Existem diversos sites de relacionamento bastante utilizados por pessoas do mundo todo. No entanto, um novo aplicativo promete conectar humanos com bichinhos que anseiam por serem adotados. A proposta do PetPonto é tornar o processo de adoção de cães e gatos mais fácil, funcionando como um Tinder dos pets e fazendo uma ponte entre ONGs e abrigos protetores de animais e adotantes em potencial.
A plataforma funciona de forma simples. Primeiro, é necessário preencher um perfil pessoal com informações sobre sua rotina, tempo disponível para se dedicar ao animal, infraestrutura e núcleo familiar. As respostas são filtradas pelas ONGs, que desconsideram imediatamente lares que não preenchem os requisitos mínimos para a adoção, evitando assim possíveis abandonos e devoluções.
Só depois do cadastro é que o usuário tem acesso à lista de cães e gatos disponíveis. São mais de 2.500 animais, e todos possuem fotos e informações sobre tamanho, idade e personalidade anexadas. Além de conectar bichinhos a seus futuros tutores, o PetPonto também produz material informativo sobre adoção.
Reportagens sobre a importância de tomar decisões responsáveis a respeito do cuidado com os animais e o que pode ser feito para melhorar a qualidade de vida dos que ainda não têm um lar podem ser lidas na plataforma. Outra função importante do serviço é permitir que ONGs e abrigos se profissionalizem enquanto protetores.
“O aplicativo surge com a ideia de ser mais do que uma tecnologia que promove a adoção. É também um apoio ao desenvolvimento da sociedade, para mudar o modo de ver tudo que envolve o trabalho de resgate e encaminhamento dos animais”, afirma Fernanda Delboni, empresária e CMO da Techsocial, empresa que desenvolveu o PetPonto.
O PetPonto
De acordo com a empresária, o aplicativo sempre será gratuito. “O desafio é atender às expectativas das ONGs e convencê-las a usar o app. O terceiro setor precisa muito de ajuda, especialmente a causa animal”, explicou Fernanda.
O serviço foi lançado no período em que a pandemia da Covid-19 estava mais intensa, deixando severas sequelas no Brasil. Segundo Fernanda, não poderia haver momento mais adequado para o lançamento dessa ferramenta, tendo em vista que o número de animais abandonados cresceu muito nos últimos 18 meses. “Por falta de dinheiro ou outros motivos, muita gente deixou o pet para trás”, lamentou a empresária em entrevista à coluna NossaUol.
O jornalista Celso Zucatelli também está na equipe responsável pelo projeto, e faz um alerta: “São mais de 170 mil animais à espera de uma família, fora os que estão com protetores independentes. Iniciativas como essa são urgentes”. Zucatelli relembra os números da Organização Mundial da Saúde (OMS), que apontam 30 milhões de animais abandonados no Brasil. “Isso é a estatística oficial, mas sabemos que a realidade é muito mais grave”.
De acordo com o jornalista, os usuários da plataforma podem colaborar com as organizações que acolhem os animais em situação de rua, mesmo sem adotar algum bichinho. “A ideia é conseguir ajudar as ONGs da melhor maneira possível, permitindo doações além das adoções”. O aplicativo está disponível para Android e iOS.
Fontes: Hypeness e Olhar Digital