Mundo Animal

Pescadores encontram peixe-remo com quase 6 metros de comprimento

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No dia 11 de julho, pescadores da cidade de Arica, no norte do Chile, encontraram um peixe-remo de quase 6 metros de comprimento.

De acordo com o Instituto de Fomento à Pesca do Chile (Ifop), a presença do animal no litoral chileno é muito incomum.

Paulo Ricardo Schwingel, professor de oceanografia e do mestrado em ciência e tecnologia ambiental da Univale, em Itajaí (SC), explicou ao G1 que esse peixe está em todo o globo, exceto em regiões polares.

“É um dos maiores peixes no planeta (em comprimento). Se pensarmos em grupos de peixes ósseos (o que exclui os cartilaginosos como o tubarão), é o maior do planeta”, diz.

De acordo Schwingel, esse tipo de peixe não nada bem. Ele se movimenta ondulando o próprio corpo. Isso faz com que ele seja uma presa relativamente fácil de outros animais, como tubarões.

“Há uma curiosidade: os peixes que são encontrados nas praias, já meio moribundos, têm uma característica raríssima: a autoamputação. O corpo é tão longo que ele come parte da cauda, talvez, por fome”, afirma Schwingel. Isso foi confirmado porque o animal costuma aparecer com final da cauda amputada.

Veja o vídeo abaixo:

Lenda

Foto: Reprodução/ Youtube

O peixe-remo é raro e existe uma lenda relacionada a ele. Muitos acreditam que sua aparição esteja relacionada a fenômenos naturais, como terremotos, num futuro próximo. 

Essa lenda se difundiu em 2011, no Japão. Logo depois dos peixes-remo nas costas do país serem vistos na costa do país, ocorreu o tsunami que provocou o desastre de Fukushima.

Um episódio semelhante aconteceu no dia 11 de junho de 2020, quando um peixe-remo foi encontrado em Cozumel (México). Dez dias depois, aconteceu um terremoto de 7,5 graus na Richter e um alerta de tsunami foi lançado para vários países da região.

O vídeo do Chile, que acumula 10 milhões de curtidas, também levantou preocupações dos moradores locais, que já estavam com medo de um terremoto.

Além disso, algumas pessoas também acreditavam que quem encontrasse tal peixe seria amaldiçoado.

De acordo com os especialistas, os peixes-remo vivem em águas profundas e apenas retornam à superfície quando estão doentes, morrendo ou se reproduzindo.

Peixe-remo é registrado na Austrália

Foto: Udo Schröter/ Flickr CC BY-SA 2.0

Durante um mergulho na famosa Barreira de Corais Australiana, a bióloga marinha Jorja Gilmore teve um encontro raro com um peixe-remo. A espécie de peixe nunca tinha sido vista na região e prefere circular por águas mais profundas.

A visão da bióloga é quase etérea: entre os recifes à sua frente dançava um peixe prateado, alongado e “fino como papel”, como descreve o SmithsonianMag, site oficial do centro americano especializado em biodiversidade Smithsonian Institution.

O peixe-remo possui uma aparência que pode até lembrar uma agulha com linhas, devido à barbatana dorsal que origina-se acima dos olhos. O animal também atende pelo nome de regaleco, rei-dos-arenques e “peixe do fim do mundo”, devido à lenda explicada acima.

A bióloga estava com sua câmera de mergulho e filmou a aparição do juvenil peixe-remo:

Como antes não havia nenhum registro de um animal com esse aspecto na costa leste da Austrália, especialistas locais contataram Tyson Roberts, ex-pesquisador associado do Smithsonian Tropical Research Institute, e um profundo conhecedor de peixes-remo.

Roberts confirmou que o peixe era um jovem Regalecus russelli, que pode crescer mais de 7 metros de comprimento e possuir uma aparência bem menos amistosa na fase adulta.

O animal visto pela bióloga tinha cerca de 35 centímetros de comprimento, casa sejam incluídas as barbatanas esvoaçantes no cálculo, chega a 1,5 m.

O peixe-remo é um animal que habita as profundezas marinhas, chegando a 1.000 metros de profundidade. 

Fonte: G1, EXTRA, Um So Planeta

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