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Outro estudo alerta que a humanidade caminha para os 3 graus de aquecimento

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Nosso planeta já tem seu longo período de existência e já passou por várias mudanças. Uma delas, que os pesquisadores consideram uma das mais drásticas, é a climática. O aquecimento global vem afetando o mundo de várias maneiras e talvez caminhe para um ponto em que se torne cada vez mais difícil a nossa existência.

Tanto é que vários modelos mostram como será o futuro da humanidade se as temperaturas se elevarem. Parece que tais previsões estão finalmente surtindo um efeito porque, mesmo que lenta e insegura, a humanidade está fazendo sua desvinculação do carvão. O que é ótimo, porque ele é o combustível fóssil mais intenso em carbono, além de ser um dos principais impulsionadores da mudança climática feita pelo ser humano.

Mesmo assim, essa desvinculação não está boa o suficiente. Um novo estudo mostrou que esse abandono do carvão está muito lento para que as metas do Acordo de Paris, pelo qual os países se comprometeram a combater o aquecimento global e diminuir as emissões de óxido de carbono, sejam cumpridas.

Aquecimento da Terra

Freepik

O que esse acordo tinha como objetivo era limitar o aumento da temperatura média do mundo “bem abaixo de 2°C acima dos níveis pré-industriais” e “prosseguir os esforços” para manter esse aumento menor do que 1,5°C.

Claro que eliminando o carvão já é uma ótima maneira de se fazer isso, visto que atualmente são liberados aproximadamente 15 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera anualmente, sendo 40% proveniente do carvão. E quando o CO2 está na atmosfera, ele pode ficar lá por séculos retendo calor do sol e mudando o clima no mundo todo.

Por isso que vários países colocaram como seu compromisso no Acordo de Paris eliminar de forma gradual o uso do carvão, ou, pelo menos, usá-lo em menor quantidade.

Por mais que isso seja um progresso para evitar o aquecimento do planeta, na visão dos pesquisadores, a humanidade está indo no caminho certo, só que na velocidade errada. “Em nosso ritmo atual de eliminação gradual do carvão estamos no caminho para ultrapassar o limite de 2 graus do Acordo de Paris para a quantidade máxima de aquecimento global. Sem grandes mudanças, alertam, caminhamos para 2,5 ou 3 graus de aquecimento”, disseram os pesquisadores do novo estudo.

O pior de tudo é que essa não é a primeira vez que essa previsão é feita pelos pesquisadores. “Cada vez mais países estão prometendo eliminar gradualmente o carvão de seus sistemas de energia, o que é positivo. Mas, infelizmente, seus compromissos não são fortes o suficiente. Se quisermos ter uma chance realista de atingir a meta de 2 graus, a eliminação gradual do carvão precisa acontecer mais rapidamente, e os países que dependem de outros combustíveis fósseis precisam aumentar sua taxa de transição”, disse Aleh Cherp, coautor do estudo e cientista da Universidade de Lund, na Suécia.

Previsões

Exame

Os pesquisadores chegaram a essa conclusão fazendo a análise dos planos dos 72 países que se comprometeram a eliminar o carvão até 2050. Mesmo com essas preocupações, a boa notícia é que ainda é possível que o aquecimento de 2°C seja evitado. “Mas apenas nos melhores cenários em que tanto a China quanto a Índia começam a eliminar gradualmente o carvão em cinco anos”, pontuaram os pesquisadores.

“Mesmo assim, só ficaríamos abaixo de 2 graus de aquecimento se a China e a Índia adotassem planos ambiciosos, pelo menos igualando o ritmo das reduções do Reino Unido até agora e superando os cortes que a Alemanha prometeu fazer”, continuaram.

Por isso que em outros cenários, que na visão dos pesquisadores são mais realistas, nosso planeta está caminhando para um aquecimento global de entre 2,5 a 3°C. Até porque, vários países ficaram para trás nas promessas que fizeram no acordo. De acordo com um relatório de 2021, o único país que está no caminho certo é a Gâmbia.

“Os compromissos dos países não são suficientes, nem mesmo entre os mais ambiciosos. Além disso, a invasão da Ucrânia pela Rússia corre o risco de comprometer vários compromissos dos países”, pontuou Jessica Jewell, cientista ambiental da Chalmers University of Technology.

O que as nações têm que entender de uma vez por todas é que diminuir as emissões de CO2 irá salvar vidas, economizará dinheiro e criará empregos. Por mais que a substituição do carvão não seja fácil, ela é extremamente mais barata do que uma ruína total.

Fonte: Science alert

Imagens: Freepik, Exame

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