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Os fósseis são recursos que podem transformar os pensamentos sobre como teria sido a vida, ou algum animal, em respostas científicas. Eles são encontrados e estudados há muito tempo. Pode-se encontrar partes do corpo, como ossos e dentes, e até pegadas que deixaram em diferentes lugares do mundo.
Em 1859, Charles Darwin criou o termo “fóssil vivo” para descrever organismos vivos que pareciam inalterados desde os seus parentes, os fósseis extintos. Desde essa época o termo é usado para descrever linhagens duradouras, populações antigas, grupos com baixa diversidade e grupos com DNA que quase não se alterou em milhões de anos.
Dentre todos os habitats do nosso planeta, as profundezas dos oceanos são um bom lugar para existir esses fósseis vivos, sendo eles entre duas a quatro vezes mais distintos evolutivamente do que os animais terrestres. Mostramos aqui alguns desses animais.
1 – Celacanto
Galileu
Eles são peixes que vivem nas profundezas das costas da África e da Indonésia. Os celacantos têm barbatanas de corpo emparelhadas, com formato incomum, que se movem alternadamente como se eles estivessem “andando” na água.
A linhagem desse animal data do período Devoniano, pelo menos 410 milhões de anos atrás. Era acreditado que eles tinham sido extintos junto com os dinossauros, há 70 milhões de anos, já que eles desapareceram do registro fóssil. Mas em 1938, uma espécie viva de celacanto foi retirada das profundezas do oceano.
Atualmente existem duas espécies vivas de celacantos, conhecidas como Latimeria. Elas permaneceram praticamente inalteradas nos últimos 100 milhões de anos.
2 – Caranguejo-ferradura
Galileu
Esses animais apareceram pela primeira vez há, pelo menos, 480 milhões de anos durante o Período Ordoviciano. E desde então, eles não parecem ter mudado muito.
Hoje em dia existem quatro espécies vivas desses fósseis vivos. Todas elas são da família Limulidae, e encontradas nas águas da Ásia e da América do Norte. Um fato curioso sobre eles é que eles têm sangue azul por conta do alto teor de cobre.
3 – Tubarão-elefante
Galileu
Essa espécie também é conhecida como tubarão-fantasma australiano, mas ele não é um tubarão. Na realidade, esse animal é um tipo de peixe cartilaginoso conhecido como “quimera” e pertence a uma subclasse chamada Holocephali. Essa linhagem se separou dos tubarões há mais de 450 milhões de anos.
Segundo a análise feita do genoma desse animal, foi visto que ele tem o genoma de evolução mais lenta dentre todos os vertebrados. O DNA do tubarão-elefante é quase inalterado no decorrer de centenas de milhares de anos.
4 – Nautilus
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Esse fóssil vivo é um tipo de molusco cefalópode marinho, ou seja, está relacionado com a lula e o polvo. Contudo, ao contrário dos outros cefalópodes, ele fica dentro de uma casca lisa e dura.
O que se sabe sobre esse animal que vive em alto-mar e em torno de recifes de coral no Oceano Indo-Pacífico é que eles são membros da família Nautilidae e existem desde o final do Triássico. Justamente por isso eles são considerados fósseis vivos porque parecem ter ficado relativamente inalterados por mais de 200 milhões de anos.
5 – Tubarão goblin
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Esse animal é bem estranho com seu focinho longo, achatado e mandíbulas dentadas que se projetam à frente do rosto para capturar suas presas. Ele é um tubarão de água profunda, relativamente raro, mas que vive em todos os oceanos.
Esse animal foi encontrado pela primeira vez em 1910. Ele é o único representante vivo de sua família, Mitsukurinidae, além de ser o tubarão mais evolutivamente diferente que se conhece. A linhagem desse fóssil vivo remonta aproximadamente 125 milhões de anos.
6 – Camarão mantis
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Esses crustáceos são diferenciados e encontrados em águas costeiras tropicais e subtropicais ao redor do mundo. A linhagem desse camarão se ramificou de outros crustáceos da classe malacostraca durante o Carbonífero, cerca de 340 milhões de anos atrás.
Atualmente, existem centenas de espécies pertencentes à subordem Unipeltata, que surgiu há cerca de 190 milhões de anos.
7 – Arraia-listrada
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Esse peixe tem uma idade mediana de “distinção evolutiva” de 188 milhões de anos. Atualmente, esse animal vive nas águas tropicais no oceano Atlântico oriental. A arraia-listrada pertence à ordem Rhinopristiformes e está listada como “vulnerável” pela União Internacional para a Conservação da Natureza.
8 – Branquiópodes
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Dentre os fósseis vivos temos os braquiópodes, que são animais marinhos de conchas com caules longos e carnudos que vivem em tocas no fundo do mar. Os animais existentes hoje se parecem com seus ancestrais de cerca de 500 milhões de anos atrás. Eles são considerados os animais mais antigos conhecidos que ainda têm representantes vivos.
9 – Crinoides
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Esses animais são conhecidos desde o período Devoniano, entre 359-419 milhões de anos atrás. Eles também são chamados de lírios do mar. Supostamente, esses animais foram extintos há 273 milhões de anos. Contudo, em 2021, duas criaturas marinhas foram redescobertas em águas japonesas.
Fonte: Galileu
Imagens: Galileu
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