Ciência e Tecnologia

Planeta ‘globo ocular’? Estudo descreve um dos tipos mais estranhos de exoplanetas

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Estudos recentes levantaram questionamentos sobre a existência do planeta globo ocular, uma denominação para mundos alienígenas cujos oceanos os assemelham literalmente a enormes globos oculares.

Em alguns casos, os oceanos desses exoplanetas podem estar escuros por nuvens ou completamente congelados. Isso modifica sua aparência única e, por isso, afeta sua capacidade de sustentar a vida.

O visual desses planetas se explica pelo ‘bloqueio das marés com anãs vermelhas’, as estrelas mais comuns no universo.

O bloqueio, causado pela força gravitacional da anã vermelha, resulta em um hemisfério constantemente voltado para a estrela, criando um lado diurno perpétuo, enquanto o oposto permanece na escuridão.

Inicialmente, a suposição era de que o lado diurno abrigaria vastos oceanos, conferindo à superfície a semelhança com um planeta globo ocular.

No entanto, descobertas recentes indicam o contrário. Novas simulações demonstram que o gelo marinho que atravessa esses oceanos pode transportar o frio do período noturno para o diurno.

O fenômeno da bola de neve

Via Tecmundo

Esse processo pode resultar no congelamento completo da superfície do planeta, transformando potenciais planeta globo ocular em planetas ‘bolas de neve’, desafiando a concepção anterior de mundos habitáveis e ricos em água.

A nova pesquisa não apenas altera nossa compreensão dos planetas de aspecto ocular, mas também amplia nossa visão sobre a habitabilidade.

Afinal, alguns exoplanetas que anteriormente se acreditava estarem na zona habitável podem, na realidade, permanecer em um estado constante de congelamento, onde a água líquida e a luz solar são escassas.

O que é exoplaneta?

Exoplaneta” é a abreviação de “planeta extrassolar”, ou seja, um planeta que orbita uma estrela fora do nosso sistema solar.

Em termos mais simples, são planetas que não pertencem à nossa própria estrela, o Sol. A detecção e estudo de exoplanetas têm se tornado uma área significativa de pesquisa na astronomia.

Esses planetas são descobertos principalmente por meio de observações indiretas, como a detecção de variações no brilho de uma estrela hospedeira quando um planeta passa na frente dela (método de trânsito) ou pela observação do movimento da estrela causado pela influência gravitacional do planeta (método de velocidade radial).

A descoberta de exoplanetas é importante para entender a diversidade de sistemas planetários além do nosso e para explorar a possibilidade de existência de vida em outros lugares do universo.

O efeito estufa no planeta globo ocular

Por outro lado, a pesquisa também indica que níveis elevados de gases causadores do efeito estufa, como o dióxido de carbono, poderiam prevenir a transformação desses planetas em bolas de neve.

Nessas circunstâncias, um efeito estufa significativo poderia manter a presença de água líquida nos exoplanetas. Dessa forma, sugere a possibilidade de vida em ambientes muito diferentes da Terra.

Via Freepik

Em um planeta com a aparência de um globo ocular coberto por oceanos, pode haver uma região próxima ao terminador, onde a transição do lado noturno congelado para a água líquida se manifesta.

A habitabilidade de um planeta globo ocular pode existir, mesmo quando assumem a forma de bolas de neve.

Afinal, a narrativa das eras glaciais na Terra revela que a vida pode subsistir sob o gelo ou em regiões aquecidas pela atividade vulcânica.

Assim, esses lugares congelados podem abrigar vida, possivelmente em áreas onde o gelo é mais fino ou em locais aquecidos por processos geológicos.

Mesmo assim, a pesquisa destaca a complexidade e diversidade dos ambientes planetários no universo.

Ela sugere que a busca por vida extraterrestre precisa contemplar uma ampla variedade de condições planetárias, indo muito além do que observamos na Terra.

 

Fonte: Tecmundo

Imagens: Freepik, Tecmundo

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