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O que aconteceria se um vulcão no Ártico entrasse em erupção?

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Conhecemos os vulcões como aberturas que saem da crosta terrestre, geralmente em formato montanhoso e triangular, que quando explode, libera toda aquela lava de magma, gases, e que deixa apenas cinzas por onde passa. Vulcões podem destruir vilarejos e cidades caso entrem em erupção de forma inesperada, e é um tema bastante comum em filmes de ficção científica e afins.

Mas será que você já se questionou se podem existir vulcões sob geleiras? Parece ser algo meio maluco e fora do normal, afinal, como existiriam vulcões, com toda aquela lava ardente, situados sobre todo o frio e gelo do Ártico, por exemplo? Há poucos anos atrás foram descobertas evidências de que uma série de vulcões que se encontram sob o gelo do Ártico entraram em erupção nos últimos 10 anos. Uma verdadeira história sobre o gelo e o fogo!

Eles se concentram a cerca de 4 mil metros em baixo da superfície ártica, possuindo até 2 mil metros de diâmetro e centenas de metros de altura. Formaram-se sob uma longa fenda situada na crosta do oceano, chamada de Gakkel Ridge, lugar onde também se concentram duas placas rochosas que se espalham, formando um novo vulcão que é puxado para a superfície. Os cientistas acreditavam que esses vulcões submersos serviam apenas para driblar a lava de rachaduras no fundo do mar, e que a pressão muito forte da água que vem de forma subjacente, dificultaria a explosão de todo o gás e magma do vulcão para fora, mas descobriram que isso não acontecia em Gakkel Ridge.

O local ainda não havia sido bem explorado, portanto, não sabiam ao certo como as coisas funcionavam. É considerado único pois possui uma taxa de propagação bastante lenta, mas o local ainda reserva muitas outras surpresas. O membro da Instituição Oceanográfica Woods Hole (WHOI) de Massachusetts, Robert Reeves-Sohn, descobriu com a ajuda de seus colegas de equipe alguns fragmentos irregulares de rocha que estavam espalhados pelos vulcões, o que pode sugerir que ocorreram explosões entre os anos de 1999 e 2001.

A hipótese levantada por eles é que, devido a esse lenta disseminação do local, o excesso de gás em bolsas de magma em baixo da crosta oceânica foi possível, sendo que a pressão do gás foi alta o suficiente para fazer com que os vulcões entrassem em erupção. De acordo com Reeves-Sohn, as erupções são capazes de descarregar uma grande quantidade de hélio, traços de metais, dióxido de carbono e calor na água, quando em distâncias muito longas.

Mas seria mesmo possível que a erupção pudesse se derreter através das geleiras? Bom, tudo depende do quão profundo está o vulcão, e a erupção teria que ser imensamente poderosa, mas seria sim possível. Quando a lava esfria de forma muito rápida – quando está em contato com geleiras, por exemplo – não libera tanto calor quanto se esfriasse de forma lenta, como acontece em erupções normais.

Obviamente, não seria possível que ela fosse capaz de derreter uma grande parte de lugares como o Ártico, mas ainda assim, poderia derreter alguns metros cúbicos de gelo, provocando plumas de cinza. De acordo com o geólogo do Dickinson College, na Pensilvânia, Benjamin Edwards: “Se a erupção atravessar o gelo, provavelmente continuará a ter algumas explosões, que podem quebrar um pouco de gelo e atirar no ar […] Há muitas provas de avalanches de vulcões com uma mistura de pedaços de gelo e lava de lugares como o vulcão Redoubt, no Alasca“.

Bom, por mais que não seja possível causar grandes destruições, ainda não é tão simples assim. Podemos acreditar que a lava esfriaria rapidamente e não seria capaz de ir muito longe, e como já vimos ela realmente esfria mais rápido, mas não tanto o suficiente para impedi-la de percorrer um bom caminho.

Edwards e sua equipe fizeram alguns testes em laboratório que mostraram que a lava se movimenta de forma mais rápida quando está sobre o gelo, pois a água fundida cria uma espécie de isolante entre o gelo e a lava, ajudando a escorregar. Já aconteceu de uma erupção cobrir o gelo. Segundo ele, a cinza que vai se criando por baixo vai impedindo o derretimento, mas a lava pode não “saber” que está fluindo por aí há algum tempo.

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