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O pior ataque de tubarões de todos os tempos foi assustador

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O que poderia ser pior do que um ataque inimigo afundar o seu navio? Se afogar no mar? Não, há algo bem pior que isso. Ser atacado por tubarões ferozes nessas condições, por exemplo. Em 1945, um navio da Marinha dos Estados Unidos foi afundando por um submarino japonês, mas o naufrágio não foi, nem de longe, o pior pesadelo daqueles marinheiros.

Em 29 de julho de 1945, o navio americano USS Indianapolis partiu de Guam, com destino ao Golfo de Leyte, nas Filipinas, para se preparar para invadir o Japão. Mas, no dia seguinte, a viagem foi interrompida bruscamente. Logo após a meia-noite, um torpedo japonês atingiu o navio, acendendo um tanque de 3.500 galões de combustível, em seguida. Não demorou muito para que colunas de fogo subissem rumo ao céu.

Outro torpedo, disparado pelo mesmo submarino, atingiu o meio do navio, acertando os restos de combustível e pólvora, o que desencadeou uma enorme explosão. O que dividiu o Indianapolis em dois. O desastre foi instantâneo, em apenas 12 minutos, o navio inteiro naufragou. Mas o pior disso tudo não foi esse ataque. O que aconteceu, naquela ocasião, foi considerado o pior ataque de tubarões da história, um verdadeiro pesadelo.

O naufrágio

Naquele dia 30 de julho, os sobreviventes se agarravam no que podiam, já que os botes salva-vidas não eram suficientes para todos. Os vivos procuravam, entre os mortos boiando na água, coletes salva-vidas para aqueles sobreviventes que não tinham. Na esperança de sobreviverem até que a ajuda chegasse, eles começaram a formar grupos, alguns pequenos, outros de até 300 pessoas. Mas isso só chamou mais ainda a atenção dos predadores dor mar, os sedentos tubarões.

Os tubarões foram atraídos para aquele ponto, através do naufrágio e do vestígio de sangue nas águas, apesar do barulho da explosão. Entre as várias espécies de tubarões, que vivem em águas abertas, nenhuma é tão perigosa quanto o tubarão-galha-branca-oceânico.

Na primeira noite, os ferozes tubarões focaram nos mortos, flutuando sob as águas. Mas, mesmo as várias vítimas, não foram suficientes para saciar esses animais. A luta dos sobreviventes na água atraía cada vez mais tubarões, que podiam sentir os desesperados movimentos a centenas de metros de distância. Enquanto os tubarões, que já estavam ali, partiam para o ataque dos vivos, principalmente os feridos.

Um pesadelo

Os marinheiros tentavam, de todas as formas, se afastar de qualquer pessoa ferida, justamente para sair do foco. E quando alguém morria, eles empurravam o corpo, numa tentativa de fugir dos predadores. E a situação só ficava pior. Um dos grupos de marinheiros sobreviventes cometeu um erro que custou a vida de muitos deles. Eles abriram uma lata de carne, a qual apenas o cheiro foi capaz de atrair um enxame de tubarões ao seu redor. Durante aqueles dias, os tubarões tiveram um verdadeiro banquete com os marinheiros.

Mas, eventualmente, eles descobriram formas de sobreviver por mais tempo enquanto esperavam por um resgate. Obviamente, eles tinham melhores chances se ficassem em grupos, e principalmente, no centro do grupo. Aqueles que ficavam nas margens ou sozinhos eram os primeiros alvos dos tubarões.

Muitos dos homens que sobreviveram ao naufrágio e aos tubarões sucumbiram ao calor e a sede. Outros beberam água do mar e foram envenenados pelo sal. No quarto dia na água, a Marinha localizou os sobreviventes do Indianapolis e trouxe o socorro.

Da tripulação total de 1.196 homens, restaram apenas 317 deles. As estimativas do número de mortos por ataques de tubarão variam, mas chegam a quase 200. É impossível saber exatamente quantos morreram afogados, de fome e sede, por envenenamento, na explosão ou pelos tubarões. Mas independentemente disso, o naufrágio do Indianapolis continua sendo o pior desastre marinho dos Estados Unidos.

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