Como é o interior do submarino que desapareceu ao levar pessoas até o Titanic?

Mesmo que o naufrágio tenha acontecido há anos, ele ainda desperta muita curiosidade nas pessoas e é objeto de vários estudos. Por conta disso, várias expedições são feitas até o naufrágio do Titanic. Contudo, recentemente, uma dessas expedições não teve o fim esperado.

De acordo com a BBC, um submersível que era usado para fazer essa expedição desapareceu no oceano Atlântico. Segundo a Guarda Costeira, eles já começaram uma missão de resgate. Até o momento, as autoridades correm contra o tempo para conseguir encontrar esse submersível, que tinha cinco pessoas a bordo para a expedição ao Titanic.

Por dentro

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Claro que por conta desse ocorrido, as pessoas ficam curiosas para saber como é esse veículo usado para a expedição. Em 2018, Gabe Cohen, correspondente da CNN, visitou esse submersível quando ele estava fora da água e contou que lembra de ter se “impressionado com quão simples” a tecnologia dele parecia.

“É uma embarcação minúscula, bastante apertada e pequena. Você tem que sentar dentro dele sem sapatos. Ele é operado por um controle de jogo, que se parece essencialmente com um controle de PlayStation. Ele poderia mergulhar 13.000 pés no oceano e lidar com 150 milhões de libras de pressão que sentiria no fundo do oceano”, explicou.

“Foi incrível ver, naquele momento, quando eles estavam arrumando a embarcação e se preparando para uma dessas expedições. Portanto, é obviamente muito difícil e triste ver o que aconteceu agora”, acrescentou Cohen.

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Ainda de acordo com o correspondente, a empresa responsável já fez várias expedições científicas a muitos naufrágios, não somente ao Titanic, ao longo dos anos. “Eles [a empresa] também enfatizaram que a estrutura de fibra de carbono de Titan poderia realizar de forma confiável uma missão como esta. Eles não pouparam nenhuma despesa ou cortaram custos para realizar isso – foi o que eles me disseram repetidamente”, pontuou.

“Entrevistei Stockton Rush [CEO da empresa] várias vezes. Não apenas ele, mas sua equipe e tripulação. Eles falaram sobre segurança repetidamente e como estavam confiantes na tecnologia desta embarcação e nas outras embarcações que projetaram ao longo do anos, mas descobrimos que Titan teve alguns problemas antes com a comunicação”, continuou Cohen.

Nesse ponto, o correspondente fez uma referência a uma reportagem da CBS de 2022 em que o submersível ficou perdido por mais de duas horas e sem conseguir receber nenhuma mensagem enviada da superfície. Coisa que é grave,, já que é através delas que as pessoas saberão onde procurar o veículo, visto que ele não tem GPS a bordo.

Submersível x Submarino

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Outro ponto que também pode confundir as pessoas é o que diferencia um submersível de um submarino. Um submersível como o Titan, que está desaparecido, é um tipo de embarcação que ao contrário do submarino, precisa de uma nave-mãe para lançá-lo.

Nesse caso, a nave-mãe do Titan era o antigo navio quebra-gelo da Guarda Costeira canadense, o Polar Prince.

Outra diferença entre os dois, conforme explicou a OceanGate, empresa que é responsável pelo Titan, é que um submarino consegue ficar embaixo da água por um tempo muito maior, ao passo que um submersível tem uma reserva de energia bem menor.

No caso do Titan, ele tem 96 horas de suporte a vida. Sendo que a expedição até os destroços do Titanic dura entre 10 e 11 horas.

Titanic

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Desde que os destroços do navio foram descobertos, vários aventureiros e mergulhadores vão até eles e documentam, da sua forma, a embarcação. E claro que ver os restos do famoso navio de perto é um experiência única, mas não é mais necessário descer até as profundezas do oceano para ver como o Titanic está no fundo do mar. Isso porque o “sósia” virtual dele dá às pessoas e aos pesquisadores novos insights a respeito das últimas horas do navio na superfície.

Através do modelo 3D é possível dar zoom e observar todo o navio, o que aumenta a possibilidade de que cada detalhe seja analisado de forma minuciosa. “Este é o Titanic como nunca se viu antes”, disse Gerhard Seiffert, especialista em imagens 3D da Magellan.

Esse modelo 3D do navio foi criado através de mais de 715.000 imagens de sonar e filmagens em 4K feitas por 200 horas em dois submersíveis que foram chamados de Romeu e Julieta. Com todos esses dados, os pesquisadores conseguiram montar o modelo com uma precisão milimétrica, mostrando desde os rebites, o número de série do Titanic até o campo de cinco quilômetros com os destroços em sua volta.

Felizmente, esse modelo pôde ser criado, porque o icônico navio está sendo corroído por micróbios do fundo do mar. Além, é claro, da embarcação já ter sofrido danos durante as operações de resgate.

Na visão de Parks Stephenson, um especialista de longa data no Titanic, isso foi o “ponto de virada”. Até porque, através do modelo 3D os engenheiros terão a oportunidade de se aprofundar em toda a mecânica do naufrágio. Ou seja, o mais provável é que no futuro mais detalhes sobre o Titanic sejam revelados.

Fonte: CNN,Mistérios do mundo

Imagens: G1, CNN,Mistérios do mundo