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O que aconteceu com o homem que matou John Lennon?

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Na noite do dia 8 de dezembro de 1980, John Lennon foi assassinado com quatro tiros em frente ao prédio onde o ex-Beatles morava, em Nova York. O dia costuma ser relembrado como forma de homenagear o grande artista, mas muitos se perguntam o que aconteceu com Mark David Chapman, o homem que matou Lennon.

Mark Chapman se aproximou do seu ídolo John Lennon na porta do Edifício Dakota e pediu para que ele autografasse o álbum Double Fantasy. O ex-beatle atendeu ao pedido e partiu com a esposa Yoko Ono para uma sessão de gravação no Record Plant Studios.

Depois do fim do compromisso, o cantor retornou ao seu apartamento em Manhattan, no entanto, ao sair do veículo, foi atingido quatro vezes pelas costas. O autor do crime foi o fã que havia pedido autógrafo mais cedo para o artista. Mark Chapman chamou atenção do mundo após assassinar um dos maiores cantores de todos os tempos.

Após disparar, Mark continuou no local, pegou o livro “O apanhador no campo de centeio” (1951), do autor J. D. Salinger, e começou a ler. Ao chegar na cena, os policiais prenderam Mark, que não apresentou nenhuma resistência. O homem foi levado sob custódia e três anos depois afirmou que: “Tenho certeza de que a maior parte de mim é Holden Caulfield, que é a pessoa principal do livro. A pequena parte de mim deve ser o Diabo”.

Prisão do homem que matou John Lennon

Creative Commons/ Wikimedia Commons

Nascido em 10 de maio de 1955, em Fort Worth, no Texas, Mark David Chapman estava no Havaí com a esposa antes de cometer o crime. Com o objetivo de matar John Lennon, disse à mulher que precisava de um tempo para ele mesmo e foi para Nova York. No revólver, ele colocou uma munição com ponta oca, mais letal, que expande dentro do corpo humano e provoca mais estragos. “Era para ter certeza de que ele seria morto”, contou.

Logo depois, Mark foi acusado de assassinato em segundo grau. A Justiça provou que o homicídio foi premeditado. Por meses, Chapman se preparou para o crime. Além disso, a esposa, Gloria Chapman, sabia do desejo do marido e decidiu não agir.

Foram feitas várias avaliações sobre o estado de saúde mental do assassino, com o objetivo de saber a motivação do crime. Uma das hipóteses do tribunal seria uma possível frustração do assassino com Lennon.

Foto: Wikimedia Commons

Entre as motivações alegadas por Chapman para o crime, está a de que seu nome seria lembrado para sempre. O preso atingiu seu objetivo e foi condenado à prisão perpétua. Ele está em regime fechado há 40 anos em Attica, no estado de Nova York. Até hoje o criminoso segue sendo procurado pela imprensa para dar entrevistas e sua história virou filme, com Jared Leto interpretando seu papel.

Logo depois da declaração do músico de que “os Beatles eram mais populares que Jesus”, Mark iniciou o planejamento da morte para defender sua religião presbiteriana. Assim, começou a repreender as atitudes de John, que pregava um discurso de paz, mas que possuía outra realidade.

“Ele estava lá com milhões de dólares, iates, fazendas e propriedades rurais, rindo de pessoas como eu, que haviam acreditado nas mentiras, comprando discos e construindo grande parte de seus bens”, contou o criminoso.

Uma das partes mais incoerentes do discurso de Mark eram as alegações e negações sobre querer fama com a morte de John Lennon. Em uma declaração pública, ele chegou a dizer que queria divulgar o livro “O Apanhador no Campo de Centeio”.

A vida de Mark Chapman  na prisão

Foto: Divulgação

Mark Chapman se declarou culpado no julgamento e com isso foi condenado à prisão perpétua. Logo depois, foi levado para a Attica Correctional Facility, em Nova York. Além disso, nos primeiros 26 dias de prisão se recusou a comer. Por isso, o estado autorizou agentes carcerários a forçarem Mark a ingerir alimentos líquidos.

Mark passava a maior parte do dia realizando trabalhos domésticos e ajudando na biblioteca. Devido à alta chance de linchamento, para a sua segurança, ele foi impedido de realizar atividades com outros presos.

Após duas décadas preso, no ano 2000, a Justiça permitiu que ele entrasse com pedido de liberdade condicional. No entanto, apesar da defesa de Chapman já ter documentado a solicitação mais de dez vezes, todas foram negadas. Nessas ocasiões, Yoko Ono, viúva de John Lennon, foi consultada e sempre se posicionou contra a soltura do assassino 

No ano de 2012, Mark foi transferido para a Wende Correctional Facility, na cidade de Alden. No presídio, o criminoso aceitou ficar em uma cela solitária, onde cumpre a sentença atualmente. Uma vez por ano recebe a visita de sua esposa por 48h, assim como pode receber as visitas marcadas de familiares e amigos.

Aos 65 anos, em 2020, o assassino afirmou que idealiza uma nova realidade para os seus dias fora da prisão. “Eu tentaria imediatamente encontrar um emprego e realmente quero ir de um lugar para outro, pelo menos no estado, de igreja em igreja, e contar às pessoas o que aconteceu para mim e mostrar-lhes o caminho para Cristo.” 

Fonte: Aventuras na História, Veja

 

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