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O vale das baleias, um lugar no meio do deserto do Egito

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Wadi Al-Hitan é um vale de baleias localizado no deserto do Egito. O local é tão especial que tornou-se Patrimônio Mundial pela Unesco.

De acordo com o site da Unesco, o motivo para o vale ter se tornado Patrimônio é o fato de conter inestimáveis ​​restos fósseis da mais antiga e agora extinta subordem de baleias, Archaeoceti.

Dessa forma, esses fósseis representam o surgimento da baleia como um mamífero oceânico após a vida anterior como animal terrestre. 

Ainda segundo a Unesco, esse é o local mais importante do mundo para a demonstração deste estágio de evolução. Isso porque retrata vividamente a forma e a vida dessas baleias durante sua transição.

Os fósseis de Al-Hitan representam os arqueocetos mais jovens nos últimos estágios de perda de seus membros posteriores.

“Evidências dramáticas de uma das histórias icônicas da evolução”

Foto: Guy Debonnet/ Unesco

A frase acima é outra maneira da Unesco de se referir ao Vale das Baleias. O órgão afirma que a propriedade do Patrimônio Mundial Natural é uma região estritamente protegida, “inserida na paisagem mais ampla da atraente Área Protegida Wadi El-Rayan”.

O local se tornou referência global por causa do número, concentração, qualidade e acessibilidade das evidências das primeiras baleias. Inclusive, muitas vezes elas são encontradas na forma de esqueletos completos. O local também é um registro do ambiente em que esses animais viviam.

Archaeoceti: o animal ancestral da baleia

Foto: Australian National Maritime Museum.

Uma pesquisa realizada por Ana Maria Souza Jacobina, e repercutida pelo portal Mar Sem Fim, desde a Grécia Antiga já se sabia que os cetáceos eram mamíferos terrestres que precisaram se adaptar à vida aquática. Especialistas apontam que a estimativa é que os cetáceos evoluíram a partir de ancestrais terrestres primitivos há mais de 70 milhões de anos.

De acordo com Egyptian Streets, de 40 a 50 milhões de anos, Wadi al-Hitan é uma maravilhosa descoberta paleontológica, mesmo que não seja a mais antiga do mundo.

Apesar de apresentar diversas respostas, o vale das baleias apresenta um subconjunto interessante de perguntas que ainda precisam ser respondidas. Inclusive, alguns especialistas apontam que ela apresenta mais perguntas que soluções.

No entanto, Wadi al-Hitan segue sendo considerada uma descoberta notável e revolucionária devido aos milhões de restos esqueléticos intactos, incluindo alguns com o conteúdo de seus estômagos disponível para estudo.

Ainda conforme informações do Egyptian St, “a grande coleção de fósseis representa uma promessa científica, consistindo em uma subordem de baleias há muito extinta conhecida como archaeoceti, revelada por ventos, erosão e escavações arqueológicas. À parte de suas contrapartes modernas e marítimas, a adição crítica de pernas sugere uma origem terrestre para as baleias como espécie”.

Elo perdido

Foto: Wikimedia Commons

Apenas em 2005, os cientistas descobriram o “elo perdido” entre as baleias e seu parente mais próximo, o hipopótamo.

Isso foi descoberto por meio de um estudo em conjunto que comparou as descobertas de Wadi al-Hitan com fósseis de cetáceos encontrados no Paquistão. 

A pesquisa apontou que as baleias foram colocadas em um grupo taxonômico, que incluía animais como camelos, porcos e girafas.

Visita ao vale das baleias

Foto: Real Fayoum Tours

Para as pessoas que ficaram com vontade de conhecer o local pessoalmente, a boa notícia é que a partir de 1997, Wadi el-Rayan tornou-se uma área de excursão popular.

Além disso, em 2003, um Centro de Visitantes bem equipado com um teatro audiovisual e um museu de fósseis foi instalado na margem ocidental do lago. Com isso, folhetos, um vídeo e um site foram criados para a região que é visitada por aproximadamente 150.000 pessoas ao ano.

No Google, podem ser encontradas diversas empresas de viagem que oferecem passeios pela região e com isso conhecer um pouco mais sobre o vale das baleias.

Veja abaixo um vídeo mostrando o local:

Fonte: Mar Sem Fim

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