão desaparecer em 11 milhões de anos.

Claro que essa estimativa foi alvo de várias discussões e negações a respeito do tempo que ele levará para desaparecer. Essas estimativas vão desde alguns milhares de anos até o infinito.

Implicações no futuro

Ciência mundo

Mesmo com as estimativas variando, esse iminente desaparecimento do cromossomo Y levantou algumas questões sobre como o futuro da humanidade será.

No caso de espécies exclusivamente femininas, como algumas cobras e os lagartos, eles conseguem produzir ovos a partir dos próprios genes através da chamada partenogênese. Contudo, nos humanos e em outros mamíferos isso não é capaz de acontecer porque as pessoas têm, pelo menos, 30 genes essenciais que só funcionam se vierem do pai através do esperma.

E claro que para que o esperma seja produzido é preciso de homens. Por conta disso, o fim do cromossomo Y pode significar a extinção da humanidade. Mesmo assim, isso pode apoiar uma alternativa de que as pessoas consigam desenvolver um novo gene determinante do sexo.

Por mais que isso possa acontecer, essa evolução vem acompanhada de alguns riscos. Até porque, existe o risco de mais de um novo sistema evoluir em vários cantos do mundo. Se isso acontecer, essa “guerra” de genes poderia levar a uma separação de novas espécies.

Fonte: Science alert

Imagens: Fertilidade masculina, Incrível club, Ciência mundo

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