O futuro da Alexa, a assistente virtual da Amazon, será, além de responder perguntas, tocar música e configurar lembretes. A empresa tem planos de aprimorar o seu software baseado em inteligência artificial, visando incorporar capacidades de resposta a comandos visuais, modular respostas com um tom mais humano e integrar rotinas mais complexas.
Desenvolvida para operar em dispositivos habilitados para voz, como Amazon Echo, Echo Dot e Echo Show, além de smartphones e outros dispositivos compatíveis, a Alexa utiliza processamento de linguagem natural para compreender comandos verbais e fornecer respostas e execuções de tarefas de acordo com as solicitações dos usuários.
Além disso, a interação com milhões de clientes e usuários fez com que seu sistema se aprimorasse e entendesse melhor o que se espera dela. Por isso, existem algumas atualizações que certamente virão para essa assistente virtual.
4 inovações para esperar no futuro da Alexa
1. Conversa ativada no olhar
No momento atual, para iniciar uma interação, o usuário precisa ativar a assistente virtual dizendo “Alexa” ou algum outro comando de voz previamente programado.
Contudo, a Amazon está planejando um futuro no qual a assistente virtual poderá responder também a estímulos visuais.
A proposta é que ela possa utilizar as câmeras de dispositivos como o Echo Show para iniciar uma interação assim que o usuário olhar diretamente para a tela do aparelho.
Segundo a empresa, essa funcionalidade será opcional e ativada mediante inscrição na plataforma Visual ID.
Essa proposta já surgiu em alguns filmes, mostrando como o futuro da Alexa será digno de ficção científica.
2. Responder a comandos complexos
Embora o modelo atual de linguagem da Alexa, conhecido como LLM, seja bastante eficiente, ainda pode ocasionalmente responder de forma ambígua a certas perguntas ou necessitar de detalhamentos adicionais para agir conforme esperado em algumas situações.
Em resposta a isso, a Amazon anunciou que está trabalhando no desenvolvimento de um modelo de linguagem aprimorado para o futuro da Alexa. Ela será integrada a centenas de milhares de dispositivos e serviços do mundo real por meio de APIs.
Segundo a empresa, a assistente de voz será capaz de lidar adequadamente com comandos complexos. Por exemplo, falas mais complexas e rotinas inteiras serão entendidas, como no caso de “Alexa, às 20h, diminua as luzes do segundo andar, acenda a luz da sala, ligue o ar-condicionado e avise às crianças para dormir”.
Atualmente, cada um desses comandos ocorre individualmente, pois a assistente não entende mais de uma ação em sequência. No entanto, no futuro, espera-se que isso seja corrigido.
3. Tom mais humano
No futuro da Alexa, a Amazon planeja capacitar a assistente para responder aos usuários de forma mais casual, ou seja, de maneira contextualizada e com seus próprios sentimentos, assim como um humano faria.
De acordo com a empresa, o novo modelo de linguagem da assistente de voz será capaz de variar os tons de voz em suas respostas, dependendo da pergunta feita pelo usuário.
Por exemplo, ao indagar sobre a vitória de seu time, uma resposta afirmativa será dada em um tom alegre, enquanto uma negativa será comunicada com um tom mais triste.
A proposta é que a Alexa possa proporcionar experiências personalizadas, baseadas nas preferências compartilhadas pelo usuário, nos serviços com os quais interagiu e nas informações do ambiente.
Essa função demanda uma atualização e programação muito mais específica, visto que interpreta a pergunta subjetivamente. Contudo, os avanços tecnológicos permitem alcançar esse objetivo em um futuro próximo.
4. Mais personalidade
Por fim, outro objetivo é fazer com que a assistente virtual tenha mais personalidade.
Desde o início, a meta da Alexa tem sido fornecer respostas aos questionamentos dos humanos com uma certa personalidade. Parece que em breve a Alexa poderá interagir de forma ainda mais proativa e sugestiva durante as conversas com o usuário.
A proposta é que a assistente virtual possa expressar opiniões de maneira mais fluida. Por exemplo, ela poderá compartilhar quais filmes ela acredita que deveriam ter ganhado o Oscar.
Existem muitas especulações de que a Amazon esteja utilizando um banco de dados contendo conversas gravadas com usuários para desenvolver a nova versão da Alexa.
No entanto, a empresa reiterou seu compromisso com a privacidade e a segurança de seus clientes. Ou seja, até então, a programação será inteiramente com base em dados concedidos ativamente.
Fonte: Techtudo