O professor é uma figura de simbologia importante pelo papel que empenha, pois atua na formação social e educacional de cidadãos e cidadãs. Em décadas passadas, a profissão de professor era considerada uma das mais respeitadas pelas pessoas, ficando atrás apenas do ofício do profissional que atua na medicina.
Em países desenvolvidos, esses profissionais da educação são bem remunerados, amam o que fazem e o resultado é uma educação que alcança o topo dos rankings de pesquisa, em termos de qualidade e eficiência, como é o caso da Coreia do Sul. Já em países como o Brasil, a situação é outra. Os noticiários relatam que os professores são mal pagos, sofrem violência, estão sem estímulo para o exercício da profissão além do clássico problema: Falta de material e estrutura dos colégios.
Segundos estudos divulgados sobre comparativos salariais de profissões no Brasil, o educador ganha menos que um gari e um pouquinho mais que um vendedor de cachorro quente, sem registro profissional e regularização, somente na situação informal e irregular. Na Coreia do Sul a situação é oposta. Lá, os professores que executam bem os seus trabalhos recebem tanto destaque que chegam a se tornar celebridades e a faturar milhões de dólares anualmente apenas dando aulas. A profissão de educador é tão bem paga e valorizada que há profissionais que conseguem chegar ao status de milionários, e vários outros são verdadeiras celebridades do ensino.
Em terras coreanas, a leitura e os estudos são levados a sério ao extremo. O ritmo de estudo é quase comparado a uma carga horária de trabalho, as crianças chegam a ficar 16 horas com a cara fixada nos livros e cadernos. Sair de casa mais cedo para ver televisão ou lanchar e jogar vídeo-game não é preferência das crianças coreanas, como é hábito no Brasil. Não satisfeitos em realizar uma jornada dupla de estudos, os coreanos ainda complementam o que aprenderam com cursos extras.
Um fato curioso é que devido à elevada carga de estudos e até o clima de competitividade imposta para as crianças do país já se discute sobre os malefícios da fixação em excesso pela educação. Mesmo sendo excelentes em aprendizado na área de ciência, matemática e linguagem do mundo em geral, outra coisa que chama a atenção é que a Coreia é um país que bate grandes recordes em suicídios.