Ciência e Tecnologia

O pesadelo de Albert Einstein: a constante cosmológica

0

Se você acredita que gênios não erram, precisa conhecer a constante cosmológica proposta por Albert Einstein em 1917, seu maior pesadelo até os dias atuais.

Ela é um complemento à Relatividade Geral, para explicar por que o universo não está colapsando.

Einstein acreditava que o universo deveria ser estático, imóvel, sustentado por uma força que o mantinha em equilíbrio.

No entanto, mesmo diante de evidências consistentes, ele repetidamente se recusou a aceitar a existência de um universo em expansão. Esse pode ter sido seu maior equívoco.

Boatos dizem que essa recusa em aceitar um fato tão grandioso veio do orgulho do físico, sem querer admitir estar equivocado em suas brilhantes teorias.

Via CanalTech

Uma breve história da gravidade

Por mais de 200 anos, tudo o que sabíamos sobre o universo e a gravidade se baseava na teoria da Gravitação Universal, proposta por Isaac Newton em 1687.

De acordo com Newton, se o Sol desaparecesse, tudo perderia estabilidade e seríamos como bolas de gude rolando sem direção pelo espaço.

Mas em 1905, essa história tomou um rumo diferente. Einstein propôs as teorias da Relatividade Especial e da Relatividade Geral (1915).

Segundo a primeira teoria, não há um referencial absoluto no espaço, e nada pode se mover mais rápido do que a luz.

Enquanto isso, a segunda teoria diz respeito a um universo quadridimensional, onde o tempo e o espaço se fundem e se curvam devido à influência gravitacional dos corpos celestes, incluindo a luz.

A segunda afirmação causou grande agitação no mundo da física e foi testada em 1919, durante um eclipse solar em Sobral, no Ceará, confirmando a previsão de Einstein.

Contudo, não existiam explicações lógicas para dizer como as coisas se mantinham em perfeito equilíbrio nessa quarta dimensão. É quando Eistein propõe sua constante, um fator para tornar as fórmulas mais exatas.

Constante cosmológica

No entanto, com o passar dos anos, a existência dessa fórmula apresentou um objetivo equivocado, visto que, embora as previsões estivessem corretas, o universo estava sim em expansão, e não totalmente fixo e equilibrado.

Inicialmente, esse parâmetro introduzido por Einstein em sua teoria da relatividade geral visava manter a solução das equações de campo consistentes com uma visão estática do universo.

No entanto, mais tarde, o próprio físico abandonou a constante cosmológica quando confirmou-se que o universo estava em expansão. Ele não quis admitir seu erro, orgulhoso demais para aceitar a comprovação de um universo em expansão.

Atualmente, a constante cosmológica é representada pela letra grega lambda (Λ) e está relacionada à energia do vácuo do espaço-tempo.

Ela desempenha um papel importante na teoria da relatividade geral ao descrever as propriedades do universo em escalas cosmológicas. Após comprovações, as novas fórmulas agora atuam sobre os estudos dos cosmos, e não apenas no universo conhecido.

Via Toda Matéria

Fórmula atual

Dessa forma, quando a constante cosmológica é incorporada às equações de campo de Einstein, ela produz um termo adicional que age como uma forma de energia escura.

A energia escura é uma forma hipotética de energia que preenche o espaço vazio e está associada à aceleração da expansão do universo.

Portanto, a constante cosmológica está relacionada à presença e ao comportamento da energia escura no universo.

As observações cosmológicas recentes indicam que a expansão do universo está acelerando, sugerindo a presença de energia escura.

Entretanto, a natureza exata da energia escura e o valor da constante cosmológica ainda são tópicos de pesquisa ativa na cosmologia.

 

Fonte: CanalTech

Imagens: CanalTech, Toda Matéria

A equipe de resgate agora tem menos de 24 horas para salvar os passageiros do submersível do Titanic

Artigo anterior

Vidente diz saber onde está o submersível desaparecido no Atlântico

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido