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O que pode ter acontecido com o submersível que sumiu a caminho do Titanic?

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Desde domingo, o mundo está acompanhando todo o processo de busca pelo submersível da OceanGate que desapareceu no oceano Atlântico quando estava fazendo uma expedição até os destroços do Titanic.

De acordo com a Guarda Costeira dos EUA, o contato com o submersível foi perdido aproximadamente uma hora e 45 minutos depois que o seu mergulho começou. A bordo do veículo estavam o bilionário Hamish Harding; o explorador Shahzada Dawood e seu filho, Suleman Dawood; o presidente da OceanGate, Stockton Rush; e o especialista no naufrágio do Titanic Paul-Henry Nargeolet.

A expedição foi feita pela OceanGate Expeditions e cada uma das pessoas pagaram 250 mil dólares para estarem dentro do submersível que as levaria até o famoso navio.

Os destroços do Titanic estão a uma profundidade aproximada de 3.800 metros, cerca de 700 quilômetros ao sul de São João da Terra Nova, em Terra Nova e Labrador, no Canadá. E assim como encontrar os destroços do navio não foi uma tarefa fácil, encontrar o veículo, que tem o tamanho parecido com o de uma van, no meio do oceano também não será.

Submersível Titan

Galileu

Muitas pessoas confundem submersível com submarino. Até porque, até essa semana praticamente ninguém sabia ao certo qual era a diferença dos dois. O submersível é uma embarcação tripulada que, mesmo se movendo de forma parecida com o submarino, tem um alcance mais limitado.

Por conta disso, ele é mais usado para pesquisa e exploração, como por exemplo, para procurar naufrágios e conseguir documentar os ambientes do fundo do mar. E ao contrário dos submarinos, esses veículos têm somente uma janela de visualização e câmeras externas que dão aos passageiros uma visão mais ampla do que está em volta.

No caso desse submersível que desapareceu, chamado Titan, ele tem uma capacidade de cinco pessoas e pode ir até quatro mil metros de profundidade. Ele tem aproximadamente 6,7 metros de comprimento e pode chegar até 5,5 quilômetros por hora. E mesmo que geralmente eles sejam conectados com um navio através de uma corda, ao que tudo indica, esse não foi o caso de Titan.

De acordo com o site da OceanGate, esse veículo é usado “para levantamento e inspeção de locais, pesquisa e coleta de dados, produção de filmes e mídia e testes em alto mar de hardware e software”.

Além disso, o Titan tem um “sistema de monitoramento de integridade do casco (RTM) em tempo real”, o que provavelmente sugere que ele teria medidores de tensão que monitoravam a saúde do casco de fibra de carbono dele. Esse medidor faz a avaliação da força aplicada e de pequenas deformações no material que são causadas por conta das mudanças de pressão, tensão e peso.

Ele é uma embarcação à bateria e como ela perdeu o contato com o seu navio-mãe na superfície, o veículo pode ter tido uma falha de energia. Em um mundo ideal, teria uma fonte backup de energia para que os equipamentos de emergência e suporte à vida fossem mantidos. No entanto, não se sabe se o Titan tinha algum backup disponível.

Possibilidades do que aconteceu

Galileu

De acordo com relatos, as buscas pelo submersível estão sendo feitas por pelo menos duas aeronaves, um submarino e boias de sonar. Essas boias irão ouvir ruídos subaquáticos, até mesmo sinalizadores de socorro de emergência que podem ter sido disparados.

E claro que com tudo isso acontecendo a pergunta principal é: o que pode ter acontecido com o submersível? Na melhor das hipóteses, ele pode ter perdido sua energia e tem um sistema de segurança embutido que ajudará o veículo a voltar para superfície. E possivelmente, o Titan também foi equipado com pesos que podem ser soltos aumentando de forma instantânea a flutuabilidade do submersível.

Outra possibilidade é de o veículo ter perdido a energia e estar no fundo do oceano. Claro que esse é o cenário mais problemático.

A pior possibilidade é que o submersível teve uma falha catastrófica no invólucro de pressão. Se isso tiver acontecido, mesmo o casco do Titan sendo feito para suportar as grandes pressões do fundo do mar, se houver algum defeito na sua forma ou construção que comprometa sua integridade, existe um risco de implosão.

E uma última possibilidade é de que aconteceu um incêndio a bordo, como por exemplo, um curto-circuito elétrico. Se isso tiver acontecido, os sistemas eletrônicos do submersível, que são usados para navegação e controle do veículo, podem ter sido comprometidos.

Fonte: Galileu 

Imagens: Galileu 

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