Curiosidades

O que aconteceria se o Cristianismo nunca tivesse existido?

0

Você reconhece o nome Yeshua Ben-Yosef? E os nomes Javé, Emanuel, Filho de Davi, Rabino, Cordeiro, Filho de Deus e Cordeiro de Deus? Sim, estamos falando de Jesus Cristo. Você pode acreditar nele, ou não, mais uma coisa é fato: é impossível a sua vida não sofrer um impacto direto do cristianismo. É sério que você não está acreditando em mim? Então eu vou te dar um exemplo prático. Atualmente, vivemos no ano de 2018. O Brasil e todos os outros países ocidentais do mundo dividem essa mesma passagem (ou seria contagem?) do tempo. Nós a chamamos de calendário gregoriano, e foi promulgada pelo papa Gregório XIII, em 1582. Ela conta os anos, meses, semanas e dias a partir do nascimento de Jesus Cristo. Ou seja, querendo ou não, seu calendário funciona a partir da figura do filho de Deus.

Porém, Jesus Cristo sempre foi uma das figuras preferidas para ser colocado a prova. E essa tendência só aumenta com o passar dos anos. A figura messiânica desperta curiosidade e dúvidas a seu respeito. O mais recente best-seller a falar do assunto é o livro Zelota: A vida e a época de Jesus de Nazaré. O livro foi publicado em 2013, e busca trazer uma visão, não sobre o profeta messiânico, mas sim sobre o cidadão de verdade que deu início a uma das vertentes religiosas da nossa época e que determinou muito do futuro, mesmo depois de sua morte.

Isso não é por acaso, ele é uma das figuras históricas mais importantes de todos os tempos para a humanidade. Ainda assim, não existe prova concreta de que Jesus Cristo de Nazaré tenha existido. Em todo caso, ele é citado em textos judaicos, cristãos e romanos. Apesar de sua existência entre os 12 e os 30 anos de idade não serem citadas nem na Bíblia, existem textos históricos que relatam a vida de Cristo e também a crucificação realizada por Pôncio Pilatos. Porém, o que muitos se questionam é se ele não seria apenas uma figura mítica. Ou seja, estão se perguntando se, no fim das contas, Jesus não é um mito, como Hércules ou Édipo.

Jesus existiu?

A narrativa que envolve Jesus Cristo encontra muitos críticos devido a alguns problemas práticos. O principal deles seria o fato de que muitos historiadores considerados como fontes históricas não são confiáveis. Isso acontece porque todas as fontes que citam o Messias eram cristãs. Além disso, elas falam dele já alguns anos depois da sua morte.

David Fitzgerald é um dos principais escritores a falar sobre o assunto. O abertamente ateu considera Jesus Cristo um mito e coloca em dúvida a historicidade do Messias. Para ele, não existe nenhuma fonte que afirmou a existência de Deus que tenha sido realmente confiável. Fitzgerald argumentou que durante séculos todos os estudiosos do cristianismo eram cristãos, e por isso mesmo, relatos seculares se baseiam fortemente em textos religiosos. Eles, portanto, não podem ser considerados fontes independentes e confiáveis.

Richard Carrier, outro autor e historiador que explora o tema, mostra como até fontes tidas como confiáveis podem, no fundo, não ser tão credíveis assim. Flávio Josefo (o cara da imagem acima) foi um historiador e apologista judaico-romano que viveu entre 37 e 100 d.C. Ele foi um dos historiadores a citar e afirmar a existência de Jesus. Richard pega a citação de Josefo ao julgamento de Cristo por Pilatos, e mostra que tudo que está escrito foi retirado do Evangelho de Lucas, da Bíblia.

E se o cristianismo nunca tivesse existido?

Em 2016, Tiago Cordeiro, da Revista Super Interessante, realizou uma matéria mostrando o que aconteceria se o cristianismo nunca tivesse existido. A matéria afirma que se Jesus, ou sua figura mítica, nunca tivesse existido, o Império Romano não continuaria o paganismo, como muitos pensam. Em entrevista a Super, o professor de história da UFRJ, André Chevitarese, afirmou que o Império Romano certamente seria mitraísta, se não tivesse sido conquistado pelo cristianismo. O Mitraísmo com certeza ganharia grande destaque e não teria sido esquecido, como foi hoje. Porém, sem o cristianismo, a religião que com certeza comandaria o mundo seria o islamismo. Então, se o cristianismo não tivesse existido, o islamismo teria ganhado força sem a sua principal concorrente e teria dominado o mundo.

E aí, o que você acha da teoria de que Jesus é um mito? E como você acha que seria o mundo sem o cristianismo? Comenta a sua opinião com a gente e compartilha essa matéria nas suas redes sociais.

O que é o ‘gene do guerreiro’?

Artigo anterior

7 coisas que todo mundo entende errado sobre o Coringa

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido