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Pistas de 550 anos podem revelar segredos sobre Vlad Drácula, o Empalador

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Praticamente todos sabem que o Conde Drácula é um personagem fictício, bastante temido por todos por ser um vampiro sanguinário. Mas o que nem todos sabem é que o personagem de Bram Stoker foi inspirado em uma pessoa da vida real, e não qualquer pessoa. Em um príncipe romeno que era muito mais assustador do que o temido vampiro.

Esse príncipe era famoso por praticar o empalamento dos seus inimigos e ele desperta muito interesse nos pesquisadores. Não é a toa que Svetlana e Gleb Zilberstein, dois cientistas do Cazaquistão, estão em uma missão histórica científica bem curiosa e macabra. Eles querem desvendar os mistérios genéticos de Vlad Drăculea III, também conhecido como Vlad, O Empalador.

Os cientistas conseguirão fazer essa descoberta através de um novo método de proteínas deixadas por pessoas do passado através de suor, digitais ou saliva. Por conta disso os cientistas foram chamados de “detetives de proteína”, mas eles preferem o termo “químicos históricos”.

Vlad, O Empalador

Canaltech

Eles tomaram como base uma carta escrita à mão pelo príncipe há aproximadamente 550 anos. A partir dela, os cientistas irão desvendar características físicas do homem que inspirou Conde Drácula e as condições do ambiente que ele estava.

O objeto que eles analisarão também tem nome: “biomoléculas históricas”. Dentre elas estão proteínas e matabólitos, que são mais estáveis do que o DNA e contêm mais informações a respeito da saúde, nutrição, estilo de vida e contexto ambiental sobre a pessoa da história que as gerou.

Para Vlad Drácula, essa análise será feita através de uma carta que ele escreveu para a população da cidade de Sibiu, atual Romênia. A carta foi escrita no dia quatro de 1475, para avisar que ele ficaria hospedado no local.

Análise pelas moléculas

Sundrop

Os pesquisadores já fizeram algumas análises. Entre elas, o manuscrito original de Mestre e Margarida, do escritor soviético Mikhail Bulgakov.  Através dela, eles conseguiram encontrar traços de morfina e proteínas de doenças renais. O que revelou que o autor se automedicava para aliviar as dores que sentia durante seu trabalho.

No caso do dramaturgo russo Anton Chekhov, o que foi analisado foi sua camiseta com a qual ele morreu e sua última carta. O resultado mostrou que ele tinha tuberculose e tomava vários remédios para dor. No entanto, ele morreu mesmo por conta de um derrame.

Depois de Chekhov, os cientistas foram analisar a carta de George Orwell para Moscou. Nela, eles encontraram sinais de tuberculose que o autor pegou na Espanha. Por conta de tudo isso, os Zilbersteins confiam que as análises por moléculas mostram bastante a respeito da vida dessas figuras históricas. E eles estão bastante ansiosos pelo que ela revelará sobre Vlad Drácula.

Segundo os próprios Zilbersteins, a extração das moléculas do príncipe ter sido feita no dia em que “Drácula”, de Bram Stoker, completou 125 anos, foi uma grande coincidência. No entanto, eles consideraram que receberam uma bênção do monarca.

Isso porque quando os cientistas estavam na Transilvânia, para fazer a coleta do material, na outra noite eles ouviram uivos de cães, choveu e vários relâmpagos cortaram o céu.

“Era uma atmosfera muito mágica. O Conde Drácula abençoou sua libertação dos arquivos romenos”, disseram os cientistas.

Inspiração para Drácula

Sundrop

O monarca nasceu em 1431, em Sighisoara, na Transilvânia. O que fez Vlad ficar conhecido foram seus métodos cruéis para punir seus inimigos. Assim, ele ficou muito famosos na Europa toda na época.

De acordo com a história, Vlad Tepes  era visto como um louco sádico, contudo, na sua terra natal, ele é reverenciado como um grande salvador do domínio turco. O fato é que a vida do príncipe é cheia de lendas. Justamente por isso que historiadores e cientistas buscam formas de provar várias de suas histórias. E por mais que ele tenha lutado incansavelmente para manter o seu povo seguro e livre, isso não apaga o fato de que ele fez coisas terríveis.

O apelido “Tepes”,  que significa “empalador”, em romeno, foi dado por ser seu método favorito de punição. Ele consiste na inserção de uma estaca que atravessa o corpo da pessoa que está sendo torturada. Quando feito em níveis extremos, ele acontece pelo ânus, vagina, ou qualquer parte do corpo. A estaca é enfiada até que o torturado morra.

Depois que os torturados eram empalados, eles ainda se mexiam enquanto estavam morrendo. E de acordo com relatos, em determinada vez, Vlad teria dito: “Oh, que grande graciosidade eles exibem!”.

Fonte: Canaltech

Imagens: Canaltech, Sundrop

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